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1420 Words
| C A P Í T U L O U M | LUCY THOMPSON Mais uma vez me vejo aqui, neste lugar que cheira a prazer e morte ao mesmo tempo. Prometi a minha melhor amiga, Dara, que nunca mais colocaria meus pés aqui de novo depois de ter levado uma surra bem dada de um filha da p**a que hoje está ardendo no inferno, eu mesma me encarreguei de me livrar dele. Não sou uma pessoa r**m, pelo menos não com quem mexe comigo. Aquele infeliz quase me matou de tanta porrada só porque eu não quis ir para cama com ele, isso tudo começou do CLUB SEXY b**m, dentro deste clube também tem um de luta que se chama Subita Death Club, aonde somente quem tem sangue frio a ponto de matar alguém, entra. Eu o conheci no b**m, mas ele também frequentava o de luta, um homem bonito e com um bom papo, mas não me convenceu a ir t*****r com ele, o i****a surtou quando eu disse que não faríamos sexo e começou a me bater ali mesmo, no meio do clube, se não fosse os seguranças eu estaria morta. Depois distio, ele foi expulso do clube. Marquei bem o rosto do i*****l, e o que mais facilitou encontra-lo de novo foi carteira que ele deixou cair com documentos e tudo mais. Descobri que ele era um fodido na vida, tinha diversas dividas e morava em um bairro horrível, foi fácil arma um plano para pegá-lo. Tenho um amigo no clube que é um ex agente do FBI e como ele me devia um favor, eu pedi para que ele desse uma lição nesse fodido, ele juntou mais alguns amigos e foi ao endereço indicado, no meio da noite, eles invadiram a casa dele e bateram tanto, que ele não aguentou e acabou morrendo, meu amigo me ligou avisando sobre o ocorrido e ele disse que colocaria fogo na casa para não levantar suspeitas e eu concordei, pois naquele momento, lembrei de cada soco, cada chute, cada tapa que aquele infeliz havia me dado, fiquei um mês no hospital e demorei mais dois meses para me recuperar, só arquitetando meu plano de vingança. Isso ocorreu um tempo atrás e na época, tinha feito seis meses que estava no club de luta e de b**m, ninguém sabe, só Dara, mas ela não sabe o que mandei fazer com o infeliz. Como eu havia dito, ele era tão fodido na vida que ninguém procurou saber como tudo foi. Se me arrependo disso? Não, por que um tempo depois descobri que o filha da p**a havia estuprado uma criança de dez anos e tinha sido preso, mas alguns anos depois ele foi solto. Então não, não me arrependo nenhum pouco, ao contrário, me sinto muito melhor, será menos um insignificante no mundo. Hoje estou eu aqui, dentro do clube que fica em uma parte deserta da Califórnia, olho em volta e vejo que tudo continua no mesmo lugar, fiquei dois anos sem frequentar e agora cá estou eu aqui de novo no bar do clube bebendo uísque enquanto vejo pessoas se pegando em vários cantos, alguns levantam e vão para os quartos, em duplas, trios ou até mais, ou simplesmente transam ali. A luz vermelha deixa tudo com um ar mais sensual, esse lugar cheira a prazer, mas é só descer para o famoso Subita Death Club que os ares mudam. Não aguentando mais, saio do bar e vou até os dois seguranças na porta do elevador que leva até o clube e digo a senha secreta junto com a identificação dada para cada m****o, eles liberam a minha passagem. Ao chegar, vejo logo de longe um homem ser levado para fora do ringue todo machucado e desacordado, talvez até morto. Frequentava aqui as vezes, mas nuca entrei no ringue, eu gosto mais de apreciar as lutas, o cheiro de morte é...excitante. — Mais uma vez o nosso Thánatos ( θάνατος ) Saiu vitorioso de uma de suas grandes lutas, parabéns.