CAPÍTULO DEZESSETE
1208 Words
Aisha
- Hum que cheiro gostoso - o Guilherme entra em casa cheirando o ar.
- Fiz café pra gente.
- Aonde eu iria imaginar que você estaria na minha casa fazendo café.
- Eu jamais imaginaria que eu estaria aqui com você.
- A vida tem surpresas Aisha.
- Vem comer.
- O que? - faz a cara de sonso dele.
- A comida né Guilherme.
- Eu sabia so queria ter certeza.
Terminamos de comer mas continuamos sentados na cozinha.
- Você não vai pro bar hoje?- pergunto pra quebrar o silêncio.
- Não e você vai pro Spa?
- Acabei de decidir que não - ele me olha e n**a rindo com a cabeça.
- O que a gente tem agora?
- A gente?
- Sim, depois de tudo que aconteceu ontem a gente é o que?
- O pai e a mãe do Zion e da Yuna.
- So isso?
- Ué não é?a gente t*****r não quer dizer nada... você pode t*****r com qualquer uma e eu com qualquer um que da no mesmo.
- Da no mesmo? é assim que você pensa da gente?
- A gente tem dois filhos juntos... mas praticamente estamos nos conhecemos agora.
- Isso eu sei... mas pessoas normais não tem o mesmo tempo que a gente "está se conhecendo" pra algo?
- Mas desde de quando a gente é normal? a gente ta se conhecendo depois de ter dois filhos juntos... e isso muda tudo, meu medo é a gente não dar certo e afetar as crianças.
- Mas os casados "normais" não correm esse mesmo risco?
- Sim, mas com a gente é diferente.
- Diferente porque? ... ah entendi, porque você não quer né, tudo bem se você so quer curtir.
- Sua bipolaridade de sentimento as vezes me espanta - falo e ele levanta e sai da cozinha.
E fica aquele clima sabor bosta no ar, saio da cozinha e ele está na sala dizendo ele que está assistindo, subo as escadas pra vestir minha roupa e ir embora... não tem porque ficar aqui.
Troco de roupa e chamo um carro, ja que o meu não está aqui e também não vou pedir carona a ele.
Desço as escadas e vejo que ele me olha, deve ser por conta da roupa.
- Aonde você vai?
- Pra casa.
- Porque?
- Tenho coisas pra resolver.
- A gente briga e você foge, sempre é assim.
- Não estou com paciência pra entrar em uma discussão com você, então é melhor eu ir.
- É so não entrar.
- Com você? impossível.
- As vezes acho que você procura onde não tem.
- Meu carro chegou - falo me ajeitando pra sair.
- É sério?
- Sim, não esquece de buscar as
crianças - falo e saio e ele continua la sentado.
Entro no táxi e vou direto pra minha casa... hoje definitivamente não vou trabalhar, vou aproveitar e descansar.
Chego e casa e a missão descansar foi embora, eu preciso urgentemente arrumar minha casa... so troco de roupa ligo o som e começo a arrumar.
...
Ja são 19:30 da noite e estou no momento deitada no sofá com roupa de maluco assistindo uma série legendada, que eu nem sei pronunciar o nome e nem sei o enredo exato dela, pois ja cochilei tanto que perdi os diálogos tudo.
Alguém bate na porta me fazendo despertar do transe.
- Ja vaiiii - abro a porta e é o Guilherme e as crianças - Ah é você, entra.
Nem precisa falar entra com as crianças porque elas ja invadem a casa e m*l falam comigo.
- Eu te liguei, mas você não atendeu... resolvir aparecer do mesmo jeito - ele diz com a expressão séria.
- Eu estava dormindo, não vi o celular tocar - acho que meu celular nem está na sala.
- Eu te acordei?
- Não, eu tinha acordado minutos antes, mas você me ligou pra falar que iria trazer as crianças? nem precisava, pode vim na hora que quiser.
- Nem era exatamente isso, era pra te avisar que eu prrciso ir no bar resolver algumas coisas e era melhor as crianças ficar com você.
- Ah não tem problema nenh....
- Mamãeeee - paro de falar quando a Yuna vem correndo com meu celular na mão - A vovó.
LIGAÇÃO ON
- Oi mãe - falo e puxo o Guilherme pra entra e fecho a porta.
- Oi filha, tenho um tempão
te ligando e você não atende.
- Eu tava dormindo, mas o que foi? aconteceu alguma coisa?
- Nada grave, mas eu tenho um aniversário pra levar as crianças... a neta da minha vizinha está fazendo aniversário e chamou as crianças.
- Ta certo, mas é quando?
- Hoje
- Hoje? ai é impossível né mãe.
- Nada é impossível Aisha.
- Mãe, eu não comprei roupa pra eles... não tenho presente, ja são quase 20:00 da noite.
- Eu ja comprei os presentes deles, e roupa essas crianças tem pra dar e vender e emprestar se quiser, coloca qualquer uma e a festa é 20:30.
- E a senhora me avisa agora?a senhora me arruma cada uma viu.
- Arruma logo eles que em 20 min to chegando ai pra pegar eles.
- 20 min nem é o banho dos dois.
- Era pra avisar mais
cedo, mas você não atende o telefone... agora adianta- fala e desliga na minha cara.
LIGAÇÃO OFF
- o que houve? - ele pergunta.
Explico a situação pro Guilherme, enquanto isso as crianças ja correm pros quartos... certamente vão ir tomar banho, porque falou na vó deles... o resto do mundo some.
- Mas agora? - ele pergunta.
- Pois é... ela disse que me ligou mais cedo e eu não atendi.
- Missão arrumar as crianças?
- Sim, você não vai nem falar nada?
- É sua mãe ne Aisha, ela manda em você, nas crianças, em mim e no resto do mundo - acabo rindo da forma que ele diz.
- Por isso que ela ama você, é mais um dos servos dela - ele da um sorriso.
...
- Você supervisiona eles no banho e eu vou arrumar as coisas dele.
- É realmente você puxou sua mãe.
- Porque?
- Autoritária igual.
- So na sua cabeça, agora vai logo ajudar as crianças antes que elas destruam aquele banheiro que a gente so tem 20 min - ele me olha por alguns instantes e depois revira os olhos e sai.
(...)
O Guilherme termina de arrumar as crianças e eu ja terminei de arrumar as mochilas deles, porque eu sei que pra minha mãe devolver essas crianças vai ser trabalho... então ja estou colocando as coisas pra eles irem pra escola.
Ouço alguém quase quebrando a porta e claro que é minha mãe.
...
O look de milhões dos gatos
Estamos na porta observando minha mãe levar as crianças pro carro...
Enquanto eles saiem damos tchau com a mão.
- Ela não vai querer devolver eles nunca mais né? - o Guilherme pra mim enquanto acena.
- Não, perdemos irmão - nos dois rimos e o carro finalmente vai embora e entramos em casa.
- Writer
