Capítulo 6

858 Words
Levou duas semanas para tudo o que eu tinha para resolver, ser resolvido, no prazo de duas semanas eu resolvi todas as papeladas da minha demissão para conseguir pegar os meus direitos de anos de trabalho, também consegui dar entrada no meu seguro desemprego que as seis parcelas ficaram com a minha mãe, em duas semanas o meu passaporte ficou pronto, com a ajuda da Ellen, Clara e eu compramos as nossas passagem, por incrível que parece eu levei duas semanas para arrumar as minhas malas, e eu tive duas semanas para passar com a minha família. Desde que eu nasci eu nunca fiquei longe da minha mãe por muito tempo, o mais longe que eu fiquei dela foi nos finais de semana que eu passava com o meu pai durante a minha infância e adolescência, e mesmo assim estávamos na mesma cidade, quase que no mesmo bairro, mas desta vez é diferente, desta vez ela vai ficar em um pais e eu em outro, e não temos previsão de quando vamos nos ver novamente. Eu só não estou me sentindo totalmente péssima por estar deixando ela aqui, porque ela tem a minha irmã que sempre estará ao seu lado enquanto eu estiver longe, assim como a minha mãe terá os seus irmãos para o que ela precisar. Mesmo tendo passado essas duas últimas semanas grudada na minha mãe e na minha irmã, não foi o suficiente para evitar que na hora da despedida no aeroporto, as lagrimas saíssem de nossos olhos, mas mesmo com muito choro, eu tive que partir. - Meninas, bem-vindas a Las Vegas. – Ellen fala sorrindo para a gente, assim que desembarcamos no Aeroporto Internacional Harry Reid, e pegamos as nossas malas. - Aqui é tudo tão lindo. – Diz Clara enquanto os seus olhos brilhantes, olha tudo ao nosso redor. - Não tem como dizer que não estamos em Las Vegas. – Falo enquanto avalio todo o local, que em cada parede está escrito “Welcome to Las Vegas”. – Até mesmo no aeroporto tem maquinas de jogos. - Las Vegas é conhecido por causa dos seus cassinos, então em qualquer lugar que você for, vai ter pelo menos uma máquina de jogo. – Ellen me explica enquanto descemos pela escada rolante. – Bom, o hotel já está pronto para a chegada de vocês e como hoje é sexta e já está de noite, a Phoebe só poderá falar com vocês amanhã no início da tarde. Phoebe Field é a mulher encarregada das dançarinas e garçonetes da boate. Eu não falei com ela pessoalmente, mas a Ellen nos explicou quem é essa mulher, quando tivemos que mandar fotos nossa para ela. Parece que para esse trabalho, a aparência conta de mais. - Bom, vamos para a entrada do aeroporto para que eu possa pedir um Uber para a gente. – Ellen continua falando. – E olha que legal, o aplicativo do Uber que usamos no Brasil, podemos usar aqui, e ainda podemos usar o nosso cartão de credito que já está no aplicativo, e o melhor de tudo é que quando a fatura chega, o dólar já vai estar convertido em reais. - É você acha que compensa fazer isso? – Clara pergunta. - Não, como vocês vão está recebendo em dólar, seria melhor pagar em dólar. – Ellen responde. - Antes de irmos pegar o Uber, eu tenho que fazer uma coisa, vocês podem me esperar rapidinho? – Pergunto para elas, mas obviamente a Clara já sabe o que eu vou fazer. - Claro, vai lá. – Ellen sorri educadamente. - Eu já volto. – Deixo as minhas malas com elas, e carregando a minha bolsa e mochila, eu sigo na direção dos armários que eu vi quando estava descendo as escadas rolante. Agradecendo pela minha mãe ter me obrigado a fazer um curso de inglês, pois graças a ela eu sei como me virar aqui. Então falando inglês pela primeira vez desde que eu cheguei aqui, eu aluguei um armário por um mês e dentro dele eu guardei a minha mochila, onde tem alguns documentos que não terei que usar aqui agora, mas por segurança vou mantê-los perto de mim, assim como também tem alguns documentos da Clara, duas mudas de roupas, e dinheiro. Nesta bolsa guardada está tudo o que eu preciso para fugir caso esse trabalho não seja o esperado. Como não sei o que vai acontecer quando chegar ao meu destino, eu guardo a chave do armário no meu sutiã, pois se eles pegarem a minha bolsa, a minha chave de escape não será levada para longe de mim, e com a chave guardada no meu sutiã, eu sigo de volta para perto das meninas. - Podemos ir? – Ellen me pergunta quando paro ao lado delas. - Podemos. – Concordo pegando as minhas malas novamente. Eu não sei se a Ellen notou que estou com uma bolsa a menos, mas se ela reparou, ela não comentou. Então assim seguimos na direção da grande porta de saída do aeroporto, que tem mais uma placa grande e brilhante escrito, “Welcome to Las Vegas”.
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