Aquele foi o nosso primeiro momento juntos pessoalmente, Ana é uma pimentinha provocadora.
Não nos demoramos a voltar para Portugal, Ana veio conosco. Ela estava fragilizada por seu término com Daniel, aquele traficantezinho de merda a destruiu e para mim sobrou a missão de consertar todo o m*l que ele e a vida fizeram.
De início, foi um verdadeiro tormento para mim vê-la sofrer de tal forma, mas ela precisava passar por aquele luto. E eu estive ao seu lado em todos os maus momentos, meu coração não me permitiria me afastar.
Alguns poucos meses depois Ana já estava restabelecida emocionalmente, o que me fez vibrar de felicidade por vê-la se reerguendo.
Mas a partir daí ela também passou a perceber o meu cuidado, minha proteção e meus sentimentos.
Ana era esperta e começou a provocar em mim todas as sensações das quais eu fugi a vida inteira, sensações das quais eu nem mesmo imaginei sentir.
Ela me provocava em todas as vezes que nos víamos, seja no café da manhã, seja no estande de tiros ou no jantar.
Ela me tentou o quanto quis e pode, até que conseguiu me tirar do eixo. Eu me segurei e tentei manter a sanidade, mas ela conseguiu me desestruturar.
Ah essa noite eu por muito pouco não perdi o controle e fui para cama com ela. Lembro perfeitamente desse momento, saí junto a Ana e Dayhenne para jantar, o jantar foi como sempre, tranquilo mas com Ana jogando todo o seu charme e eu resolvi entra na onda dela e ver até onde ela iria com tudo isso, m*l sabia eu que quem estava bem ferrado ali era apenas eu mesmo.
Após o jantar, fomos a uma das boates, precisava tratar de negócios e fui para me reunir com alguns outros senhores da máfia.
Pedi por tudo o que era mais sagrado que Ana ficasse em casa e ela não aceitou, quis ir conosco e eu mesmo de contragosto a levei, pedi para que tentasse passar despercebida, mas ela fez exatamente o contrário. Ela estava com um vestido mínimo, com quase todo aquele corpo que vai ser a minha perdição, exposto e ainda fez tudo o que pode para me provocar.
Eu a disse para ficar ao meu lado, mas ela não ouviu e quis me provocar como fazia a alguns meses com afinco.
Nessa noite eu havia bebido um pouco, e eu já estava a muito tempo sem ter ninguém. Estava faminto por sexo, e ver ela dançando ali na minha frente e me provocando foi o fim para mim.
Eu caminhei até ela e ao parar na sua frente, vi o lampejo daquele sorriso sapeca que há muito tempo não via.
- Está mesmo afim de dançar, não é mesmo? – Pergunto e ela sorri com aqueles olhos verdes e profundos agarrados aos meus.
- Sim Nando, eu estou muito afim de dançar! Na verdade, quero tirar essa roupa... – Fala ela mais uma vez me provocando.
Isso foi demais para mim.
- Então tire, não aqui! Vamos para outro lugar. — Falo puxando-a em uma direção contraria a da saída e ela anda atrás de mim parecendo curiosa para saber onde eu a estava levando.
Mal sabia ela que estava assinando sua sentença.
Entramos em um outro corredor, e eu estava andando na frente e a guindo para o final do corredor. Quando chegamos ao final havia outra música alta tocando, eu abri uma porta havia outra boate.
Aqui não tem mulher dançando sobre o balcão e nem nada do tipo, aqui é apenas uma boate normal.
- Onde estamos? — Pergunta ela empolgada se virando para mim e eu sorrio.
- Estamos onde a noite nos espera! — Falo puxando-a para a pista e quando chegamos lá eu começo a dançar no ritmo da música e ela me acompanha.
Mesmo isso não fazendo parte de mim e da minha rotina, eu gosto da sensação de liberdade que as loucas de Ana me causam. Com ela eu consigo ser alguém totalmente diferente do normal
- Você é maravilhosa, Ana! — Falo próximo ao seu pescoço e vejo os seus pelos ficando eriçados de imediato.
- E você é um gostoso! – Diz ela sempre muito direta.
- Gostoso é?! - Respondo com um sorrisinho de lado, mas sem parar de dançar.
Ela junta os nossos corpos mais ainda e tenho certeza de que com essa proximidade ela pode sentir o quão duro eu estou, e deixando pouco para imaginação.
Eu a seguro bem forte nos meus braços, e passo as minhas mãos levemente no seu braço apenas para que eu sinta o calor das minhas mãos, se eu já estava a ponto de arrancar as suas roupas, agora estou subindo pelas paredes.
Ana solta um gemido e eu sinto a sua respiração pesada na minha pele.
- Fernando, por favor. – Diz ela parecendo sem muita consciência do que diz.
- Por favor, o que Ana? DIGA. - Respondo com o tom de voz forte.
- Eu quero mais do que isso. – Ela diz se virando e beijando a minha boca com vontade, e eu fico sem reação, não esperava tanta ousadia da sua parte, Ana me deixou sem muito reação.
Eu a beijo possessivo, forte e controlador e eu a sinto amolecer nos meus braços, ela não é o tipo de mulher que gosta de carinhos em excesso, ela gosta de pegada forte e homens firmes.
- Assim que você gosta, Aninha? – Pergunto ao separar os nossos lábios.
Nem mesmo dou tempo para que ela me responda, eu tomo novamente os seus lábios e a sinto amolecer mais ainda nos meus braços que a seguram firme, mas com a delicadeza que ela merece ter.
Continuamos a nos beijar e só paramos quando precisamos respirar.
- Realmente - um selinho - isso aqui é muito gostoso. – Fala ela, me dando mais um selinho e a olho com os olhos em chamas de desejo.
- Ana, Ana, não faz assim comigo, estou tentando ser o mais respeitoso possível, mas não sou de ferro e a qualquer momento eu te pego no colo e te levo daqui. – Digo ofegante, ela não tem ideia do desejo que tenho guardado dentro de mim, ela não tem noção do será dela quando eu a tiver na minha cama.
- Eu quero mais Fernando, quero você, sentir você. Eu também não sou de ferro! – Ela fala sendo firme.
- Ana, a partir da hora que eu começar não há espaços para se arrepender. — Falo com os olhos queimando de puro desejo e luxúria.
- Não quero que pare! – Ela diz olhando nos meus olhos e e não vejo nenhum mínimo lampejo de dúvida em sua fala e atitude.
Ana realmente quer isso tanto quanto eu, ela quer estar nos meus braços, e eu não negarei mais isso a ela e nem mesmo a mim.
- Se é isso que você quer e tem total certeza, então vamos sair daqui... – Digo
Segurando em sua mão e em seguida saio andando para um corredor.
Eu paro enfrente a uma porta toda preta e ao lado dela tem uma fechadura eletrônica, esse é um quarto particular, ele é meu, a boate é minha. Coloco a minha digital e ali antes de entrar eu sei que esse momento vai ser a minha perdição.