Capítulo 4

1138 Words
Visconde Esteban Gutierrez Sanches Vejo Juliette subindo os degraus da escada, indo para seu aposento pessoal, sendo guiada pela sua criada. Mandei preparar um quarto especial para minha Viscondessa... minha linda esposa, seu rosto é delicado, suave, angelical, mesmo quando empina aquele queixinho e estreita os olhos negros como se a todo o momento me desafiasse. Seu olhar é expressivo,vivo, irradia uma ferocidade que me deixa excitado. — Mãe, por favor não importune mais Juliette com essa história de "filha". — Filho, ela é muito rebelde, notasse no olhar dela... Toda essa raiva... rebeldia. Ira te dar trabalho, heim! Ela falava gesticulando, em seguida aponta seu dedo na minha direção. — Eu vou querer muitos netos! Sorrio. — Mãe, seu filho já lutou batalhas sangrentas e até venci uma guerra, fui um dos comandantes na Guerra Sino Francesa, enfrentei inimigos de outro país, além de Visconde... sou um veterano de guerra. Abaixou a mão suspirando. — É mais uma mulher como Juliette é pior do que qualquer batalha, confrito e guerra que tú enfrentou em toda a sua vida! Justifica ela com veemência enquanto papai só observava. — Exatamente por isso eu a escolhi. Acredita que na festa de gala da Senhora Sofia vários aspirantes a pretendentes, cavalheiros, nobres de todas as regiões queriam dançar com ela? — Acredito, bela como é! Evidentemente... muito bela. Suspirei pensando. — Juliette, não aceitou nenhum deles. Dou outro suspiro sonhador pensando naquele dia. — Ela é única, altruísta, dona de si, não acha que precisa de um homem só para se sentir bonita e ham... como és bela minha Juliette. — Sim, Juliette é uma formosura... mas Esteban se tú, tão lindo como és, parece um príncipe, alto, forte, tem um porte másculo e esse rosto? Ela pega na minha face sorrindo, olhando-a com muito amor. Ponho as mãos sobre as suas, minhas mãos grandes, cobrindo as suas, tão pequenas. — Feições perfeitas, queixo quadrado e esses olhos azuis mais lindo que o céu. Tenho certeza se tivesse pedido Juliette para uma dança ela o aceitaria, teria se apaixonado por você na hora! Diz me soltando e se afasta, mas continua falando. — Você não quis, preferiu logo pedir a mão aos seus pais, depois de um dia da festa! Agora dá nisso, uma nora rebelde. — Não, ela não me aceitaria de cara, por mais que minha amada mãe tenha me elogiado como se eu fosse o homem mais lindo da terra. Juliette não é como as moças daqui da França que se encantam facilmente. Ela terá que ser conquistada pouco a pouco... sou perseverante, persuasivo, paciente e a cima de tudo... tenho muito amor pela minha Viscondessa. Então por enquanto nada de netos mamãe! Primeiro preciso conquistar a mãe dos meus futuros filhos. — Ha... seu pai e eu estamos preocupados, porque se não tiver um filho dentro de um ano perderemos não só a fortuna como perderá o título de nobreza, deixará de ser Visconde! E isso tudo vai pertencer ao seu primo Severin. — Não se preocupem, teremos tempo. — Digo com raiva desse assunto. — Se precisar você terá que... — Meu pai que até agora não tinha entrado na conversa começa a falar besteiras, nem deixo ele completar essa frase. — Isso nunca!! Ouviu bem!? — Falo com a voz alta para deixar bem claro minha posição. — Os homens geralmente fazem isso! — Retrucou ele. Avançei nele, mas minha mãe se pós no meio de nos dois, tão pequena. — O Senhor fez isto com a mamãe!? — Cuspo as palavras. Estou furioso. — Sabe que não, nos casamos apaixonados, tivemos sorte! — Apressou-se a dizer. Afasto-me deles dando as costas. Colocando minhas mãos na cintura, tentando controlar a raiva, respirando fundo. Odeio quando falam desse jeito sobre um casamento arranjado, da maneira asquerosa de como fazer logo um filho na minha esposa. Mesmo se tivesse me casado sem amor nunca faria m*l a nenhuma mulher. Isso é mostruoso demais. — Esteban, meu filho... se não fizer nada... seremos expulsos de nossas mansões, perderemos todo o luxo, todas as jóias... — Disse ela com a voz chorosa. — Mas ainda teremos a fazenda, não é mesmo? — Sim...mais... — Então me deixem em paz. Me casei por amor... e somente isso bastará. Eles se entreolham rapidamente. — Boa sorte filho. — Resolveu encerrar a conversa. — Diga para sua esposa que não deu para ir lá no seu aposento vê-la. Estou sentindo um pouco m*l por essa conversa. Viro-me todo para ela, me aproximando, e depósito um beijo em sua testa um pouco enrugada e aperto a mão do meu pai. Os levo até a carruagem. Eles se vão para sua mansão, é longe daqui. Graças a Deus. Amo os meus pais, entretanto para uma vida nova de casado tem que ser longe deles. Sei que iriam se intrometer em tudo. Quando eu digo em tudo... Até ficaria medindo a temperatura de Juliette para saber se está fértil ou não, enquanto meu pai me daria umas dicas de como possuir minha esposa indomada. Definitivamente não preciso disso! ************************************ Viscondessa Juliette Basstilee Queiroz Sanches Depois de pedir a Alici a me ajudar com o vestido a dispensei. Ela ficou sem entender nada... Não estou acostumada a ter uma criada pessoal. Dona Belinda, minha mãe, nos criou sozinha e com muito amor, logicamente com ajuda do meu pai. Eles queriam nos educar de todas as maneiras. Como não é permitido moças irem estudar no exterior assim como os rapazes fazem, nossos pais foram nossos instrutores. Nos três somos inteligentes, sábias, e somos perfeitas em várias áreas. Tomei um banho na banheira que já estava me esperando com a água quentinha. E agora estou usando uma túnica branca, combinado com o meu aposento. Bom... espero sinceramente com todas as forças da minha alma que seja só meu aposento. Vejo que tem uma outra porta, é o corredor que leva para o quarto do Visconde. Fico tensa, minha túnica insiste em cair para o lado, não quero que pense m*l de mim, que quero seduzi-lo ou coisa parecida. Escuto o barulho de botas subindo os degraus da escada... tenho uma audição apurada. Fomos criadas para sermos astutas. Estava cansada, porém não me atrevi a sentar nessa cama, embora tudo aqui pareça bem feminino. Pode querer dividir esse espaço comigo. Fico aguardando, minhas mãos vão para trás, coladas as costas, escondo algo nelas. Nessa hora a droga da túnica cai para o lado novamente. Batem na porta várias vezes, como não digo nada ele entra. Primeiro seus olhos caem sobre o meu rosto enfezado, depois no meu ombro nú... Merda! Depois seus olhos passeiam por toda a parte do meu corpo, estou vestida, porém me sinto nua diante dele, com seu olhar indiscreto, malicioso... luxurioso. — Veio aqui deforar-me?!
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