Capítulo 7

1320 Words
Como uma verdadeira bobalhona eu me encontro com a minha cabeça quase que para fora do carro enquanto olho as ruas de Las Vegas. Eu nunca na minha vida tinha visto tantas luzes coloridas juntas, nem mesmo na velha árvore de Natal que temos em casa eu tinha visto tantas luzes juntas. Além dos grandes prédios bem iluminados, as ruas se encontra cheias de carros e de pessoas andando de um lado para o outro. Tem pessoas usando roupas normais, tem pessoas usando roupas que esbanja riqueza, mas as pessoas que mais chama a atenção, são aquelas que estão fantasiadas. - Aqui é sempre assim? – Pergunto apontando para toda a movimentação de fora do carro. – Agitado? - Sempre, essa é uma das cidades que nunca para. – Ellen me responde. - Nem mesmo de dia? – Clara pergunta também. - Mesmo de dia. – Ellen confirma. – Os cassinos aqui nunca fecha e posso dizer o mesmo de algumas boates, de dia sempre tem algum evento como shows, e também sempre tem turistas que gosta de aproveitar ao máximo a viagem. - Isso explica porque o salário de dançarina aqui, é um valor bom. – Clara comenta e eu concordo com a cabeça. O resto do caminho foi com a Ellen nos explicando um pouco sobre a cidade e nos mostrando os melhores pontos turístico para o caso de a gente querer sair essa noite, mas assim que o carro parou na frente de um grande prédio iluminado com luzes dourada, ela abriu a porta do carro e como acreditou que aqui seja o nosso destino, também sai do carro sendo seguida pela Clara e o motorista, que saiu para nos ajudar a tirar as nossas malas do porta mala. - Você também vai ficar hospedada no hotel? – Eu pergunto para Ellen, quando vejo que a sua mala também foi tirada de dentro do carro. - Não, eu alugo um apartamento junto com uma das meninas que entrou comigo para o clube, mas como hoje é o meu dia de trabalhar, eu vou levar a minha mala para o hotel e depois seguirei para a boate. – Ela me explica após agradecer ao motorista, e começarmos a seguir para dentro do grande prédio. - A boate é longe daqui? – Clara a pergunta. - Não, a boate fica dentro do hotel, só que a entrada para os clientes fica na rua de trás. – Ellen nos informa. Antes que pudéssemos fazer mais qualquer outra pergunta, entramos no saguão do hotel e foi inevitável não se sentir impactada com a beleza do lugar, que é todo branco com detalhes dourados e preto. - Bom, é aqui que eu deixo vocês. – Ellen fala apontando para a recepção. – Agora é com vocês, bom, fiquem à vontade para fazer o que quiser aqui, para pegar a chave do quarto basta ir na recepção e informar o nome de vocês, e amanhã alguém vira buscar vocês para poderem conversar com a Phoebe. - Claro, obrigada por tudo e tenha um bom trabalho. – Agradeço sorrindo com sinceridade. - De nada, qualquer coisa basta vocês me ligar que eu dou um jeito de vir até aqui. – Ellen diz educadamente. - Pode deixar, obrigada. – Clara agradece, e após as nossas despedidas, seguimos até a recepção onde pegamos as chaves do nosso quarto, e em seguida seguimos para o nosso dormitório temporário. O quarto que foi escolhido para a gente é em cores claras, tem duas camas de casal com lençóis brancos e dois travesseiros em cada cama, uma grande cômoda com seis gavetas, tem uma porta que eu acredito ser o banheiro, uma televisão na parede, uma mesa media com duas cadeiras com flores dentro, um pequeno frigobar e para deixar o quarto ainda mais encantador, tem uma grande parede de vidro que nos permite ter uma boa visão da cidade. - Eu tenho que tirar uma foto para posta no **. – Clara joga a sua bolsa na primeira cama, para em seguida correr na direção da parede de vidro já com o seu celular na sua mão. - Eu vou ligar para a minha mãe, para que ela saiba que já chegamos. – Falo deixando a minha bolsa na outra cama. – Eu vou estar aqui no corredor, qualquer coisa você me chama. - Ok. – Clara diz animada e nem se dá o trabalho de olhar para mim, enquanto tira várias fotos. – Mas não demora muito, pois eu tenho planos para a gente essa noite. - Que tipo de planos? – Pergunto olhando para ela desconfiada. – Clara, a gente acabou de chegar de uma viagem de quinze horas e dependendo de como as coisas vão correr, amanhã mesmo a gente começa a trabalhar. Eu achei que seria bom a gente descansar um pouco. - A gente descansa quando volta. – Ela volta para perto da cama e deixa o seu celular em cima da mesma. – Agora ligar para a sua mãe enquanto eu tomo banho, e aí quando você volta, você toma banho e sairemos. - Tá bom. – Concordo mesmo não querendo, mas se eu não for, com toda certeza ela irá sozinha, e como ela não fala em inglês, tenho medo do que pode acontecer. – Eu já volto. Assim que saio do quarto, eu fecho a porta atrás de mim, para em seguida ligar para a minha mãe. - Agatha? – Minha mãe atende no terceiro toque, e pela sua voz percebo que ela já estava dormindo. - Oi mãe, só estou te ligando para avisar que eu cheguei. – Falo enquanto ando de um lado para o outro no corredor. – Eu sei que aí já está tarde, mas achei melhor te ligar mesmo assim para que você não fique preocupada. - Tudo bem, você fez o certo. – Minha mãe suspira do outro lado da linha. – Como estão as coisas aí? - Como acabamos de chegar, não tem muito o que dizer, mas estamos em um hotel bem chique, mas se você quiser ver como é, entra no status da Clara, pois com toda certeza ela está publicando as fotos em todas as suas redes sociais. – Falo sorrindo. – Eu vou deixar você dormir agora, mas amanhã de tarde eu te ligo para dizer como estão as coisas por aqui. - Ok, tenha uma boa noite. – Minha mãe deseja. - Boa noite. – Sorriu assim que finalizo a ligação. Mas assim que me viro para voltar para o meu quarto, eu acabo batendo de frente com um peitoral forte usando uma camisa social branca. Antes que eu pudesse ir direto para o chão, um braço forte me segura pela cintura e quanto eu levanto os meus olhos para ver quem está me segurando, eu quase perco o fôlego. O homem a minha frente tem cabelo preto que está estrategicamente bagunçando, olhos no tom verde escuro e barba por fazer. Como a sua camisa está com os três primeiros botões abertos, eu consigo ver as tatuagens no seu pescoço e um pouco da que ele tem no peitoral. - Você deveria tomar mais cuidado. – Uma voz rouca sai do homem, e isso faz com que eu pare de avaliá-lo, enquanto as minhas bochechas começam a ficarem quentes. - Me desculpa. – Falo sem graça enquanto dou um passo para trás, e saio do braço do homem. - Só toma mais cuidado, para não sair esbarrando nos outros. – Ele fala me olhando de cima para baixo, para em seguida passar por mim, e como uma boba hipnotizada eu o sigo com os meus olhos, até ele virar o corredor. - Acorda Agatha! – Chamo a minha atenção balançando a cabeça. – Você está aqui para trabalhar, não para se encantar por homens riquinhos. Ainda balançando a minha cabeça negativamente, eu sigo na direção do meu quarto.
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