Aquela noite jamais sairia de minhas lembranças, digamos que essa foi a primeira grande besteira que fiz desde que meus pais se foram. Eu sempre era bem comportada, tirava boas notas namorava escondido mas sem ultrapassar a linha, afinal eu não queria desapontar meu irmão. Ele tinha nossa guarda então tinha que fazer valer a pena.
Porém enquanto eu ia para casa ficava bastante inquieta por conta da dor, não imaginei que doesse tanto mas já estava ciente que era por conta da relação. Isso me lembrava da educação física de como eu ficava desconfortável, bem não era a mesma coisas mas eu tinha intenção de me lavar e de ir dormir.
Quando cheguei em casa me deparei com meu irmão Thiago dormindo ao lado do mais novo, Iago. Ambos estavam no sofá que virava uma cama, então estavam confortáveis. Fui diretamente ao meu quarto sem fazer barulho e em passos leves para não acorda-los e lá dentro usei meu banheiro para me banhar
Um banho que foi relaxante e limpante, usei meu sabonete para alergia e um perfume suave de hortelã para dormir, que rápido me abracei com o travesseiro de minha cama lembrando da besteira que fiz, e que meu querido ex namorado havia feito.
Se bem que, sentar na rola daquele peão não era de todo r**m, eu só não esperava descobrir algo terrível no dia seguinte.
Fui acordada às cinco da manhã por Thiago, que já me passava as orientações. Ele dizia que o patrão era um velho amigo de nossos pais, e que talvez fosse meu padrinho. Ele havia viajado após meu batizado, e nunca mais havia voltado até certo tempo onde ele havia comprado a fazenda, e agora também era seu patrão.
.lá estava eu usando um vestido branco de tecido leve e confortável, um short por de baixo daquela longa saia e meus cabelos para traz. Iria trabalhar auxiliando a cozinheira da casa. Cortando legumes e lavando as panelas. Não era o emprego dos sonhos mas ele me pagaria bem para isso. E enquanto caminhavamos entrando naquela casa eu e meu irmão conversávamos.
— Olha, eu sei que não é da minha conta mas... Qual motivo de você e o Mateus terem terminado?
Engoli o seco e abaixei o olhar.
— Ele é um babaca.
Preferi não expor tanto.
— Bom não tem problema. Só não fique indo e voltando para ele.
Para meu irmão era assim, se acabou, acabou.
Foi uma bela ronda pela casa, mas meu lugar seria mesmo na cozinha. Onde eu auxiliaria a empregada que era especialista em comidas nordestinas. E, eu havia gostado dela de cara, e o lugar não era tão r**m. Havia de tudo e a cozinha era maior que meu quarto.
O problema foi quando sai de lá e subi as escadas para ver o andar de cima. Com meus cabelos presos, e passos leves que não soavam eu senti um perfume que me era familiar, e meu irmão saia de um cômodo junto ao homem que eu havia dado a noite passada.
— Ah, Carlos essa é a minha irmã. Sua possível afilhada. Ela vai trabalhar aqui.
Nossos olhares se cruzaram, minhas mãos gelavam e meus pés também. Estava prestes a ter uma crise de ansiedade e não cansava de pensar que aquilo só poderia ser uma grande pegadinha de m*l gosto.
Meu Deus, socorro!