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1651 Words
| C A P Í T U L O D O Í S | LUCY THOMPSON Depois daquela noite, Aaron Collins não saiu mais da minha cabeça. Fui para casa pensando nele, dormir pensando nele e agora estou com Dara, falando pelos cotovelos do meu lado fingindo está prestando atenção quando na verdade minha mente está em certo homem com olhos cinzas mais sensuais que já vi. — Lucy!— Olho assustada para Dara. — Está drogada? Porque gritou? — Você parece está no mundo da lua, estou a um tempo falando aqui e aposto que não estava prestando atenção. — Realmente não estava.— confesso. — No que estava pensando?— pergunta curiosa. — Fui promovida no trabalho, agora sou supervisora da confeitaria.— Uma verdade, finalmente depois de anos, consegui a minha promoção. Amo o que faço, aquela confeitaria se tornou algo importante para mim. Dara já trabalhou comigo ali, mas não durou mais que cinco meses, ela é atrapalhada demais e sempre se atrasava o que resultou na sua demissão de vinte empregos e agora ela estava no emprego de número vinte e um, trabalha como babá na mansão Collins, coincidência. — Oh Lucy! Meus parabéns.— Me abraçou. — Obrigada. — E como está sendo o trabalho na casa dos Collins? — Está sendo bom. Hoje fiz um almoço com direito a sobremesa e tudo, todos adoraram. — Seria impossível ninguém gosta, você cozinha como ninguém.— abre um sorriso. — Na mesa Daniel foi rude com a própria filha, me deu uma vontade louca de chutar aquele traseiro. — Esse homem parece ser insuportável.— Reviro os olhos — Ele é bipolar, uma hora é rude com as pessoas e em outras é gentil.—indaga pensativa. — Porque está dizendo isso? — Depois que todos comeram, eu fui junto com a Christina até o quarto de seu pai para levar a sobremesa. — E?— incentivo. — Cheguei no quarto dele, ele estava sem camisa.— Engole seco. — Embora ele seja um i****a as vezes, tenho que admitir que não só ele, mas todos daquela família são lindos.— Principalmente o Aaron. De onde veio isso? — Eu ajudei Christina a dar o prato de sobremesa ao seu pai, depois disso disse que os deixaria sozinhos, mas antes que eu saísse eu ouvi sua filha pergunta se estavam sozinhos, quando eu iria falar, Daniel se meteu e disse que sim, que estavam sozinhos. — Porque ela perguntou isso? — Ela queria conversar com ele sobre mim. Perguntou se ele não gostava de mim, porque ele estava sempre me tratando m*l na frente dela. — E o que ele disse? — Ela não deixou que ele respondesse e praticamente chorou pedindo para que ele não me mandasse embora. Ele disse que nunca faria isso, então ela perguntou porque ele me trata m*l, Daniel falou que é porque ele é um i****a. — Pelo menos ele admiti ser um.— Dara riu. — Christina, depois pediu para ele me descrever, a forma como ele me descreveu pra sua filha foi tão linda, eu nunca vi um homem corar, foi tão fofo.— Ergo uma sobrancelha e digo. — Para uma pessoa que não gosta dele, você está sorrindo demais Srta. Sampaio.— Ela me olha de cara feia. — Isso não tem nada a ver.— Tenta disfarçar. — Sei. — Cala boca. — Bom, já está na minha hora, amanhã tenho que acordar cedo e você também pois trabalhamos.— digo me levantando. — Ta, amanhã nos falamos mais.— Me despeço dela e de sua mãe que estava na cozinha, Guilherme estava dormindo então pedi para ela dar um beijo nele por mim. **** Saio da casa da minha amiga e vou direto para o Clube, pego um táxi e peço para ele me deixar um pouco afastada para não dar problema para o clube que é fechado, só é permitido dar a localização com a autorização de um supervisor ou chefe do estabelecimento. Entro no clube e vou direto para o bar e peço um uísque, por enquanto prefiro ficar na minha só observando tudo e se aparecer alguém que me interesse, talvez eu possa t*****r esta noite. Muitas pessoas me chamariam de p**a por ter tais pensamentos, eu já digo que sou solteira e faço o que eu quiser, ninguém paga as minhas contas. Um pouco de prazer diferenciado é sempre bem vindo. — Olá Lucy.— Sinto um arrepio ao escutar essa voz, logo vejo Aaron tomar o lugar ao meu lado no bar. Ele está lindo vestindo calça jeans, blusa branca, uma jaqueta de couro escuro, os cabelos bagunçados, barbar grande mas bem feita e aparada, e aquele sorriso arrebatador. — Oi.