Capítulo 18

1038 Words
Quando Yuri e Sofia retornaram, os olhos de Ricardo pousaram na mão do russo, que segurava a da sua irmã. Ele tinha um largo sorriso no rosto enquanto se sentava de frente para eles, puxando-a para si. Os olhos de Ricardo escureceram ao ver a mão de Yuri na cintura da sua irmã. Sem prestar atenção, a sua mão foi direto para a arma na cintura. Quando todos ouviram o som do clique da arma sendo destravada, voltaram-se para Ricardo. — Ricardo! — disse Estela, brava com ele, enquanto pegava a arma da sua mão. Todos se viraram para Ricardo e, ao verem os seus olhos sombrios, caíram na risada. — Podem pagar, galera, eu venci essa! — disse Nico, rindo. — Filho da mãe! — disse Charles, abrindo a carteira e jogando algumas notas para Nico. — O que vocês apostaram? — perguntou Sofia, olhando para eles. — Que o Ricardo daria um tiro no Yuri. Eu ganhei porque disse que seria ainda hoje — respondeu Nico, rindo. Sofia tinha um olhar assustado ao encarar o seu irmão, que fazia um bico enorme enquanto Estela o repreendia. — Aqui, Ricardo — disse Vito, passando-lhe uma pequena faca. — Pode usar a minha. Ricardo sorriu ao ver a faca. Quando olhou para Yuri, podia ver o pavor nos olhos do russo. — Obrigado por isso, Vito — disse ele antes de jogar a faca contra Yuri. Rapidamente, o russo soltou Sofia, e a faca cravou no lugar onde ele estava antes. — Qual é, Ricardo! — reclamou ele, voltando para o seu lugar. — Mantenha essas suas mãos longe dela! — disse Ricardo, bravo. — Agora somos noivos, Ricardo. Acho que posso ficar perto dela — tentou se justificar Yuri. — Não, ainda não é oficial. Então o ciúme do nosso amigo é justificado — disse Charles, rindo da cara zangada de Yuri. — Exatamente — entrou Nico na conversa. — Nosso amigo tem todo o direito de arrancar o seu couro. — Acho que a surra que você levou foi pouca — disse Hideo, que observava tudo com um sorriso de canto. — Você está com sorte, Yuri. Se fosse eu, te esfolava e colocava sal por cima — disse Vito, com um sorriso irônico. Todos se voltaram para Max, que estava escondido mais ao canto, e irromperam em risadas ao ver os olhos dele arregalados. Isabel observava tudo aquilo, rindo ao lado do pai. Ela havia chegado há poucos minutos e gostava de ver que os seus amigos estavam bem. Aquilo não a surpreendia. Ela já tinha visto o seu pai dar na cara de um aliado apenas por sugerir que ela se casasse com o filho dele, então aquela cena não era nada perto do que já presenciara. — Não se preocupe, papai. Vou me casar com um alguém que seja tão homem quanto o senhor — disse ela, dando um beijo na sua bochecha. Todos podiam ver o sorriso orgulhoso que se abre no rosto de Vito. Novamente, todos se voltaram para Max, que mantinha o silêncio no seu canto. Quando os seus olhares se voltaram para Vito, desataram a rir novamente. Eles sabiam que poucas pessoas ousariam enfrentar Vito Romano. — Do que estão rindo? — perguntou Vito, sem entender nada. — Não se preocupe, Vito. Algum dia você descobrirá — disse Klaus, rindo junto com os outros. A conversa entre eles estava animada. Sofia se divertia observando aquela competição. O bico que Yuri fazia apenas a fazia rir ainda mais, mas ela se conteve, apenas assistindo à conversa. — Já sabe o que vai dar de presente de casamento para eles, Ricardo? — perguntou Klaus, olhando para Ricardo com um sorriso. — Sei, um cinto de castidade! — disse ele, fuzilando Yuri com o olhar. A sala irrompeu em risadas novamente. Sofia viu Charles dando tapas nas costas de Nico, que havia se engasgado com a cerveja de tanto rir. Sofia se encolheu no seu lugar, corando até a raiz dos cabelos com as falas do seu irmão. Ela via o quanto ele estava chateado, e o fato de não poder fazer nada sobre aquilo o deixava ainda mais bravo. No fundo, ela sabia que aquela era a forma que eles tinham de se acertar. Então, estava certa de que tudo ficaria bem. — Aurélio! — gritou Oksana, chamando a sua atenção. Todos pararam e se viraram para ela. — Amor, se queria ir ao banheiro, era só ter me chamado. Não precisava ter feito no sofá — disse ele de forma despreocupada. Os olhos de todos se arregalaram ao ouvir aquilo. Eles viram Síria se levantar e ir até ele, dando-lhe um tapa na cabeça. — Ai, Sí! Por que fez isso? — perguntou ele, passando a mão pelos cabelos. — Seu i****a, os seus filhos vão nascer! — disse ela, gritando com ele. Aurélio ficou imóvel por um segundo antes de se levantar às pressas de onde estava. — Os bebês, amor? — perguntou ele, segurando a mão de Oksana. — Sim, Aurélio, os nossos filhos estão chegando — disse ela, com um sorriso no rosto. — Finalmente, não aguentava mais essa barriga. As mulheres riram do comentário dela, enquanto Aurélio a pegava nos braços, levando-a para o centro médico de Ricardo. — Já avisei a sua médica. Ela está esperando, Aurélio — disse Alicia enquanto ele caminhava com Oksana nos braços. — Obrigado, Alicia — respondeu ele. Tudo virou um caos enquanto todos seguiam atrás de Aurélio e Oksana. Assim que saíram da casa de Ricardo, encontraram Yuri com o carro parado, à espera deles. O centro médico de Ricardo agora tinha um local próprio com todos os equipamentos mais modernos: era um hospital dentro do complexo da Fênix. Assim que chegaram ao centro médico, todos já estavam prontos, aguardando. Rapidamente, Oksana foi levada para uma sala para fazer os primeiros exames antes do parto. Com tudo pronto, a médica levou Oksana para a sala de parto, e Aurélio estava ao seu lado, segurando as suas mãos com força. — Prontos para conhecer os seus filhos? — perguntou a médica, sorrindo para eles. — Sim, e você não sabe o quanto — respondeu ele, olhando com carinho para Oksana.
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