Capítulo 4: O leprechaun

1651 Words
Luigi e Aimee com 14 e 15 anos - Ciúmes Poucas mulheres no mundo que têm irmãs ou irmãos podem dizer que nunca sentiram raiva ou ciúmes desses seres "abençoados". É normal sentir ciúmes dos pais, de um presente, um brinquedo ou até mesmo de um afago. Aliás, isso é normal e natural. Você pode amar os seus irmãos ao máximo, mas pelo menos uma vez na vida você vai brigar com esse ser que divide o material genético com você. E Aimee sentiu cedo o gosto do ciúme. Um sentimento doido que te corrói de dentro para fora! Aimee apareceu com duas meninas, Moira e Kiera, que eram suas irmãs mais novas. Moira tinha 13 anos. Ao contrário de Aimee, que era pequena e delicada, Moira era a filha do meio, mas era alta e robusta, aparentando ter mais idade. Kiera era menor, uma pequena florzinha ruiva de apenas seis anos. Luigi encontrou com as meninas em plena floresta. — O que vocês estão fazendo? Aimee respondeu: — Estamos caçando um leprechaun. — Pra quê? — Diz a lenda que se você pegar um, pode fazer três pedidos ou obrigar a nos mostrar onde está um pote de ouro Viking. Com o dinheiro, podemos comprar uma casa melhor para nossa mãe — Aimee falou com um sorriso nos lábios. — Vem, me ajuda a procurar — Moira segurou o braço de Luigi e saiu com ele de perto de Aimee. As poucas vezes que Moira se encontrou com o menino, sempre tentava chamar sua atenção, mas sempre foram frustradas. Luigi só tinha olhos para a pequena Aimee, e por mais que Moira o afastasse de sua amada, Luigi voltava para perto de Aimee. Aimee sentia um sentimento estranho, algo que doía em seu estômago. A menina não entendia, só sabia que doía. Se aquilo era realmente ciúme, ela só sabia que não gostava nem um pouco de ver os dois juntos. Um nó na garganta se formava cada vez que Moira encostava nele. Olhando o semblante pesado de Aimee, Luigi achou melhor e mais seguro conversar com a pequena Kiera, que tinha ótimas histórias para contar. Luigi levou as garotas para perto da sua casa, um lugar seguro, já que não encontraram o leprechaun. Então falou com Aimee. — Você tem que parar de ir para a floresta sozinha ou com as suas irmãs. Me promete parar com isso? Aimee respondeu: — Prometo se você nunca olhar para outra garota além de mim. — Prometo! * * * * * * * * * * * * * ** * * ** * * * * Dois meses antes da iniciação de Valmont, sete meses antes da iniciação de Luigi. * * * * * * * ** * * * * ** * * * * * ** * * Nenhum dos meninos Guertrudes poderia ser considerado um molenga. William Guertrudes não criou um fraco. Mesmo se esforçando para matar todo resquício de humanidade que seus filhos tinham. Elton, o mais velho, era uma cópia viva do pai, m*****o, sem escrúpulos e c***l. Aqueles dois eram o criador e a criatura. Luigi e Valmont odiavam o irmão como odiavam seu pai. E toda vez que podiam aprontar secretamente contra o mais velho, eles faziam. Coisas maldosas, mas com um quê de infantil, só pelo prazer de ver o irmão se ferrando nem que fosse um pouquinho. Luigi e Valmont viram Elton saindo sorrateiramente pela lateral da propriedade. Eles sabiam que o irmão obediente estava aprontando alguma coisa. Ambos correram pela lateral da casa indo atrás do irmão. Elton e mais dois rapazes estavam na beirada do rio tarde da noite. O que eles estariam fazendo ali àquela hora? Quando uma mulher mais velha, que definitivamente não era uma mulher dos bordéis, apareceu. Porém, ainda era bem bonita. Os três rapazes tiraram a roupa e se revezaram com a mulher mais velha, que possivelmente era casada. Valmont começou a andar em direção a Elton. — Onde você vai? — Luigi sussurrou. Valmont fez um aceno de mão ao irmão e os dois se esgueiraram pelas sombras. Então os dois pegaram as roupas de Elton e os seus amigos. Saíram correndo e jogaram tudo na lagoa. Os dois irmãos riram da traquinagem. Depois foram dormir. No dia seguinte, Elton encurralou Luigi e disse que sabia o que eles tinham feito, e os três bateram nele. Luigi era forte, sabia lutar, mas não contra três deles. Valmont encontrou Luigi em seu quarto com um olho roxo e um lábio aberto. — Você tinha que ter batido nele. — Eu... Eu bati... Mas eles eram três, eu não tinha como conseguir. — Você tem que conseguir, pelo seu bem, pelo nosso bem. Você vai aperfeiçoar tudo aquilo que aprendemos. Temos que matá-los, todos eles. Eu preciso que você... consiga nocautear 5, 6 ou 10 de uma vez! — Eu