Capítulo 5

946 Words
Juliette — Claro que não! Por que me tomas?! — Disse Esteban, com uma expressão zangada no rosto. — Só vim ver se está bem instalada. — Estou ótima... hum... vai dormir onde? — Pergunto preocupada. — Do outro lado daquela porta. — Avisa ao mesmo tempo que apontava para ela. — Que bom... então esse quarto é todo meu! — Empinei o queixo. — Não só o quarto como tudo que tem nessa mansão minha Viscondessa Juliette.... — Murmurou ele com uma voz rouca, ao mesmo tempo deu-me um olhar que me deixou encabulada. Semicerrei os olhos para sua declaração camuflada. — Já Sei que não me queres, heim... Aqui não têm ninguém, estamos sozinhos, só eu e você. Avança na minha direção. — Não dê mais nenhum passo estou lhe advertindo. As mãos detrás de mim seguram o cabo do punhal com muita força, tanto que sinto dor. Ele para no meio do quarto vendo a minha aflição angustiada. — Não podemos romper o muro que nos separa? Hum! Me tens diante de ti, diga-me por que não me queres? Aperto os lábios, minutos se passam, o silêncio paira entre nós. — Não tocarei em nenhum fio do seu cabelo. Te prometo Juliette. — O tom era desanimado, triste e até desapontado. — Maravilha, pois isso fará bem a nós dois, porque se encostar em mim encontrarás sua morte. Tenha certeza disso. — Relatei calmante, só por fora, por dentro meu coração parecia que ia sair pela boca de tão nervosa que estava. — Eu sei... mas você já está mantando-me. Me toma em tão m*l conceito que acha que cometeria algo tão profano contra ti!? Andou mais uns passos parando bem diante de mim. Tão perto... fiquei tensa, meus dedos estalaram nas juntas, a qualquer momento sua máscara de príncipe bonzinho cairia diante dos meus pés. — Não terei piedade... — Cerrei os dentes, apertando o maxilar. — Todos os homens carregam dentro de si verdadeiros animais enjaulados, esperando uma oportunidade de expurga-los. Diga-me Visconde por que quis uma esposa que nem sabia da sua existência? Se não for para seus próprios desejos insanos? Via-se em seus olhos azuis sombrios, a luta interna, todo seu desejo, toda sua luxúria masculina. Depois a nuvem n***a que pairou entre nós suavizou aos poucos e seu olhar muda ficando suave, terna, doce... em seguida concentra sua atenção aos meus lábios. Que automaticamente se abrem, surpresa pela sua grande admiração. Seu olhar cai sobre mim de novo, está mais calmo, porém sua aproximação me afeta de alguma forma. — Realmente pensas muito m*l da minha pessoa. Acredita em amor a primeira vista? Mudou de assunto rapidamente. — Claro que não! Isto não é uma história de amor, e sim, de sacrifício! — Pois eu acredito... te amo desde o primeiro momento que há vi na festa de gala... se nunca me senti assim... sei que é amor... Ali começei a imaginar toda a nossa vida juntos, não perdi tempo, queria revendica-la. — Toca no seu peito com a mão fechada em punho. — Antes que outro o fizesse em meu lugar. — Então sou sua posse? Ergui o queixo desafiadoramente, não deixando demonstrar que sua declaração havia me tocado. — Não! Tú és o meu amor... é assim que eu amo.... estou me descobrindo também... não sabia que reagiria dessa forma... é intenso demais... você me enfeitiçou completamente, estou domado, rendido pela sua beleza e formosura... seu caminhar, seu andar, sua voz. Amo seu jeito de falar, a sua inteligência, sua astúcia... és bela em tudo. Amo cada pedacinho de ti. Te tenho em alta conta, tú és o meu tesouro mais valioso, valor incalculável, inestimável e me tens em suas mãos. Sou teu. Todo seu. Enquanto escutava a bela declaração de amor, junto com seu olhar apaixonado, não pude me conter, minhas mãos tremem, quase deixando o punhal cair no chão. Não queria demonstrar que me afetou através das suas lindas palavras de amor. Fico emotiva, afinal, eu tenho um coração! Infelizmente uma lágrima escorre do meu olho sem a minha permissão. — Descanse,teremos muito tempo para nos conhecermos melhor! Não se preocupe, como prometi não te tocarei, além do mais é bem provável que tenhas um punhal nas suas mãos agora... não irei morrer antes de conquista minha Viscondessa. Miro o Visconde com irritação. — Como sabes?! Heim!? Por acaso abriu um dos meus baús?! — Falei com fúria. Estava no meu limite. Ele se vira, apressando os passos, indo em direção a porta, fechando logo em seguida. Não antes de ver um sorriso de lado, caguetando-se que abriu o meu baú. Fico possessa de tanta raiva que lanço o punhal no meio da porta e acerto em cheio, deixando-o fincado, entranhado dentro da porta. Meu peito subia e descia de tanta tensão que passei, pareceu que tínhamos acabado de lutar com espadas, todavia foi com as nossas línguas afiadas que lutamos, não existe luta mais fadigante que essa. Detesto quando mexem nas minhas coisas, ele vai ver só. Vou até a porta e não consigo tirar o punhal, joguei com muita força. Abro a porta, tudo em silêncio. Olho para um lado e para o outro. Nesse corredor existe mais dois quartos além do meu e do Visconde. Não tenho a chave do meu próprio aposento, fecho a porta e resolvo pegar uma cadeira colocando-a na maçaneta. Vou na outra porta e faço o mesmo, pois também não tenho a chave e estava aberta. Sinceramente se ele falou sério, por que não me deu as chaves, por isso não confio. Terás que ganhar minha confiança Visconde e digo que não será uma tarefa fácil.
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