1° Capítulo.

2747 Words
Arthur Mendonça: -Então posso agilizar a exportação de hoje? senhor Mendonça. Álvares pergunta quando estou prestes a finalizar a reunião. -Faça isso, Álvares, preciso que isso chegue no prazo, me mantenha informado, o contrato já está assinado por mim, então é só despachar o pedido, algo mais para discutir? Perguntei pronto para terminar essa reunião que durou a manhã toda, para eu voltar para o meu escritório. -Isso é tudo, por enquanto, senhor Mendonça. Minha diretora Rosana diz, fechando uma pasta. -Ótimo, nos vemos depois senhores, com licença. Volto para o escritório, e resolvo comer qualquer coisa aqui mesmo, já que não estou muito afim de ir almoçar fora. Pego o telefone e ligo para a recepção. -Mary eu não vou sair para almoçar, quero que você compre um sanduíche de peito de peru e uma coca-cola, por favor. Digo assim que minha secretária me atende. -Vou fazer isso agora mesmo, senhor Mendonça, sua mãe acabou de chegar, posso deixar ela entrar? O que será que minha mãe quer de mim? -Pode sim, Mary, obrigada. Desligo e fico esperando minha mãe entrar, fico de pé para recebê-la. Mary acompanhou a minha mãe e depois nos deixou à sós. -Só assim pra ver meu filho, você está fugindo da sua família, Arthur? Já devia imaginar que ela viria aqui reclamar. -Mãe, por favor, eu tenho muito trabalho aqui na empresa, ando sem tempo pra outras coisas. Dou uma desculpa, mesmo sabendo que ela não vai engolir isso. -Seu pai e eu sentimos a sua falta, Arthur, desde que você se mudou para a sua cobertura, que quase não vemos você, e pelas olheiras que tem em volta dos seus olhos, vejo que você anda fazendo mais coisa do que só trabalho. Começou o sermão. Reviro os olhos, já que minha mãe acha que ainda sou criança para levar bronca. -Mãe eu não quero falar sobre isso, eu tenho muito trabalho ainda pra fazer, porque a senhora veio? Acabei sendo ríspido com ela, e fico arrependido por tratar ela assim. -Você não vai fugir dessa conversa, meu filho, vim te chamar pra almoçar comigo, e não vou aceitar desculpas, vamos logo. Dona Marisa não vai me dar sossego. -Tudo bem, mãe, você venceu, mê dê só um minuto. Pego o telefone e ligo para minha secretária outra vez. -Mary, cancele o lanche que eu te pedir, e faça uma reserva naquele restaurante que eu gosto, vou almoçar com a minha mãe. -Tudo bem, senhor Mendonça, farei agora mesmo, cancelo a reunião das 14:00 horas? Tinha até esquecido disso. -Não precisa, volto antes da reunião. Assim que ela confirma a reserva, acompanho minha mãe para fora do escritório até o elevador, quando chegamos ao estacionamento, Tom já está a posto, ele abre a porta para minha mãe entrar, enquanto dou a volta e entro do outro lado. Chegamos em apenas 10 minutos. -Boa tarde, senhor Mendonça, vou acompanhá-los até a mesa. O maître nos recepciona, e minha mãe e eu, seguimos ele. -Obrigado, Jeremy, pode nos trazer duas taças de Château La Mission Haut-Brion. Agradeço e já peço nossas bebidas, já que não quero que o almoço se estenda muito, ele nos entrega o cardápio. -Agora mesmo, senhor, com licença. -Até quando você vai aguentar viver assim, meu filho? Minha mãe perguntou, assim que ficamos à sós. -Até eu concluir minha vingança, mãe, a senhora sabe disso, mas não quero falar disso, por favor, vamos mudar de assunto. Minha mãe sabe ser chata quando quer. -Mas vai, Arthur, você não se olha no espelho, você está acabando com a sua vida por causa dessa história, já se passou tantos anos, você só vive para o trabalho e para essa maldita vingança, você é um rapaz lindo, mas não vejo você namorando ninguém, está na hora de seguir em frente, filho, casar e formar sua própria família, esse sentimento de vingança que você carrega só tem envenenado a sua alma. Minha mãe não entende, aliás ninguém entende. -Mãe nada do que você disser vai