sei, eu sei, mas eu não sou o super leprechaun, não tenho superpoderes. — Sempre fomos eu por você e você por mim. Eu te amo, irmão, você é meu braço direito. Porém, eu preciso ter você como meu general, meu comandante. E você sabe o que falam: um Baba forte tem um general forte. Sem contar que nosso futuro, inclusive o futuro de Aimee, depende da nossa vitória. Luigi olhou para Valmont e respondeu: — Okay, farei aquilo que você me pedir. — Então, amanhã vamos transformar essas coisas molengas que você chama de braços em músculos. — Eu tenho músculos — Luigi deu um soco no braço de Valmont. — Ai, essa p***a machuca! — Dona Ária Martins disse que não sou um molenga, então não fale isso de mim (piada interna). — Okay, okay, você tem uma fã. Agora vá dormir, acordamos cedo amanhã. Valmont acordou Luigi às quatro da manhã. — Aonde vamos? — Vamos começar seu treinamento. Saíram da casa, passando pelos estábulos, indo para a ala onde ficavam os empregados, ou melhor, os Bothach (nível mais baixo da hierarquia). Valmont entrou na frente de Luigi na casa de Osvald, o homem grande e truculento que trabalhava com os cavalos e os animais na propriedade. — Pra que me trouxe aqui, gênio, para ver o homem que cuida dos animais? — Não, Osvald é um lutador de lutas clandestinas. Ele vai te ajudar a criar músculos. — E vamos começar agora! Chegaram tarde, eu falei às três. — Você disse às quatro! — Valmont disse, como se eles fossem uma espécie de relacionamento de longa data. — Amanhã ele aqui às três e meia. — Certo, ele tem que estar às sete no café da manhã. Agora ele é seu. Valmont saiu e deixou Luigi com aquele homem gigante, que o levou até uma espécie de galinheiro. — Entre e pegue dois ovos. — Oi? — Entre e pegue os ovos debaixo da galinha. Assim que Luigi entrou, um bicho grande veio pra cima dele e ele começou a correr dentro do galinheiro enquanto o g**o vinha pra cima dele e então Osvald disse: — Cuidado, o g**o p**a. O homem falou rindo, e Luigi corria do bicho enquanto as galinhas corriam dele. — Agora que você avisa? Por mais de quarenta minutos, Luigi ficou correndo do g**o e não conseguia pegar os ovos. Por fim, depois de um tempo, pegou os dois ovos. O homem estava sentado do outro lado com uma caneca de cerveja nas mãos, ao lado de um barril. Quando saiu do galinheiro, Luigi cheirava a cocô de galinha e tinha dois ovos nas mãos. O homem pegou os dois ovos, abriu dentro da caneca de cerveja quente, misturou com uma faca suja que estava em cima da mesa e disse: — A partir de hoje, café da manhã. Luigi fez uma cara feia, mas tomou todo o conteúdo da caneca. — Vamos — disse o homem grande e musculoso. O homem mostrou a Luigi uma grande pilha de sacos de ração para os animais. — Esses sacos de ração têm que sair desse canto e ser colocados no celeiro. Você tem até às seis. — Mas... mas... Já são quatro e meia. — Então é melhor você começar logo! Por três meses inteiros, Luigi carregou sacos de ração por três horas por dia. No fim do terceiro mês, seus músculos haviam dobrado de tamanho, a ponto de, quando ele entrou no galinheiro para pegar os ovos e o g**o veio em sua direção, ele esmagou o pescoço do g**o com uma só mão. Quando saiu, Osvald disse: — Você me deve um g**o. — Me processe. Osvald riu alto. — Tome isso, garoto — o homem entregou a mistura diária a Luigi, que agora tomava tudo de uma vez. Osvald pegou a faca, tirou a pele do frango que Luigi matou e limpou uma moeda, mostrando para ele. — Isso aqui é pura proteína. Tome jeito de comer isso todas as vezes por dia que você puder. As mulheres da cozinha devem saber preparar. A partir de amanhã, você tem uma hora e meia para mover 100 sacos. — E depois? — Vou te ensinar todo o jogo sujo para você ser um lutador que derruba 10 homens de uma só vez. * * * * * * * * * * Seis meses depois * * * * * * * * * * Luigi estava mais forte e mais preparado. Ele treinava arduamente todos os dias, seguindo as instruções de Osvald. Seu corpo estava mais robusto, e sua determinação só crescia. Valmont observava com orgulho a evolução do irmão. — Está pronto? — Valmont perguntou em um fim de tarde, enquanto ambos treinavam. — Pronto para o quê? — Para derrubar 10 homens de uma só vez. Luigi deu um sorriso de confiança. Ele sabia que Valmont tinha planos maiores para eles, e que cada passo era uma preparação para algo maior.
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