Capítulo 3

1127 Words
Eu estava me arrumando pra ir trabalhar, e como estava meio frio coloquei um tênis , uma calça jeans e uma blusa de manga longa, o cabelo estava bem naquele dia então decidi ir com ele solto.. _Aonde você vai?_ minha mãe pergunta _Trabalhar. _Nossa toda arrumada parece que vai passear_ brincou Não dou muita importância pra minha mãe e saio. No meio do caminho Débora me liga.. _Ana_ ela parecia estar no carro _Oi _Preciso de um favor. _Sim, só falar. _Eu vou dar um jantar mais tarde na minha casa, mas tive que dar uma saída e só vou chegar em cima da hora você podia por favor ligar pro Le Vannor , pedir comida e deixar a mesa de jantar arrumada pra dois? Prometo que te p**o um extra. _Tudo bem. _Obrigada. Cheguei na casa dela e como sempre não tinha muito o que fazer então decidi começar a ajeitar as coisas pro jantar. Me perguntei se era um jantar romântico se devia colocar velas na mesa, no final acabei colocando. Eu já tinha pedido a comida e ja estava quase na hora do jantar e nada decidi ir até o restaurante que graças a Deus era bem pertinho. _Boa tarde!_ a recepcionista diz sorridente _Oi, é que eu fiz um pedido aqui já faz um tempo e até agora não chegou e já está quase na hora do jantar. _Claro_ ela disse sem graça_ desculpe estamos com um problema, o ajudante do chef passou m*l e ele ficou sozinho _Um restaurante desse tamanho e só um ajudante?_ pergunto abismada _É eu sei_ ela se aproxima de mim_ o chef é meio cheio de frescura, gente rica sabe como é_ ela revira os olhos_ agora estamos assim. Eu estava começando a ficar preocupada, já estava quase na hora e nada da comida o que eu ia fazer, cozinhar estava fora de questão não era a minha praia. Eu estava a muito tempo esperando e então fiquei nervosa _Eu posso falar com esse chef?_ falo nervosa _Na verdade não_ ela cochicha_ mas pra você vou abrir uma exceção , entre pela direita e com certeza ele vai estar lá gritando com alguém _Obrigada _ falo sorrindo Entro na cozinha e ela tinha razão o cara estava lá gritando com todo mundo. Vermelho feito um pimentão, ele era aquele típico chef estrangeiro branco, cabelos grisalhos com um sotaque super carregado. _Com licença_ falo me aproximando _Rodriga onde está meu macarron_ ele gritava com um rapaz e sequer me deu atenção _Oi_ falo baixo tentando ser educada _Quero minha molho aqui Rodriga_ ele continuava gritando _Ei_ bato nas costas dele nervosa Ele me olhou assustado e de repente ele parou de falar _Desculpe interromper seu trabalho mas meu pedido está atrasado e preciso dele agora _Quem é você? como entrou aqui? _Ai_ coloco a mão na cabeça_ eu só quero o meu pedido. _Marravilha_ ele sorriu de repente_ o que você pediu? Eu sequer sabia dizer o nome daquelas comidas então entreguei o papel com o nome que a Débora deixou. _Bem.. já que teve a corragem de vir até aqui pra fazer seu pedido,acho que você pode me ajudar a fazer. _O que? _ falo assustada_ não, nem pensar, eu não sei cozinhar. _Rodriga arrume uma avental para a moça, ela vai nos ajudar_ ele grita ignorando o que eu disse Eu não era do tipo de fugir das coisas e já que eu estava la não custava nada tentar. Me enrolei várias vezes com os temperos malucos dele e ainda mais com o sotaque dele que no final acabou me trazendo várias risadas. Quando terminamos e Gerald me entregou a minha comida percebi que o destino havia me dado um novo amigo. _Obrigada Gerald_ falo sorrindo _Obrigada você bela Ana, adoçou o meu dia_ ele sorriu_ esperro você aqui amanhã. _Ok até amanhã. Olhei no relógio e corri pra casa da Débora pra por a comida na mesa, quando cheguei la ela ja estava em casa mas por sorte a visita ainda não. _Ai que alívio em te ver_ ela fala sorrindo_ achei que tinha acontecido alguma coisa. _Desculpe eu tive que ir até o restaurante. _Tudo bem meu noivo ainda não chegou. _Seu noivo que vem então? _Sim _A então acertei em colocar as velas na mesa_ falo sorrindo _Alias que mesa mais linda, obrigada. _Que nada. _Bem... enquanto você arruma a mesa eu vou tomar um banho se ele chegar manda ele entrar. _Tudo bem. Comecei a arrumar a mesa e a rir ao olhar pra comida que eu ajudei a fazer, era claro que se eu contasse o que tinha acontecido comigo naquela tarde ninguém ia acreditar mas estava feliz por ter feito uma nova amizade. A mesa estava quase pronta mas minha pulseira agarrou na toalha de renda e então tive que tirar do pulso e coloquei no bolso, eu não gostava de tirar a pulseira parecia que tirava parte de mim, talvez fosse só o costume, mas como não queria correr o risco de agarrar de novo e rasgar a toalha que parecia cara, então acabei tirando. Quando enfim acabei de arrumar a mesa fui me despedir da Débora e enquanto eu tentava colocar minha pulseira de novo alguém bateu na porta _Ana abre pra mim por favor_ Débora grita do banheiro Eu vou distraída com a pulseira ainda na mão, abro a porta dou de cara, não era possível era o Cadu, o Cadu era o noivo dela. Tentei fingir que não o conhecia, talvez ele nem se lembrasse de mim, mas a cara que ele fez era óbvia, ele não só lembrava de mim como também me reconheceu. Pela primeira vez eu estava paralisada e sem saber o que dizer, minhas mãos tremeram tanto que a pulseira caiu da minha mão, nos abaixamos ao mesmo tempo mas ele pega mais rápido que eu e me encara como se não acreditasse que eu ainda usava ela. _Ana...?_ ele tentar falar enquanto nos levantamos mas é interrompido _Até que enfim_Débora diz sorrindo Rapidamente eu tentei melhorar a minha cara de susto e dei alguns passos para trás pra que ele pudesse entrar _Achei que não fosse demorar_ ela o abraça e da um selinho _É_ ele falava ainda me encarando _Aah essa é a Ana ela ta trabalhando aqui por enquanto_ ela fala sorrindo _Bem... eu já vou _ falo olhando pro chão. Peguei minha bolsa e fui andando rapidamente pra porta, eu já estava quase saindo quando ouvi o Cadu me chamar.. _Ei espere_ ele diz e sai um pouco de perto da Débora e me encara_Sua pulseira. Pego sem sequer olhar na cara dele e saio sem falar nada eu estava nervosa e pedia pra que o elevador não demorasse, por sorte a Débora o chamou e os dois entraram me deixando sozinha no corredor, olho pra pulseira e coloco no bolso, ele claramente tinha deixado o passado e eu precisava fazer isso também.
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