CAPITULO II – Á PRIMEIRA VISTA

1681 Words
Ao colocar os meus pés para fora daquele avião, tudo o que senti foi nervosismo. Me senti nervoso, ansioso por tudo o que pode estar por vir. Como eu disse anteriormente, eu sou muito centrado, mas Ana antes mesmo de conhecê-la pessoalmente eu já estou com os nervos à flor da pele. Ainda era muito cedo e o céu ainda era escuro, agora que estava se aproximando das sete da manhã, e eu já estava com todo esse peso do nervosismo e da ansiedade sobre mim. Ando pela sala de desembarque e faço todos os tramites legais para finalmente estar livre para sair dali e ir ao encontro dos meus irmãos Liam e Dayh. Logo visualizo uma placa com o meu nome e alguns seguranças que vieram antes de mim estão ali me aguardando, caminho até eles enquanto vejo um deles se deslocar em direção ao que eu imagino ser onde ele pegará os meus pertences. - Senhor, espero que tenha tido uma boa viagem! – Fala um dos seguranças e eu apenas faço um breve aceno em afirmativa e antes que eu me coloque a andar novamente meu telefone começa a tocar e ao olhar no visor vejo que era Liam quem estava ligando. - Liam... – Digo ao atender. - Tem um carro a sua disposição, estou aguardando para o café da manhã. – Fala ele e eu sorrio pois já faz bastante tempo que não tomamos café da manhã todos juntos e dessa vez terei também a companhia dela e isso me deixa animado. - Obrigado, nos vemos em breve! – Falo e desligo o telefone já sendo encaminhado para o carro. Que é nada menos do que um SUV sem blindagem, branco e com os vidros todos muito bem películados. O transito aqui em relação ao de Portugal é bem mais ameno, me senti até estranho com o calor que faz nessa cidade; São Paulo é um verdadeiro inferno de calor e eu estou totalmente estranho quanto ao tempo. Demoramos um pouco menos de uma hora para estarmos entrando no prédio em que Liam mora, a essa altura eu já estava somente de calças e uma camisa mais leve que troquei dentro do carro mesmo e com os estomago reclamando mais do que uma velhinha irritada. - Senhor, como protocolo de segurança só desça do carro após o meu sinal! – Fala um dos meus homens e eu apenas sigo as suas orientações. Estou fora do meu território e aqui as regras do jogo são outras as quais ainda desconheço. O homem desce junto a outros e juntos eles dão uma volta pelo lugar que parece ser uma garagem e ao termina a ronda eles retornam para o carro e abrem a porta para que eu desça. Eu visualizo Liam e Dayhenne assim que eu desço do carro, ambos estão de pé uma ao lado do outro. Dayh está diferente, eu diria que ela está um pouco mais feminina do que era quando a vi pela última vez a alguns poucos meses atrás. - Nando, já estava com saudades! – Fala Dayh e eu me aproximo um pouco mais e lhe estendo mão para um apeto de mãos. Mas a “rapariga” é teimosa e me puxa para um abraço. A cara que Liam faz não de muita felicidade após esse momento de i********e ao qual eu fui submetido nesse momento. Liam é arriado por Dayh, mas ele não pode, nesse momento o cargo fala mais alto e ele precisa seguir aquilo que foi designado para ele, mesmo que isso signifique renunciar ao seu amor. - Seja bem-vindo, Fernando! - Fala ele me dando a mão em cumprimento e eu a aperto. - Bem, vamos subir e tomar o nosso café da manhã! Fernando, sabe que temos muito o que resolver e acertar para o seu possível breve retorno para Portugal e precisamos começar o mais rápido possível. – Ouço as palavras de Liam e entendo perfeitamente tudo o que ele diz. Temos sim alguns negócios aqui no Brasil, mas a minha vinda se trata apenas de uma coisa, de apenas uma pessoa. Ana Clara é esse motivo, Liam me falou por alto algumas situações pelas quais eles tem passado aqui e que Ana está em apuros. Ele acredita que levar Ana para Portugal comigo pode fazer com que ela deixa todo esse passado conturbado para trás e que talvez ela siga a vida de forma diferente por lá ou até mesmo que ela volte para cá, mas que ela tenha novas experiências que a mudem e lhe façam ter uma nova perspectiva de vida, e eu juro que farei de tudo para que esse novo momento e essa nova vida seja ao meu lado. - Primeiro eu queria tomar um bom banho, depois podemos fazer o que você quiser! – Falo e Dayh sorri do que digo. Eu apesar de ser bom em segurar a onda estou bem cansado e preciso pelo menos de um