Capítulo 6

1944 Words
Juliette — Senhora... "tchum...tchum...tchum" — Senhora! Escuto Alici e várias batidas na porta. Desperto sentindo o corpo todo dolorido, dormir sentada segurando o punhal que agora está no meu colo. Escondo debaixo do travesseiro. — Entre Alici! A jovem entra com mais duas empregadas carregando dois baldes de água. Levanto da cama após me espreguiçar sentindo que travei uma batalha ontem. — Bom dia meninas! — Bom dia. Senhora Viscondessa. — Disseram em unisolo. — Podem me chamar somente de Juliette, por favor. Alici vem toda feliz tateando os lençóis procurando algo e fica achando estranho que não achou o que tanto procurava,em seguida vira o seu rosto para a minha direção com um ponto de interrogação no olhar. E eu devolvo com um "O quê foi"? com o meu olhar. Ela abaixa a cabeça e troca os lençóis assim mesmo enquanto as outras mulheres terminam de encher a banheira. Elas se foram e peço para Alici sair também. — Não posso! — Disse ela balançando a cabeça e movendo os braços. — O Senhor Visconde pediu para cuidar da Senhora. — Não preciso de uma babá, Alici. Sei me cuidar sozinha. — Resmunguei de m*l humor. — Desculpe Senhora. Vejo que fui grossa com ela. Ficou sentida. — Desculpe-me... eu estou muito agitada essa manhã. Pode me ajudar, então com o espartilho, que tal? Sorri para o seu rosto que se iluminou como o nascer do sol. — Sim! — Bate palminhas. — Obrigada por deixá-la te ajudar. Acho graça do seu jeito de menina, peço para ela se virar com um gesto. Tiro a túnica,entro na banheira de água morninha. Enquanto tomo meu banho escuto Alici falando, tagarelando... — O Visconde é um homem muito atraente, não acha? Parece um príncipe! — Diz toda empolgada. — Hum... quer ele para você? Pode levar!— Murmurei. — Ai, Senhora, quê isso! — Pelo tom da sua voz senti que a ofendi. — Desculpe de novo, não queria ofender, não foi minha intenção de joga-lo para cima de ti, perdoa-me? __ "Nenhuma mulher deve passar pelo o que estou passando". Penso comigo mesma. — Não precisa se desculpar e que... — Pode dizer Alici. Encorajo, na intenção de soltar o verbo. — O Senhor Visconde sempre foi muito respeitador e mesmo se eu o interessasse o meu coração já pertence a outro rapaz, o nome dele é Ítalo! — Falou com uma emoção o nome do rapaz. — Hum.... quantos anos tens? Parece tão jovem para estar apaixonada. Me interessei na sua história. — Tenho dezenove anos! — Diz ela com alegria. — E o rapaz, Ítalo, quantos anos ele têm? Trabalha aqui? Alici e tão novinha na minha opinião. — Ele tem vinte e cinco anos... eu o amo tanto. — Sua voz saia suavemente ao relatar. — Sim, trabalha nos estábulos. Todos nós, os empregados moramos no casarão atrás da mansão. Existe vários anexos nele. Minha mãe e meu pai trabalham para os pais do Visconde na mansão deles quê é bem longe daqui. Ótimo pensei... para não dizer ao contrário. Estou nessa imensa mansão a noite toda, condenada a viver com um homem que não conheço. — Meu tio e minha tia me vigiam o tempo todo, uma das mulheres que encheram sua banheira, é ela! Minha tia Dilar. Ela amou que virei sua criada pessoal, assim me mantém longe de Ítalo, não querem que eu me perca... mas ele me respeita muito, sabe! Queremos muito nos casar. — Já se beijaram? — Sim, mais foi bem rápido. Acabo o banho e pego a toalha, enxugo-me completamente e visto uma roupa de baixo. — Pronto Alici pode se virar. Ela vem colocando o espartilho em mim, seguro na pilastra da cama. Alici começa a tortura de puxar as fitas, só deixei para agrada-la, na verdade não preciso de espartilho e o pior... deixa os meus s***s mais expostos no vestido de