me fazer mudar de ideia, além disso a senhora não entende, porque não foi você que perdeu o seus pais assassinados por um maldito ganancioso. Rosno já de saco cheio deste assunto, sei que fui duro com ela, mas ela está passando dos limites. -Eu não tive mesmo, Arthur, mas isso não desqualifica para falar deste assunto com você, afinal você era um menino, quando isso aconteceu, claro que pais não mereciam morrer seja qual for o motivo que levou aquele homem a fazer isso, mas você está esquecendo que a história tem dois lados, se a polícia não encontrou nada para colocar aquele homem na cadeia, porque você não entende que esse seu desejo de vingança só está acabando com a sua vida. Maldita hora que aceitei vim almoçar com a minha mãe, eu já deveria ter imaginado que ela viria com esse blá-blá-blá todo outra vez pra cima de mim. Larguei meu almoço todo no meu prato, porque essa conversa me fez perder o apetite, mas nem minha mãe fará eu desistir da minha vingança. Como eu permaneci calado, ela continuou falando. -Pelo menos você pode pensar sobre isso que te falei, Arthur, eu te amo e só quero te ver feliz, ao lado de uma boa moça, tendo filhos, vivendo a vida que é tão curta. -Eu não quero ninguém na minha vida, mãe, meu coração está fechado para essas baboseiras de amor, além disso não preciso que nenhuma mulher me veja acordando aos berros por conta dos meus pesadelos. Nunca consegui me livrar deles. -Pensei que você já tinha conseguido se livrar deles, filho, você continua se consultando com o doutor Mendes? Infelizmente fui obrigado desde pequeno a ir me consultar com psicólogos, mas nenhum deles conseguiu resolver meus problemas, agora já tem uns 5 anos que sou paciente do doutor Alex Mendes, ele é um bom médico, mas nem com os tratamentos dele eu me livrei dos pesadelos, e nem sei se um dia conseguirei, quem sabe quando minha vingança for concluída. -Contínuo, mãe, mas meus pesadelos não foram embora, vamos mudar de assunto. Já estou de saco cheio desse assunto. -Tudo bem, Arthur, por hora vou deixar essa conversa por lá, mas queria que você fosse almoçar no domingo conosco, seu irmão Anthony vai também, você vem? Minha mãe não desiste. -Eu não prometo nada, mãe, porque talvez terei que fazer uma viagem, mas eu te ligo, caso eu não viaje. Ela não está acreditando no que eu disse, afinal ela me conhece como ninguém. -Não vou insistir, Arthur, só espero que você caia em si, e veja que você está desperdiçando a sua vida, a vingança é um fardo muito pesado para carregar, espero que se lembre disso. -Eu sei o que estou fazendo, mãe. Digo e peço a conta para o garçom, assim que paguei, saímos do restaurante, e ela voltou para a empresa comigo, já que seu carro ficou no estacionamento. Despedi dela depois que Tom estacionou meu carro, sei que deixei minha mãe triste com as respostas que eu dei, mas ela não devia ter tocado neste assunto. Ela foi embora, e eu subi pelo elevador, afinal tenho que me preparar para mais uma nova reunião. Fui para o meu escritório, e fiquei pensando no que minha mãe disse, talvez realmente eu deveria largar isso tudo pra lá, mas a questão é que eu não consigo esquecer essa história, e só vou enterrar essa história após concluir os meus planos. Trabalhei até às 22:00 horas, quando decidi ir embora, a empresa já estava toda vazia, já que o expediente termina às 18:00 horas. Depois de desligar o meu notebook, organizei algumas coisas na minha mesa, e coloquei alguns contratos que eu precisava analisar dentro de uma pasta, pois farei isso em casa. Sai do meu escritório, e fui direto para o elevador, encontrei com o Tom já me aguardando no estacionamento. -Boa noite, senhor Mendonça. Ele me cumprimentou abrindo a porta de trás pra mim. -Boa noite, me leva pra casa, e depois pode ir descansar, por hoje não irei mais precisar dos seus serviços. Digo