banho bom para poder seguir o dia. - Tudo bem, venha comigo e eu vou te levar até o seu quarto. – Fala Liam e eu o sigo assim que saímos do elevador que já abre diretamente na sala do apartamento. Seguimos juntos por um corredor longo e nele passamos por várias portas que eu acredito serem quartos, fico curioso para saber qual o da minha rosa, mas eu sigo em frente até paramos em frente a uma porta e liam abri-la. - Esse aqui é o seu quarto Fernando! Lembre-se por qual motivo eu te trouxe aqui e que se você magoar a minha menina eu arranco as suas bolas. Entendeu? – Fala Liam olhando nos meus olhos e eu sorrio de lado e respondo também olhando no fundo dos seus olhos. - Você lata assim sempre ou só quando está raivoso? Parece um pinscher. – Respondo serio agora e ele sorri e dá um tapa em meu ombro. - É bom ter você aqui Nando. - Fala ele saindo de perto e eu entro no quarto desesperado por um banho e por pelo menos trinta minutos de descanso, são muitas horas de voo e eu estou morto. Depois do banho, eu até tento me deitar, mas após revirar por todos os cantos da cama eu resolvo me levantar e ir até a cozinha tomar café. Estou faminto e preciso de uma vez por todas conhecer a minha rosa. Quando chego no final do corredor eu avisto Liam e Dayh sentados no sofá conversando íntimos demais, mas isso não é algo que me surpreenda e nem que me tire do foco, pois não é algo que não desconfie. - Demorou hein, estávamos te esperando! – Fala dayh, e eu me aproximo mais deles e me sento no sofá. Desenvolvemos uma conversa tranquila, mas eu me perco em meio as palavras de Liam quando eu a vejo vir do mesmo corredor que eu saí a minutos atrás, ele é um espetáculo ambulante. De lá veio ela com um vestido branco, na altura dos joelhos e com um belo batom vermelho vinho nos lábios que quase me deixou sem ar. - Respira Nando! – Diz Dayh antes de se levantar e eu me levanto rapidamente junto aos demais. - Bom Dia Ana! - Fala Dayhenne assim que se levanta. - Bom dia Dayh, cavalheiros... – Fala ela agora olhando diretamente para mim, e apesar da maquiagem que cobre seu rosto eu ainda consigo perceber que ela está bem triste. - Bom dia! Fernando essa é minha irmã Ana, Ana esse é Fernando meu amigo e meu segundo braço direito depois de Dayh em Portugal. - Fala Liam e eu sorrio me aproximando mais para cumprimenta-la e Ana Clara realmente é uma mulher belíssima, mais do que por fotos. - Olá, Linda Ana! - Falo e ela sorri ainda segurando em minha mão. - Então, vamos tomar café? Estávamos lhe esperando Ana. - Fala Liam e nesse momento eu a percebo um tanto sem graça, mas não se n**a a nos acompanhar no café. - Aah, sim! Tudo bem, vamos lá! - Fala sem graça e sei que Liam assim como eu percebeu um pouco do seu desconforto. - Se você estiver com pressa Ana, não tem problema podemos lhe esperar para o almoço! - Fala Liam e ela n**a sorrindo e nós então caminhamos até a mesa. - De forma alguma, não lhe farei essa desfeita! Vamos lá. - Fala já indo junto a dayh até a mesa e logo todos estamos sentados á mesa. - Então, quer dizer que Ana decidiu conhecer melhor os prazeres de Portugal? - Pergunto enquanto todos nos servimos do café já disposto na mesa. - Fernando, quer mesmo morrer hoje? - Fala liam de punhos fechados e eu sorrio para ele levantando as mãos em sinal de rendição e todos na mesa sorriem. O café da manhã foi bem fluido e tranquilo, assim que terminamos Ana se levanta e vai em direção ao seu quarto, mas não demora a retornar e eu mesmo querendo estar mais próximo e conhecendo pouco a cidade ofereço-me para uma carona. - Precisa de carona Ana? – Fala a ela e eu a vejo me olhar surpresa. - Não não, fica tranquilo! Vou no meu carro. – Fala ela já saindo sem olhar para trás e eu fico ali esperando sei lá o que. - Ela está a ir atrás dele! Daniel, ela está a ir atrás dele. – Fala Liam atrás de mim e eu respiro fundo e me viro para ele que está com uma chave de carro nas mãos e balançando elas para mim e eu então a pego da sua mão e ando até a porta. - Não quer saber o endereço? – Pergunta ele e então eu paro de andar e viro-me para ele. - Já está no GPS! Vá e fique de olho nela. – Fala Liam antes que eu saia do apartamento. O prédio não fica tão distante e eu então não me demoro a chegar até a porta do escritório do desgraçado.
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