corte quadrado, e tudo que menos quero é parecer sensual diante do Visconde. Depois de me ajudar a me arrumar, me pôs um vestido azul celeste, sem armação, corte reto, é o meu vestido preferido, todavia usando espartilho... está lá! Os meus s***s quase soltando para fora do vestido. Alici pôs um pouco de cor no meu rosto, arrumou os meus cabelos, deixando presos no alto da cabeça. Disse que parecia uma princesa. — Estás mais linda do que nunca Senhora. O Senhor Visconde irá encontra-la na sua ala pessoal, vamos! Te levo. Ela me puxa pela mão, levando-me para uma ala parecida com o meu quarto. Tudo branco e dourado com um lustre de cristal no teto. Sabe tenho a impressão que tanto o meu quarto como minha ala pessoal o Visconde quer me dizer algo, sem falar... Lembra pureza o ambiente. — Nossa, que lindo! — Tú que és linda minha princesa... bom dia. Escuto sua voz atrás de mim, virando-me em seguida. Alici faz uma breve reverência para nós dois e ao mesmo tempo dizemos não com a cabeça para ela, fazendo ela rir, saindo logo em seguida. Nos deixando sozinhos. — Bom dia Visconde... O que tú queres de mim? Ele está todo elegante em um terno vinho. — Ótima Pergunta. Seus olhos miram exatamente no meu decote, lambendo os lábios. Depois de sua exploração luxuriosa nos meus s***s, ele volta a encarar-me. — Deixarei às únicas chaves dessas duas portas contigo. Diz enquanto coloca as chaves na mesinha. — Pode tranca-las para se sentir mais segura, se não confias ainda em mim. Estamos pertos e longe ao mesmo tempo, porém estou feliz, por estar aqui meu amor... Quando nada digo, nem pisco. Ele se vira para sair. — Posso lhe pedir algo? Em um instante se virou na minha direção, esperançoso, colocando as mãos na cintura. — Tudo o que tú quiseres! — Responde rapidamente, esperando, ansioso. — Não é para mim e sim para a senhorita Alici. Queria que ajudasse ela e o rapaz que está apaixonada a se casarem, acho que a senhorita em questão não tem dote e nem o Ítalo tem dinheiro para começarem uma nova vida juntos. Expliquei o caso ao Visconde com precisão. — Mas por que a senhorita Alici... é tão jovem e... — Diga-me Visconde, incomoda-te o fato dela querer se casar?! — Minha voz saiu raivosa demais. — Não entendo. Sua cara de inocente trazia um encômodo sensorial dentro do meu ser. — Ham... — Torci a boca brevemente. — Alici é jovem, bonita, sempre esteve aqui a sua... — Por favor, não termine essa frase Juliette!! — O tom era de ira. Ficando evidentemente nervoso. — Sempre a respeitei, vi ela nascer, a peguei no meu colo. Foi ficando mais calmo a medida que me dava suas explicações. — A enxergo como uma irmã que nunca tive, ela tem a minha proteção... Eu só não esperava que já estava apaixonada, só isso. De repente me olha de um jeito acusatório e com um meio sorriso. — Estás com ciúmes? — Não seja b***a! — Gritei. O rosto pegando fogo de fúria. — Então o que foi? — Sua pergunta foi séria. — Pode questionar qualquer coisa. Emendou ele com calma. — Também não é nenhum puritano, não é, Visconde. Não é casto! — Acusei-o. — Não, infelizmente não sou, mas lhe garanto também que não tive tantas mulheres assim. — Quantas? — Três. — Amantes?! A raiva crescendo vertiginosamente dentro do meu interior. — Sim. — Confessa com pesar. — Então deverás ter uns filhos por ai, espalhados pela França ou pelo mundo. Cuspo as palavras que estavam engasgadas, presa feito ferros na minha garganta. — Claro que não!! Fica ofendido, o olhar frio. — Como sabes?! — Rebati. — Ora, não conhece ou nunca ouviu falar de pele de carneiro? Se quiser eu te mostro. — Aí, que nojo! Isso é repulsivo! Falo agitada e