isso porque ele ficou até agora me esperando, por isso que pego bem ele, já que ele tem que ficar sempre a minha disposição, mas pretendo dar um novo aumento para ele. -Sim senhor. Ele deu a partida no carro e graças ao trânsito livre, nós chegamos rapidamente. Deixei Tom ali no estacionamento, e fui direto para o elevador, assim que entrei na minha cobertura, eu me deparei com o escuro e o silêncio total, afinal neste horário minha governanta já deve ter se recolhido, acendi a luz do abajur, depois desfiz o nó da minha gravata e abrir o primeiro botão da minha camisa, depois de deixar minha pasta em cima do aparador que fica no hall de entrada. Fui até o bar e me servir de uma dose de bourbon, e fui até a janela, e comecei a pensar na conversa que tive com a minha mãe, sei que ela tem razão quando diz que deixei de viver, mas eu não consegui pensar em nada além da minha vingança, claro que tenho vontade de ter a minha própria família, ter filhos, mas que mulher vai querer um homem quebrado como eu? Além disso só encontrei no meu caminho, mulheres interesseiras, nunca conheci nenhuma mulher que mexesse com o meu coração, talvez eu não tenha procurado, mas acho que é melhor assim. Terminei de tomar minha bebida, enquanto lá fora começava a chover, deixei o copo em cima da mesinha de centro e subi para o meu quarto, tirei minhas roupas e fui para o banho. Quando terminei, coloquei apenas a calça do meu pijama, e desci, indo para a cozinha. Abri a geladeira, e encontrei alguns ingredientes para sanduíches, peguei tudo e coloquei tudo em cima da bancada, peguei pão de forma dentro do armário e montei dois sanduíches, guardei tudo, e enchi um copo com suco de laranja, comi e bebi ali mesmo, depois que terminei, peguei a pasta, e me enfiei no meu escritório, e trabalhei até mais ou menos umas duas horas, depois fui pra cama, e pela primeira vez não tive pesadelos. Acordei às 06 da manhã como sempre, como dormir bem, eu estava mais disposto, vesti um short para correr, já que o tempo está ensolarado, peguei uma camisa, mas só a colocarei na volta, escovei os meus dentes, peguei meus fones de ouvidos e fui lá pra baixo. Assim que sai pelo portão, eu comecei a correr, estava nas últimas voltas pelo parque quando uma bicicleta bateu em mim, e me fez cair de joelhos no chão. Estava pronto para gritar com o i****a que não presta atenção, mas perdi a língua quando me deparei com os olhos azuis mais lindos que já vi na minha vida, tirei os fones já que não estava entendendo nada do que aquela moça estava falando. -Me desculpa, senhor, eu fui me desviar de uma criança que correu em minha direção e acabei te atropelando. Ela gesticulava enquanto falava, mas eu só prestava atenção na sua beleza. -Está tudo bem, senhorita, se acalma. Digo recuperando a fala, já que ela estava falando sem parar. -Mas você machucou o joelho por minha culpa. Ela apontou e realmente eu ralei um dos joelhos. -Não se preocupe, com isso, senhorita… Ela me interrompeu para se apresentar. -Meg Johnson, ela estende a mão para mim. Quando ela disse o sobrenome dela que é Johnson, me deu um leve incômodo, mas era idiotice minha, afinal esse é um sobrenome muito comum. -Arthur Mendonça. Respondi pegando em sua mão, e acabei sentindo uma energia estranha passar pelo meu corpo que não soube decifrar, mas não era uma sensação r**m, pelo contrário. Ela me ajudou a ficar de pé, e por um momento a peguei babando no meu abdômen, já que eu sem camisa estava, ela ficou com as bochechas coradas quando percebeu que eu a peguei no flagra, ela raspou a garganta antes de continuar falar. -Deixa-me cuidar do seu ferimento, senhor Mendonça, meu apartamento fica aqui perto, por favor. Ela ofereceu, e eu acabei aceitando, ela fez menção de pegar sua bicicleta que ficou com a roda empenada, mas eu fui mais rápido e a peguei