Capítulo 2: O louco, a bruxa e o guarda roupa

1221 Words
Meus amores eu vou falar sobre as estações do ano celtas. não vou me aprofundar muito porém Aimee e sua família são bem ligadas a antigas tradições as festas ou melhor os Sabbats são celebrados Os grandes ou principais. São eles: Imbolc, Beltane, Lammas e Samhain. ( o que seriam as quatro estações do ano como conhecemos ) Já os menores são Ostara, Litha, Mabon e Yule. ( Seriam o fim da estaçao anterior e início da próxima) Exemplo: O final do inverno e o início da primavera. Aquele momento que a neve começa a neve começa a derreter e as flores começam a abrir. * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * Seis anos depois O inverno estava se despedindo, e o início da primeira Ostara (o primeiro dia da primavera) cantava no amanhecer. Aimee saiu de casa antes de qualquer outra pessoa para ver o nascer do sol. Aquele momento era mágico; passarinhos e pequenos animais viam o nascer do sol pela primeira vez. As criaturas da natureza estavam acordando da hibernação depois do rigoroso inverno. Os animais que nasceram no inverno estavam nascendo para a vida agora, por conta de Ostara. O inverno, "Imbolc" na mitologia celta, é o momento em que a Deusa grávida dá à luz a seu novo filho, marcando o renascimento simbólico do Deus Solar. Ostara é o início da primavera e quando a Deusa apresenta seu filho ao mundo. E é quando os animais saem da toca depois de um inverno rigoroso. Aimee estava deitada na grama molhada, apenas com um camisolão e botas. Os passarinhos começaram a cantar em seus ninhos, e os filhotes de cervos davam seus primeiros passos. Aimee, de olhos fechados, sentia a natureza reviver sob suas digitais. Para Aimee, as manhãs de Ostara eram manhãs de vida. Manhãs de renascimento. Seus pés descalços sentiam a grama molhada, e o cheiro de vida enchia seu nariz. Era um dia de festa, o dia de varredura das casas. Era o dia de abrir as janelas, levantar as cadeiras, tirar as coisas debaixo das camas e deixar o ar entrar. Para deixar o Imbolc passar e dar boas-vindas à nova vida. As mulheres se reuniam no terreiro, carregando suas vassouras para a primeira varredura da estação. Jogavam na pilha o que não servia, dando espaço ao que não podia ir embora. Mulheres, mulheres e sua compulsão por coisas e tradições! As mulheres começavam a trançar seus próprios cabelos umas com as outras, à procura de irmandade e proteção para a vida árdua que o destino estava oferecendo a elas nesse momento. Aimee sentia os indícios da nova estação enquanto as mulheres a chamavam por todo canto. A menina olhou para cima e achou um ninho. Ela subiu nas árvores escorregadias com musgo para ver seu pequeno tesouro... Ela desceu correndo e foi para sua celebração. — Aimeeeeeeeee — o grito tomou seus sentidos. Depois da sétima vez que seu nome foi chamado, a menina deslizou pelo musgo e desceu pela árvore, saindo correndo para encontrar Aurora, sua melhor amiga. — Está louca? Se alguém te pegar, você vai ser castigada. — Se você não contar a ninguém, ninguém vai saber. — Para, você não tem jeito. — Aurora gritou com Aimee, e as duas saíram correndo para as outras mulheres. As mulheres estavam por toda a propriedade de Guertrudes com vassouras nas mãos, limpando as casas, o que significava limpeza e liberação. Depois da limpeza, Aimee correu das mulheres mais velhas e foi ao encontro de Luigi em sua árvore à beira da colina, levando tudo para a celebração. — Você demorou! — Um Luigi carrancudo e ciumento chamou sua atenção. Luigi sempre era meigo e atencioso, mas quando na casa principal havia problemas, o menino ficava de péssimo humor. — O que foi dessa vez? — Aimee perguntou, preocupada. — Como se você realmente se importasse. Aimee fez cara feia para ele. — É claro que tudo o que vem de você me importa. Eu estava vendo um ninho de passarinho e acabei me esquecendo da hora. O sol foi c***l comigo e estava tão bom que até dormi, mas não fica triste. Trouxe bolos e refrescos para nós. Coma, coma, eu que fiz. — Você fez um bolo? — Fiz! E dessa vez não esqueci nem a farinha nem os ovos. O leite talvez, mas tem farinha, manteiga e açúcar, isso eu tenho certeza. Luigi deu uma grande mordida; o bolo estava gostoso, porém doce, tão doce que doía sua gengiva, sem falar que estava seco, tão seco que parecia que a umidade do mundo tinha sumido e sua língua era a maior prova disso. — Hummm. — Está gostoso? — Muito! — Luigi tomou um gole da limonada, que não tinha um grão de açúcar. A doçura do bolo fazia um contraponto com a acidez da limonada. — Uma delícia!! — Aimee deu um grande sorriso. Aimee olhou para seu rosto e perguntou: — O que é isso? — Ela tentou colocar a mão em seu rosto, mas ele logo tirou. — Ele fez de novo? — Quero saber quando ele não faz. — Qual foi o motivo dessa vez? — Meu pai... Ele... ele... ele destrói tudo o que eu amo. Ele acha que fazendo crueldades comigo vai me endurecer. — Seu pai é um homem c***l, mas é porque ele aprendeu assim... Eu tenho medo dele. — E de mim você tem medo? — Não! — Porque eu não sou igual ao meu pai e aos outros, eu juro. Vou fazer de tudo para nunca fazer m*l a você. — Você jura? — Eu juro! Eu vou cuidar de você, estar ao seu lado quando qualquer coisa acontecer. — Sempre? — Sempre! * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * Anos depois da iniciação de Valmont Luigi ainda estava dormindo depois da dose que o fez capotar na noite anterior. Valmont estava sentado na poltrona olhando para ele. — Acordou, Bela Adormecida. — Você que me mandou tomar aquelas coisas. — Passar quatro ou cinco dias acordado não é saudável para ninguém! Você não come, não bebe, não dorme, virou o quê, um vampiro? — Não me dê sermões. — Porém, de uísque r**m e charutos precisa? — Prioridades! Valmont balançou a cabeça, negando. — Tenho trabalho para você. — Onde? Como? Quem? Valmont lhe passou uma pasta. Luigi olhou com atenção, levantou-se e jogou a pasta no fogo. — Pode considerar feito. Valmont saiu. O homem foi para o chuveiro, tomou um longo banho e depois saiu. Luigi usava um terno bem cortado de risca de giz. Na cintura, uma pistola de nove milímetros e um chicote com pequenos ossos de alumínio unidos por uma junção estilo corrente de bicicleta. O que dava ao chicote um movimento único e mortal. Continua...
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