viro dando as costas para ele. Ficando com asco desse assunto. — Também acho...Não se preocupe, não trouxe nenhuma doença, ou no futuro vir algum filho perdido, garanto-te... Quando digo que sou todo seu falei a verdade. Sempre antes de fazer qualquer coisa, pensava antes, por várias vezes, matutava, planejava. Nunca agi por impulso, até pôr os olhos em ti. Então tem minha palavra que não tenho nada a esconder e nada que possa surgir mais na frente que faça você me repudiar.E te digo mais, sempre serei fiel a ti, mesmo que não queira ser minha mulher. — Fala calmante, sua voz saiu suavemente, doce demais. Viro-me, ficando de frente para ele. — Sei... Às vezes sua calma e paciência me irritam!! — Grito novamente. Ele avança tão rápido, estacando de relance bem na minha frente, segurando meu braço com uma mão e a outra na minha cintura,colando seu corpo junto ao seu. Bato no seu peito desesperada, ele me pegou desprevenida. Seu olhar está em chamas. Seu rosto muito próximo do meu. — Assim que tú queres? heim! Posso ser como tú quiseres. — Me solta não quero nada de ti!! — Gritei furiosamente mais alto. — Acha que não te desejo?! Que não te quero como minha... mulher?! Tento escapa do seu aperto íntimo, sua mão solta o meu braço, porém suas duas mãos ficam como garras ferozes na minha cintura. Tenta me beijar enquanto ando para traz com ele agarrado a mim acompanhando os meus passos, tentando por um limite mínimo de espaço entre nós dois, envergando o tronco, o tanto que consigo, para trás e virando o rosto para os lados por diversas vezes por causa das suas investidas apaixonadas. Entretanto, o homem é obstinado e joga seu corpo sobre o meu para alcançar fervorosamente os meus lábios. Está agindo como um louco desesperado, eu fiz ele perder o controle. De repentemente ele para de tentar me beijar, eu paro de tanto me debater, congelamos. Todavia, ficamos tão pertos ao ponto de sentir as respirações entrecortadas um do outro, nossas bocas abertas, ofegantes, um olhando para os lábios do outro. Até que sua boca falou: — O meu corpo arde, queima, está febril, você foi a única mulher que despertou isso em mim, me fez virar do avesso, deixou meu mundo de ponta cabeça. A amo ardentemente, posso amá-la e desejar com a mesma intensidade. Não me julgues quando digo que o amor e o sexo podem sim andarem juntos. Deixa eu te provar isso? Seus lábios se aproximam dos meus e tudo pareceu numa lentidão imprescindível. Senti um reboliço dentro de mim, as suas declarações, o fato dele dizer que duas coisas como amor e prazeres sexuais podem andar juntas... mas antes de tudo tem que existir amor e eu não o amo. — Não. Ele para no meio do caminho do beijo, sinto a ponta dos seus lábios tocando de leve os meus, aspirei seu cheiro masculino. Seu olhar cai novamente para os meus s***s,em seguida fecha os olhos com força, soltando-me em seguida,se afastando de vez. Devolvendo o meu espaço pessoal. Devolvendo a minha paz. — Perdoe-me, estou a beira da insanidade minha Viscondessa, não queria me comportar desse jeito. — Aceito suas desculpas, Visconde. Sei que estiguei a cometer tal absurdo. — Posso pedir algo? — Perguntou tranquilamente como se nada houvesse acontecido. Pensei por uns segundos. — Pode. Dá um largo sorriso. — Posso tomar o café da manhã com minha esposa? — Perguntou com uma voz carente. Fiquei com pena. — Sim, claro. Peça para as empregadas trazer nosso desejum, talvez nosso ânimo melhore. — O meu melhorou desde que te vi hoje de manhã, adoro nossas peleias. Deu-me uma piscadela e sai andando. Me deixando sem palavras.
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