no seu lugar. -Pode me chamar apenas de Arthur, por favor. Não sei porque pedi isso, mas queria ouvir o meu nome saindo daqueles lábios carnudos. Ela não mentiu quando disse que morava perto, o prédio onde ela mora é bem localizado, seu apartamento fica no 6°, ela deixa bicicleta com o porteiro que ficou de guardar ela, e subimos pelo elevador. O apartamento dela é bem bonito, mas ela não mora sozinha, ela divide com uma amiga, foi o que ela me disse. Ela me convidou para me sentar, enquanto foi buscar alguma coisa lá dentro, fiquei ali apenas observando ao redor, vendo algumas fotos dela com outra moça em cima da lareira. Pensei em ir até lá olhar de perto, mas ela voltou enquanto segurava um kit de primeiro socorro. Fiquei fascinado enquanto ela limpava meu machucado, ardeu um pouco, e tive que me segurar para não ficar de p*u duro, quando ela fez um biquinho com os lábios e soprou o meu joelho, isso reverberou diretamente na minha virilha. Como as coisas estavam ficando confusas na minha cabeça, eu achei melhor sair dali, antes que eu a agarrasse ali mesmo, isso nunca foi um problema pra mim, já que comer uma mulher é o que eu faço de melhor, mas eu não queria ser um cafajeste com a Meg, eu só podia estar louco. Assim que possível, eu voltei para minha cobertura, a fim de acalmar o meu p*u, e também precisava tomar um banho, pois eu tenho uma reunião agora de manhã no horário do café e odeio me atrasar. Entrei no meu quarto e já fui arrancando o meu short de corrida, e já entrei debaixo do chuveiro, deixando a água quente me relaxar um pouco, mas eu não consegui tirar aquela mulher da minha cabeça. Após um banho demorado, eu desliguei o chuveiro, aproveitei para fazer a minha barba que já está um pouco crescida, eu só não faço a barba nos fins de semana, mas pra ir pra empresa eu gosto de esta totalmente sem ela. Escovei os meus dentes, antes de seguir para o meu closet, sequei bem meu corpo antes de escolher o terno que usarei hoje. Optei por um terno Armani preto, com uma gravata da mesma cor para combinar bem com o conjunto que eu escolhi. Comecei a me vestir antes que eu perca o horário, sempre fui pontual, e não gostaria de me atrasar por conta de um acidente com uma bicicleta. Sempre que lembro disso, acabo sorrindo, só não sei porque. Quando já estava completamente vestido, eu peguei minhas chaves, celular e carteira, e por último minha pasta, sai do meu quarto, desci as escadas, e encontrei a Glória preparando algo na cozinha, e imagino que seja meu café da manhã. -Bom dia senhor Mendonça, posso servir o seu café da manhã? Ela perguntou assim que me viu. -Bom dia, Glória, não vou tomar café aqui, pois eu tenho uma reunião daqui a pouco, então tomarei café na empresa mesmo, mas obrigada por perguntar. Digo já indo em direção ao elevador. -Tom já desceu para preparar o carro, senhor Mendonça. Ela disse atrás de mim. -Então já vou indo, tenha um bom dia, Glória, só volto para o jantar. Digo e entro no elevador. Meu motorista abre a porta do carro pra mim, e entro rapidamente, pois tenho um dia cheio hoje. O trânsito está carregado, por isso ficamos parado no trânsito por um tempo, enquanto olhava pela janela, e rapidamente veio no meu pensamento a mulher que me atropelou com sua bicicleta. Ela é linda, e tenho certeza que deve ser uma delícia na cama, mas pela primeira vez eu estou pensando mais no quanto ela me fascinou em todos os sentidos, do que no desejo que seu corpo escultural causou ao meu p*u. Eu estava tão distraído que nem percebi que Tom já tinha estacionado o carro em frente a empresa. Só posso ter ficado louco, afinal nunca uma mulher ficou assim nos meus pensamentos, nem mesmo aquelas que eu já comi, mais a questão é que não tirei a Meg da minha cabeça, desde que a conheci. Continua…….
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