Cap 12 - "Sua mente é seu guia, é o que Deus me diz, entre o bem e o mall, faça sua escolha e seja feliz."

1039 Words
Michael, vulgo Descontrole... Estorei todo mundo que estava dentro da casa, até o menor. Se meu irmão morrer, mas gente vai ter que pagar essa merdda. Agi na força do ódio, quando na verdade, deveria ter pego o Alemão filho da Putta, que se atreveu a atirar no Max e torturado. Feito o cuzão ver os mano fazer farra com a mulher dele e picotear o corpo do pivete que se escondeu no armário. Estava bolado, tinha que fumar um balão para me aliviar, Max agonizava, eles estavam demorando demais com esse cirurgião, não sei se ele aguentaria e se a única pessoa que tenho no mundo se for, irei pôr essa cidade abaixo. Dona Zélia que sempre nos ajudava com uns curativos estava tentando conter o sangramento, no entanto, ela até me expulsou do afofo pois o bagulho não estava dando certo, segundo ela, fazendo com que eu a deixe mais nervosa. Finalmente eles chegaram com a p***a do cirurgião, desceram com ele encapuçado, o que dava para perceber que ele, na verdade era ela. — Leva logo para dentro. — falei adiantando processo. Segui eles, assim que chegou perto de Max que estava sobre a maca, um dos manos tirou o capuz da mulher. Logo dizendo: — Pega visão, doutora! Tu opera o Max e ele se salva, tu se salva também tá ligado? — Não sou cirurgiã, esse jaleco não é meu, essa mochila não é minha, sou enfermeira instrumentista. Não era possível que eu estava escutando, pegaram uma v***a que não resolvia o problema de Max, meu irmão não tinha mais tempo. Fui para cima da mulher que só via de costas, seja lá que p***a era ela no hospital, agora ela seria cirurgiã. Quando os manos abriram para eu passar e falar com a vagabunda que chorava, meus olhos deviam está me traindo, o balão que fumei bateu uma onda muito forte, pois o que eu via, não podia ser verdade, era a p**a. A p*****a culpada pelo meu irmão está assim. (...) Triana Müller... Foi só quando vi o homem m*l encarado, que percebi quem era o ensanguentado sobre a maca. Estava perdida, tudo aquilo não poderia ser uma infeliz coincidência. Eles vão me matar. Os olhos do homem a minha frente, saltavam ódio, ele largou o fuzil que carregava ao chão e encheu a mão com meus cabelos, forçando minha cabeça para trás. — Não sei se Deus ou o d***o, está me dando a p***a da chance de fazer justiça. Tu vai pra vala de qualquer jeito, agora tu vai decidir como. Está vendo isso aqui? — Ele arriou a minha cabeça, até quase encostar minha face nos buracos sangrentos no copo do Max. — Essa merda é culpa sua, se meu irmão morrer. Vou fazer voc~e desejar ressuscitar ele. — Micha, solta ela! — a voz fraca, quase inaudível de Max, foi escutada por mim e o marginal na minha frente. Sua expressão odiosa voltada para minha pessoa, só aumentou. Mas ele me soltou, pois Max iniciou uma convulsão de parada cardíaca. Eu estava perdida, sentei o lado na maca, em pé não conseguiria fazer a pressão necessária no peito. As ameaças sobre mim, só aumentavam o problema, até que uma senhora que cuidava de Max quando cheguei, gritou com os bandidos. — PRA FORA TODO MUNDO! — a mulher falava, eu ouvia, mas não parava de massagear o peito de Max. — Descontrole, deixa a moça trabalhar, depois que ela fizer, aí você conversa com ela, agora o Max precida de atendimento e se o que temos mais próximo de um cirurgião é essa moça, temos que deixá-la trabalhar. "Me deixar trabalhar?!" Essa senhora deveria está louca, tinha que dizer a ela que não operaria ninguém, Ao menos Max tinha pulso. — Senhora, não sou média e muito menos cirurgiã. Ele precisa de um hospital, ou vai morrer. A mulher solta uma grande lufada de ar, impaciente. — Menina deixa eu te explicar uma coisa. Esse aqui sobre a maca, é o dono dessa favela na qual está. lá fora está o irmão dele, que é uma praga e odeia o mundo, mas ele ama de maneira torta, apenas uma pessoa, o Monstro. Já entendi o que não é. Agora veremos o que pode fazer. Sou uma técnica de enfermagem aposentada e tenho noção, imagina você que é uma instrumentista? Aqui tem tudo o que você precisar, até sangue para transfusão que ele já necessita. — É exercício ilegal da medicina. — Meu amor, não é questão só de salvar a vida do Monstro, é de salvar a sua vida também. Então vamos fazer o que tiver de ser feito. (...) Tudo aquilo foi uma loucura e depois de oito horas, eu estava exausta e Max ainda vivo. A sorte desse Monstro, porque de verdade era um monstro, é que as balas não pegaram em lugares letais, mesmo assim, a perda de sangue era um problema real. — Viu, no fim deu tudo certo! — a mulher já na terceira idade discorre com vitória e eu só pensando em como sair dali. — A senhora pode intervir para eles me deixarem ir? A mulher me olhou de soslaio, enquanto arrumava o local. — Não tenho esse poder minha querida. E não sei se ouviu o que Descontrole disse a você, que te mataria de qualquer jeito. Pelo visto há uma dívida antiga sua por aqui. — E todo aquele papo de estar salvando a minha vida?! — Estava extremamente nervosa, o método dele não estava funcionando. Eu precisava te acalmar, Monstro precisava ser salvo, senão ninguém teria paz nas mãos do Descontrole. Nem a favela e nem o asfalto, muito sangue seria jorrado. — Então era melhor eu não ter feito o que fiz e deixado a natureza seguir seu curso. — Volto a repetir, não entendeu o que Descontrole disse? Vou explicar de maneira mais objetiva, se o irmão dele viver, provavelmente ele vai te executar com um tiro na cabeça. Mas se o Monstro morrer, ele deve fazer um micro-ondas arrumado contigo. A voz da mulher era gélida, como se tudo que ela estivesse falando comigo fosse normal, enquanto o chão se abria sob os meus pés.
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