Minha garota dourada

842 Words
Bruce: corpo dela era poesia, cada traço do seu rosto parecia ter sido projetado. O jeito tímido dela de se comportar. O olhar brilhante que parecia ter mil coisas para contar. Eu me perdia admirando ela. Ela me notava, e eu a notava, mas nunca percebia isso. Queria ensinar milhões de coisas a ela, tomá-la em meus braços e não deixá-la escapar. Mas ela não era mulher para mim. Toda história tem seu lado r**m, e em nossa história o vilão era eu mesmo. Meu nome é Bruce Miller, tenho 29 anos e sou presidente de uma empresa de arquitetura chamada "Habitare company". Sou um empresário famoso no mundo da arquitetura. Nasci rico, mas ajudei meu pai a construir um império, e hoje sou eu quem comanda tudo isso. Somos três irmãos, todos envolvidos no mesmo ramo da empresa. Eu sou o mais velho. Minha irmãzinha mais nova, tem 22 anos e está no seu último ano de Administração e as tardes trabalha meio período na Habitare Company , e meu irmão Steve, de 27 anos é o gerente de marketing da empresa. Todos trabalhamos juntos para manter nosso patrimônio de pé. Somos únicos, e raramente brigamos. Há alguns meses recebi a proposta de lecionar em uma das melhores universidades do país, estava decidido a não topar. Até ir a universidade fazer a recusa formalmente ao reitor. Foi quando eu a vi. Ela era linda, suave como uma brisa, e passava um encanto e um feitiço que eu jamais havia visto. Por ela eu mudei de idéia e aceitei a proposta do reitor. Queria saber mais sobre ela. Aquela brisa fresca no verão. Eu contava os dias para rever aqueles longos cabelos negros, e aquele olhar doce e ingênuo, aqueles lábios levemente avermelhados. E quando finalmente as aulas começaram eu soube seu nome. O nome da minha garota dourada. Que mesmo inocente disso, me atraía como um ima para ela. Camila Davis. Camila! 22 anos, último ano da faculdade de paisagismo. Ela era a garota por quem eu abri uma brecha no meu tempo tão corrido, apenas para saber mais sobre ela. Mas, quanto mais eu a conhecia mais atraído eu me sentia por ela. A forma tão tímida com que ela se vestia só aumentava ainda mais o meu desejo de me aproximar mais dela. Trabalhos extras, viagens, passeios, tudo era mera desculpa para passar mais tempo perto dela. O sorriso dela era lindo, e a forma como ela corava era muito fofa. Eu estava perdido naquele brilho tímido dela. Queria ensinar a ela tudo o que eu sabia sobre a vida e sobre a paixão e o desejo. Me depara com ela me observando só me fazia ter certeza de que ela compartilhava dos mesmos sentimentos que eu. Seu corpo era poesia, e eu queria passar anos lendo-a por completo. Aos poucos fui abrindo um caminho até ela, mesmo que estreito, era um caminho. "Pode ir, eu faço as anotações, você não é minha empregada" Mera desculpa para admirá-la de biquíni. Seu corpo era a poesia que eu queria me perder. E para minha surpresa a poesia carregava consigo uma história, que mesmo triste não perdia sua beleza. Aquele ramo de flores tatuado nela deixava explícito que o amor entre mãe e filha não poderia acabar, nem mesmo com a morte. Eu a vi começar superar seu trauma de ser tocada. Era linda a forma como ela vencia seus medos. Eu a vi se abrir mais e fazer novas amizades e finalmente eu a vi apresentar o trabalho de sua vida. O sonho de mãe e filha. "O jardim do amor", como ela auto-denominou, o jardim que representaria todo o amor que ela sentia por sua mãe. —Quando eu tinha 8 anos minha mãe descobriu que tinha leucemia!—ela dizia—Ela lutou brava mente por sua vida, durante dois curtos anos, e então ela se foi, deixando para trás seus sonhos comigo! Todos a ouviam atentamente. —Ela sonhava em fazer um jardim para nós duas, um jardim cheio de amor e alegria!—ela sorriu com os olhos lacrimejando—Quando ela me deixou eu prometi que construiria nosso jardim, e esse é o jardim com qual nós duas sonhamos. Todos a aplaudiram. O resultado não poderia ser outro. Ela era escolhida para a viagem para a França. Ao anunciar ela ficou completamente congelada. Ela estava feliz, e eu ainda mais, por ter a companhia dela durante uma semana em Páris. Eu mostraria a ela tudo o que eu conhecia lá, apresentaria a arquitetura, o paisagismo, os bons restaurantes, pessoas influentes, e toda a beleza da França, que jamais ofuscaria o brilho da minha garota dourada. Voltei para casa todo feliz,em uma semana estaríamos só nós dois, juntos em Páris. A semana passou tão devagar que eu achei que ela não acabaria mais. Após as aulas, passei o sábado com meus pais e meus irmãos, para que talvez o tempo corresse mais rápido. E aí finalmente chegou o domingo, dia da nossa viagem para a França.
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