Capítulo 3: A fada

1158 Words
Meninas comentem bastante por favor Vou postar um capítulo por dia até semana que vem okay ? * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * Ser Homem! Se Luigi soubesse que quando seu pai o batia e mandava ser homem era para ele transformar todo o ódio e mágoa em violência, ele teria feito isso há mais tempo. Mas não, as amarguras da vida foram quebrando Luigi aos poucos até ele se tornar o que se tornou. Ele parou do outro lado da rua; uma família inteira de um dos aliados de seu pai iria morrer esta noite para que Valmont, seu irmão, tomasse o poder. Para, enfim, ele conseguir ser feliz com Aimee. William Guertrudes era um homem endurecido pelas tradições de suas famílias. Ele transformou a vida de Valmont e Luigi em um total inferno. Ele era um verdadeiro maníaco que nunca aceitou que um filho seu tivesse sentimentos, muito menos que os demonstrasse em público. Luigi era um bom menino, uma alma iluminada que vivia em um mundo de sonhos. Porém, William fez de tudo para esmagar o espírito do filho. Lhe retirando tudo e qualquer coisa que ele amava. Luigi tem uma lista, uma lista n***a com todos os aliados de seu pai que ele precisava eliminar sem dó nem piedade, eliminar todos, sem olhar para trás. Luigi esperava a três casas de onde ele faria a matança. Luigi tinha um Cadillac Eldorado conversível, preto. Enquanto esperava o momento certo para atacar, sua mente o levou para momentos mais simples. Era o auge da primeira Beltane, e as pessoas faziam uma grande festa para a deusa abençoar. Luigi nem Aimee tinham idade para ir à comemoração. Uma Aimee de treze anos estava muito chateada por não poder ir. — Por que eu não posso ir? — Você certamente será uma oferenda, além disso, é muito nova. — Mas o que eles fazem? — Dançam, ué, em volta da fogueira. — A gente podia fazer nossa fogueira aqui e fazer nossa festa. Eu pego os galhos e você rouba a comida e bebida na cozinha. — Espera, por que você fica com os galhos e eu com a ameaça de apanhar por roubar comida? — Porque você é uma Guertrudes. Se te pegarem, leva umas palmadas; se me pegarem, eu vou para o poço de jacarés. — Realmente, você tem um ponto. — Luigi falou. — Te espero aqui em 30 minutos. Não atrasa! — Aimee saiu correndo pelas trilhas de grama alta. Aimee era a filha mais velha de uma casa com três irmãs. A família era de origem pobre, de uma casta menor, uma Bothach. Era difícil para ela conseguir comida, mas para Luigi era mil vezes mais fácil. As castas eram divididas em: BABA: Líder, senhor, chefe. FLAITH: Nobres. DÁNA: Especialistas. BARDOS: Soldados. BOTHACH: Servos (chegam à posição de escravos por dívida ou por serem inimigos). Luigi entrou de fininho pela cozinha movimentada e foi pegando de tudo um pouco. O que cabia dentro de sua bolsa. Depois de se esgueirar mais um pouco, pegou também um pouco de vinho. Depois saiu correndo de novo. Quando chegou, Aimee estava fazendo uma grande fogueira. Seus cabelos ruivos estavam enfeitados com uma linda coroa de flores. Era pôr do sol, e os últimos raios de sol a deixavam a cada instante mais bonita. Naquele momento, Luigi se viu apaixonado, apaixonado por uma verdadeira fada que assolaria seus sonhos por anos a fio. Luigi colocou seus espólios de guerra no chão e ficou olhando Aimee até ela cansar de dançar. O garoto abriu a garrafa de vinho e bebeu um gole. A noite caiu e os dois dançavam em volta da fogueira. Era algo simples, bem simples, duas crianças fazendo coisas de crianças. Comeram pão e queijo, frutas e vinho, e não esqueceram de colocar flores e mel para as fadas. O dia já amanhecia quando Luigi ouviu a voz de Valmont. Aimee dormia encolhida em seus braços. Luigi se sentia segurando o próprio mundo. Sim, ele estava apaixonado. Ele a amava. Ele a queria desde a manhã em que a pegou fazendo um santuário para as fadas. Valmont chegou perto deles. — Vamos, nosso pai está chamando e eu disse que você estava dormindo. Luigi olhou para Aimee. Ele estava sujo, com frio, deitado no chão duro, porém ele nunca esteve tão feliz. — Vamos, Romeu — Valmont falou. — Meu pai vai te matar, e eu vou deixar. — Ela é linda, não é? — Luigi falou, olhando para Aimee em seu braço. — Não faz muito meu tipo, mas é. Então vamos! Aimee abriu os olhos. — Já amanheceu? — Então corra, pois é capaz de você estar tão encrencada. A menina levantou, colocou seus sapatinhos e foi correndo pelas pequenas trilhas. Luigi correu junto com Valmont para dentro da casa. * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * ** * * * * * * * * * * * * * * * * A última luz da casa que Luigi vigiava se apagou, e ele começou a se preparar: armas com silenciadores, luvas, chicote de ossos, máscara. Ele se levantou, e a escuridão da noite e a falta de iluminação da rua o ajudaram. Luigi arrombou a porta e entrou na casa. Ele matou todos em suas camas, com um tiro certeiro no meio dos olhos. Ao terminar, ligou para Valmont. — Alvo eliminado com sucesso. * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * ** * * * * * * * * * * * * * * * * Aimee, com os seus cabelos vermelhos ao vento e as suas sardas no rosto e nos ombros, era realmente doce com seus olhos verdes penetrantes. A sua família era de casta mais baixa, e muitas vezes no inverno eles comiam aquilo que a natureza dava: sopa de musgo e casca de árvores. Porém, era uma família feliz, onde o amor era a base para uma boa vida. Ela tinha duas irmãs menores. A menina cresceu sabendo de suas obrigações, porém amava a natureza, subir nas árvores, pescar, correr por aí. Ela também amava ajudar a cuidar de bebês. Tinha um sonho de crescer e ter muitos filhos. E ela sonhava com isso, mesmo sabendo que seu destino era incerto e que aquilo que ela tanto sonhava poderia jamais acontecer.
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