— O mestre anuncia e logo vejo o tal de Thánatos sair do ringue. Que nome mais ridículo! Algo nele é muito familiar mesmo estando com uma mascara preta, não sei o que deu em mim, mas resolvi segui-lo. O vejo entrar em uma sala do extenso e sombrio corredor de cor vinho, ando lentamente até chegar na sala. Não era para está aqui, essa área é somente para lutadores, mas minha curiosidade falou mais alto, a porta está aberta então aproveito para espiar, ele está do mesmo jeito que estava quando saiu do ringue, calça de moletom e uma mascara que cobre do nariz par cima. Tenho que admitir, ele tem um corpo sexy e maravilhoso de se olhar. Quando o vejo tirar a máscara arregalo os meus olhos. Não esperava ver alguém como ele em um lugar como esse. Sou surpreendida quando sinto alguém me puxar, solto um grito quando sou pressionada na parede com violência. — O que faz aqui garota?! Quem é você?!— Um homem careca e com uma enorme cicatriz no olho pergunta apertado meus dois braços com força. — Eu... — Deixe ela, é uma amiga minha.— Olho para Aaron surpresa. — Mas, Thánatos ela estava... — Rob, solte ela. Agora!— No mesmo instante o tal Rob me solta e logo em seguida pede desculpas e sai. Volto o meu olhar para Aaron que simplesmente olha-me como se tivesse visto um fantasma. — Por que fez isso?— pergunto. — Obrigado se usa.— disse rudemente. — Obrigada, Aaron Collins.— Ele ri. — Parece que temos uma fã aqui.— Cruza os braços deixando seus músculos dos braços firmes e mais evidentes juntamente com algumas de suas tatuagens nos braços, ele me encara com seus brilhantes olhos cinzas. — Não sou fã, não tenho culpa de você ser famoso. — Quem é você ruivinha? — Uma pessoa.— Debocho. — Não me diga. — Me chamo Lucy.— Eu simplesmente não consigo desviar o meu olhar, é muita beleza para uma pessoa só. — Nunca a vi por aqui, é nova? — Não, fiquei afastada daqui por algum tempo, mas agora voltei, e você? — Estou a algum tempo aqui, tanto nesse clube quanto no outro.— Se refere ao de b**m. — O que significa Thánatos?— questiono. — É morte em grego. — Nossa, o grande astro do rock da maior banda de sucesso do momento é na verdade um lutador e praticante do b**m, isso sim é inédito.— sorri. Que sorriso lindo! — Ninguém é perfeito. — Verdade, ninguém é perfeito.— Por alguns segundos, ficamos nos encarando sem dizer uma palavra se quer. A forma como ele me olha é estranha e ao mesmo tempo bonita, quando ele ve que estou envergonhada, sorri novamente. Definitivamente esse é o sorriso mais lindo que já vi na minha vida. — Preciso ir.— murmura, me tirando de meus pensamentos. — Foi um prazer te conhecer, Aaron. — Eu digo mesmo Lucy.— A forma como pronuncia meu nome foi tão sexy que senti um arrepio gostoso pelo meu corpo. Ele se virou para entrar na sala novamente e antes que feche a porta, me olha pela última vez com aqueles lindos e hipnotizantes, olhos cinzas com uma pitada de um tom claro em volta da sua íris. Como um homem pode ser tão quente assim como Aaron Collins, ele sim é um pecado de pessoa. AARON COLLINS Respiro incontáveis vezes, tentando acalmar o meu coração. Jamais pensei que um dia a veria novamente, meu amor, meu eterno amor. Não, o nome dela é Lucy. Sim, além do nome ser diferente, a forma de agir, o jeito de mulher desinibida e extrovertida é um diferencial. Ela é muito diferente de Lana, toda tatuada e com o cabelo ruivo cumprido. Como duas pessoas podem ser tão parecidas e ao mesmo tempo ser tão diferentes? Lana era extremamente doce, inocente e muito carinhosa, o seu olhar já a descrevia, fora que o cabelo dela era bem curto e ruivo. Poderia ter crescido, afinal faz sete anos que não a vejo. Mas e as tatuagens? Ela não faria algo assim, não a Lana que conheço, e ainda tem a questão do nome. Aquela mulher também parecia não me conhecer. Preciso saber mais sobre ela, ficar perto dela me trouxe sensações diferentes do que eu senti com Lana. Isso é muito estranho e ao mesmo tempo, muito bom.
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