— Nunca fiquei tão nervosa ao conversa com um homem assim, as emoções que esse homem me faz sentir são novas e eu o conheci ontem. — Novamente por aqui, parece que gosta desse ambiente.— fala e logo em seguida pede um uísque. — Como eu havia dito para você ontem, fazia muito tempo que não frequentava o clube, aqui me sinto mais a vontade. — Também me sinto mais a vontade aqui, embora seja um ambiente bem peculiar. — É estranho ver alguém como você em um ambiente como este.— digo. — As vezes aparentamos ser o que não somos. — Tem razão. — Me fala de você, pelo que percebi você sabe bastante sobre mim, já eu, só sei o seu nome e o que gosta de fazer a noite. — sorri. — Trabalho em um confeitaria, adoro meu trabalho. — Isso sim é surpreendente.— disse ele, surpreso. — E porque seria? — Uma mulher tatuada, com o cabelo longo, de um vermelho intenso e uma aparência digamos mais forte, trabalhando em uma confeitaria? É muito diferente. — As vezes aparentamos ser o que não somos. — Repito sua frase e ele ri. — Mora sozinha? — Sim, me mudei para cá a alguns anos, morava no interior do Texas.— Nesse momento o vejo engolir seco e segurar o copo vazio de uísque com muita força. — Tem amigos por aqui?— Ele parece tenso, sinto que ele não queria me perguntar isso, ele exitou muito em falar antes. — Somente uma, ela se chama Dara Sampaio.— Me olha surpreso. — Então quer dizer que você é amiga da babá da minha sobrinha, interessante. — Soube que não vai muito com a cara dela, porque?— Ele sorri e diz — Não é que eu não vá com a cara dela, mas é que só um bobo não ver o que ela e meu irmão tem.— levanta o dedo e o barman já entende, ele quer mais um copo de uísque. — Como assim? — A forma como Daniel e Dara se olham é de um jeito bem diferente do que deveria ser. Ambos estão gostando um do outro, eles só não perceberam ainda. — E qual é o problema deles se gostarem? — Meu irmão já sofreu muito por causa da ex-noiva, mãe de Christina. Aquela mulher fez um inferno em nossas vidas, ela brincou com os sentimentos do meu irmão e ele se culpa até hoje por Christina ter nascido cega. — Mas ele não tem culpa e minha amiga não é assim, acredite, Dara já sofreu muito antes de vir para os Estados Unidos, o pai do seu filho a deixou, ela era muito nova e estava grávida, m*l conseguiu terminar o ensino médio. Parou tudo pelo filho.— A defendo. — Prefiro ficar na minha.— beberica seu uísque. — Agora fiquei mais surpresa ainda.— Mudo de assunto. — Porque? — Um homem como você sabendo bem quando duas pessoas se gostam só pelo olhar. — Experiência própria.— Leva o seu copo de uísque até a boca e o bebe em um só gole. — Acredita no amor?— Porque eu perguntei isso? — Já acreditei muito. — Eu acredito, mas não no amor. — Então? — Eu chamo mais de a transa certa.— Aaron ri. — A transa certa? Como é isso? — Quando você transa com uma pessoa e tem o melhor sexo de sua vida com ela, como se suas almas se unissem de uma forma inexplicável, que jamais conseguira sentir desejo por outra pessoa a não ser aquela, você sente necessidade de sempre está do lado da pessoa, seu corpo clama pelo dela. — Isso é novo e intenso também. — Um dia quem sabe eu não encontre.— Termino de beber meu uísque e peço outro. — Sim, quem sabe.— Olha para mim da mesma forma que me olhou quando me viu pela primeira vez, até que o vejo se aproximar de mim e ficar com o rosto bem próximo do meu. — O que está fazendo?— Minha voz quase não sai. — Quero beijar você.— Mordo os meus lábios e o vejo olhar para eles. — Porque não beija?— Ergo uma sobrancelha o desafiando. — Estou admirando seus olhos antes, eles são lindos, um verde claro com um tom de mel bem claro em volta da iris.— Coro na mesma hora. — Obrigada, os seus também. — Se eu te beijar, sabe que não vou parar mais. Seus lábios parecem muito...convidativos. — E se eu disser que não quero que você pare?— Ele sorri e sem dizer mais nada sela nossos lábios em beijo intenso. Esses lábios, Nossa! Ele leva sua mão até a minha nuca e a outra passeia pelo meu corpo. Sua língua dança na minha boca, uma dança intensa e gostosa, eu simplesmente estou adorando provar de seus lábios adocicados e molhados. Oh p***a! Acho que a minha calcinha está molhada também! Nunca podia imaginar que estes lábios seriam tão bons. Realmente eu não quero que ele pare.
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