Capítulo 12

1028 Words
Ricardo percebeu que algo estava errado com Yuri, mas achou melhor deixar para perguntar depois. Nada passava despercebido aos seus olhos, ainda mais quando envolvia alguém da sua família. Eles chegaram rapidamente à mansão, e, ao sair do carro, Sofia sorriu ao ouvir o barulho familiar. Ela havia sentido falta daquilo. Sofia desceu do carro e correu em direção às escadas que davam acesso à porta da frente da mansão. — Não corra, vai se machucar! — gritou Ricardo, mas ela já havia entrado correndo para dentro de casa. Sofia encontrou a sala vazia, e, seguindo o barulho das crianças, foi até os fundos da mansão. Lá, as crianças brincavam no parquinho mais ao fundo. Os seus olhos procuraram por Mel, até encontrá-la sentada em um pequeno sofá ao lado de Xavier, que mantinha um braço protetor sobre os seus ombros. Nos braços da irmã, estava o motivo de toda a sua correria. — Sofia! — exclamou Mel, com os olhos brilhando de empolgação. Sofia correu até ela e pegou o pequeno dos braços da irmã, com um largo sorriso no rosto. — Irmã! Sofia só tinha olhos para o sobrinho. O pequeno Santiago, com poucos meses de vida, era o centro da sua atenção. Assim que ele percebeu que estava em outro colo, abriu os olhos, revelando um par de olhos verdes, iguais aos do pai. Sofia sempre se impressionava com o quanto o pequeno se parecia com Xavier. — Olá, pequeno, estava com saudades de você — disse Sofia, passando o nariz pela bochecha dele, fazendo-o rir. Os outros assistiam àquela cena com um largo sorriso. Era raro ver Sofia tão à vontade perto deles, e ela só parecia mais tranquila desde o nascimento de Santiago. Quando a risada de Sofia encheu o ar, os outros riram também. Todos podiam ver o amor que ela tinha pelo pequeno, e o fato de estar longe dele sempre a entristecia um pouco. Após alguns minutos, Sofia devolveu o pequeno para a irmã e correu até onde a pequena Antonela estava no parquinho. Assim que a menina a viu, correu na sua direção, com os bracinhos abertos. Sofia a pegou e a girou no ar, enquanto ela ria. Aquilo aquecia o coração de todos ali. Sofia sempre fazia aquilo quando vinha; a sua prioridade eram os pequenos. Só depois disso ela se sentava para conversar com os outros. — Minha bonequinha está tão linda! — disse Sofia, enchendo o rosto da pequena de beijos, fazendo-a rir. De longe, Yuri observava tudo com admiração. Com a família, Sofia deixava um pouco de lado a máscara de dama da sociedade, permitindo-se ser ela mesma. Vê-la brincando com os sobrinhos era uma das coisas mais lindas que ele poderia presenciar. Ela realmente se importava com as crianças. — Está babando aí, russo — disse Aurélio, cutucando Yuri. — Você é um estraga-prazeres, Aurélio — respondeu Yuri, ignorando o comentário e indo até onde a sua irmã estava sentada, com uma barriga enorme. — Não acha que deveria ter ficado em casa, Oksana? É perigoso sair com essa barriga por aí — disse ele, dando-lhe um beijo antes de se sentar ao lado dela e tocar a sua barriga. Ele gostava de sentir os sobrinhos mexendo. — Não aguento mais ficar em casa, Yuri. Preciso de um pouco de diversão — respondeu ela, fazendo-o rir. — Não se preocupe, russo. A doutora Simone veio conosco. Eu jamais colocaria a vida dela ou dos meninos em risco — disse Aurélio, beijando Oksana. Todos ali sabiam o quanto ele estava ansioso para a chegada dos filhos. — É bom mesmo que cuide dela. Não preciso te dizer o que vai acontecer se não cuidar — disse Yuri, com um olhar sombrio. — Entra na fila, Yuri. Nós já o ameaçamos — disse Hideo, sentado próximo a eles. — Sempre por aqui, hein, j**a — disse Yuri. — Você sabe como Ricardo é — respondeu Hideo, dando de ombros. — Olá, pessoal! — disse Sofia, voltando até eles, sorrindo. — É bom tê-la de volta, Sofia — disse Alicia, também sorrindo. — Verdade, você faz falta por aqui — disse Raira, com um sorriso. — E a Síria? — perguntou Sofia, percebendo que ela não estava por ali. — Já deve estar vindo. A turma dela está maior agora — respondeu Charles, rindo. — Isso significa que Klaus deve estar pirando — disse Yuri, rindo ao imaginar a cena. — Com toda certeza. Os meninos já estão com mais de três anos e começaram a segui-lo por todos os lados. Ele quase enfartou esses dias, quando encontrou Soren com uma das adagas que você deu a ele — disse Nico. — E o pior nem foi isso. O pequeno abriu a porta e saiu correndo, rindo, com a adaga na mão. Klaus quase teve um ataque. Temos o vídeo, se quiser ver depois — completou Max, rindo ao lembrar do desespero do amigo. — Mas como ele encontrou as adagas? — perguntou Yuri, surpreso. — Klaus tinha entrado na sala de armas e não percebeu que Soren o seguiu. Quando percebeu, já era tarde — explicou Ricardo, sorrindo. — Depois disso, ele instalou sensores de proximidade em todos os cômodos. — Estão falando de mim, não é? — disse Klaus, entrando com os dois pequenos nos braços, enquanto Síria segurava a sua filha. — Sim. Nunca vamos esquecer o que aconteceu — disse Nico, rindo. — Nem eu. Foi um susto, mas também uma lição — disse Klaus, aliviado. — Posso pegá-la, Síria? — perguntou Sofia. — Claro, Sofia — respondeu Síria, entregando a pequena Aurora a ela. Síria já havia voltado ao trabalho, como era esperado. Klaus quase enlouqueceu quando ela entrou em trabalho de parto durante uma missão. Para sorte de todos, ela não estava muito longe, e conseguiram chegar a tempo. A Fênix estava colecionando histórias à medida que os seus membros aumentavam. O Coração de Yuri disparava ao pensar que se tudo desse certo daqui a alguns anos seria seu filho nos braços de Sofia, ele gostava daquela ideia, mas do que deveria, percebe oa ver a forma que Ricardo o encarava.
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