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1009 Words
Dizem que quando morremos, antes do cérebro falhar vemos um filme de nossa vida passar por ao menos cinco minutos, E naquele momento que eu encarava o homem, dono de minha virgindade ao lado de meu irmão na descoberta que ele não era só o meu patrão como também era meu padrinho, senti o mundo girar por um instante e ergui a cabeça, nesse momento soltei um longo suspiro. Meu irmão veio ao meu lado e me perguntava se estava bem, e a única coisa que me vinha a mente era: eu vou pro inferno, perdão Deus. — Você está bem??? — Ele perguntava, parecia bastante preocupado. — Estou, estou. Eu estou. — Disse erguendo minha cabeça e colocando as mãos no ombro do meu irmão, sem conseguir olhar para o homem que estava a minha frente, apenas senti o toque de suas mãos me levanto a um quarto, onde fui colocada deitada em uma cama, meu irmão desceu para pegar água, e eu fiquei imóvel olhando em seguida para ele. — Você, e eu... — Sim, eu sei. agora não toque nesse assunto, seu irmão vai ficar irritado com isso. —Ele dizia em som baixo. — Como...que de tantos homens naquela festa, eu esbarrei e fiquei logo com você? — Perguntei com os olhos arregalados sem acreditar ainda. — Olha, eu fui seu padrinho apenas por um dia, depois viajei e fiquei anos longe. não sabia que tinha uma afilhada tão crescida. — Mas que merda, Você nunca recebeu uma foto minha? —Nunca, apenas soube o que os idiotas da Lara e do Rian fizeram com vocês e assim que comprei a fazenda dei o emprego pro Thiago. e só! Agora vamos mudar de assunto, pois eu acabei mencionando pro seu irmão que fiquei com uma garota ontem. — Meu Deus! — Mas, falando um pouco sobre isso, Você ficou bem? Acenei que sim e me sentei na cama, em seguida ele também se ergueu e foi até a porta, onde meu irmão vinha com um copo de água. Depois daquele momento, apenas falei para meu irmão que havia sido por conta da noite passada, como não tinha dormido direito era plausível a exaustão. Meu então patrão me liberou, disse que eu começasse após me sentir bem, coisa que iria demorar. Acabei pegando o número de seu telefone, ou seja: Poderíamos trocar quantas mensagens quisessemos. Naquele dia, decidi ir caminhar perto de um rio, onde moravam por ali perto vários pescadores. e um deles, era amigo nosso de longa data. e sua filha era minha melhor amiga de infância, seu nome era Carla. Ela e eu nos encontramos enquanto eu andava na beira daquele rio, já que eu estava refletindo bastante sobre os ultmos acontecimentos, segurava um graveto e ficava com ele batendo nas pernas enquanto andávamos. Carla tinha longos cabelos ondulados, diferente dos meus que estavam mais para cacheados, sua pele era morena, e olhos castanhos e tinha traços finos, ela andava falando sobre a vaqueijada e a festa. — Ela estava lá, mas não pude me encontrar — até que o assunto chegou a mim. — Fiquei sabendo, que tu e Marcos terminaram o namoro. — Ficou sabendo como? — E eu ainda perguntava. — Bem, é que ele botou nos status que tava na pista. E, também me mandou uma foto não requisitada e disse que foi acidente. Virei o rosto para olha-la. não conseguia acreditar. — Marcos presta não, Cê ta é bem melhor sem ele. e se preocupa não, eu e meu Antônio tamo indo muito bem. acho até que pode ser ele o cara. Ela se referia a ser o príncipe encantado dela. o cara com que ela pode perder a virgindade. — Eu fico feliz por você, — Oxe mas me fala, pode ficar com essa cara murcha não. Tu se livrou de um peso grande. — Eu... não to assim por conta dele. Foi, outra coisa. — Tu bebeu, foi? — Ela me olhava vindo mais perto. Respirei fundo e me sentei na beira do rio, movendo o graveito perto daquela água transparente. — Eu posso te confiar um segredo? — Tu sabe meu CPF, pode me falar o que quiser. — Eu conheci meu padrinho, o nome dele é Darlan Carlos. — Esse é o segredo? acho isso uma benção ter um padrinho rico. Claro que eu sabia, eu fazia compras online para ela. a filha de pescador que não tinha internet em casa ainda. — É que nesse segredo pesado... — Disse abaixando a cabeça. — Ontem a noite eu perdi a virgindade, e não foi com o Marcos. — Han. Qual o problema? Ele que terminou com tu e já saiu se esfregando com todo mundo. — O problema é que eu fiquei com o primeiro homem que eu vi na frente, e o que eu não sabia é que ele era o dono da fazenda e do rodeio. — Tá mas... — Sua expressão ficava pensativa e ela colocava a mão no queixo — O Darlan Carlos? — Sim. — Mas ele né teu padrinho... Doida, doida, Doida — Ela se levantava pondo a mão na boca. — Eu acho que vou pro inferno né? — Égua mulher vai não, tu nem sabia disso. não sabia né? — ela perguntava querendo que eu afirmasse. — Eu não sabia e nem ele, já que tem anos que eu não o via, a última vez que nos vimos eu era pequena. — Misericórdia Valeria. Mas, e ai? o que tu vai fazer? — Vou trabalhar na casa dele, é o jeito. —Disse abaixando a cabeça. — Mulher, tu vai ter essa coragem?? — Preciso trabalhar pra ter dinheiro. — Mulher tu deu o xanin pro homem! — Dizia ela com aquelas girias. — Eu sei mas eu preciso. é isso ou ficar esperando notícias de cursos sem fazer nada. — Eu queria até perguntar... mas deixo pra depois. Eu sabia o que ela queria perguntar, e coloquei a cabeça no ombro dela. — É grande.
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