Alice Narrando:
Meu nome é Alice, tenho 22 anos e sou advogada criminalista, pra terem uma noção de como sou, tenho 1,60 cabelos longos e loiros escuros, olhos esverdeados e corpo curvilíneo. Bom, como já sabem, moro com meu pai que me criou com todo amor e carinho do mundo, infelizmente não tive a oportunidade de conhecer minha mãe, pois ela teve uma gravidez de risco e infelizmente não resistiu no parto, mas sou grata por ter sobrevivido e por ter um pai tão maravilhoso comigo.
Há um ano eu me formei e até agora não tive meu primeiro caso, sei que pode parecer cedo e desespero da minha parte, mas só quem passa cinco anos estudando o que gosta, sabe que o que mais queremos é colocar em prática, mas eu sei que minha hora vai chegar.
Hoje meu pai acordou cedo como sempre e saiu pra trabalhar, deve ser no caso misterioso que ele nunca conversa comigo sobre, mas eu como uma ótima advogada e dom pra investigação, sei algumas coisinhas né?! Tipo, que ele é advogado do dono do morro do Vidigal e que ele está preso a mais ou menos dois anos, sempre toco nesse assunto, mas ele desconversa, fala que eu posso perguntar sobre qualquer caso menos esse, meu pai é super protetor, mesmo não tendo conseguido me fazer escolher outra profissão ele sempre tenta me privar de várias coisas.
Eu levantei logo depois que ele saiu, já tenho o costume de acordar cedo também, já que faço academia pela manhã, mandei mensagem pra minha melhor amiga, a Nanda, pra ver se ela já acordou, ela minha amiga de infância estamos juntas desde sempre, só não na mesma profissão porque ela é enfermeira. Depois dela responder que tava se arrumando fui pro banheiro e fiz minha higiene, minha skin care matinal e tomei um banho quente, saí do banheiro indo no meu closet e pegando um conjunto de academia com um legging short e um top de alcinha na cor rosa, me vesti e peguei meu tênis branco e calcei, amarrei o cabelo em um r**o de cavalo, coloquei meu relógio digital e passei desodorante e perfume, peguei meu celular e saí indo pra cozinha, preparei minha vitamina de way com banana, sim cara, eu tenho um life style muito fitness, me orgulho dessa disciplina, meu café foi ovos com pão integral e minha vitamina, vi a mensagem da Nanda dizendo que tava em baixo me esperando, então saí trancando a porta, desci até o térreo pelo elevador e saí já vendo seu carro, eu e meu pai temos um carro, mas como ele sai pra trabalhar nele, a Nanda me busca pra irmos pra academia.
Alice: Bom dia gata!- falei animada e lhe dei um beijo no rosto.
Nanda: Bom dia amore!- disse retribuindo o beijo, ela deu partida e fomos em direção a academia.
Alice: Amiga, tô pra ficar doida sem um caso.- falei desabafando enquanto ela dirigia.
Nanda: Ai amiga, eu sei, também fiquei assim quando me formei, mas logo aparece alguma coisa pra tu, tu é inteligente demais e já tem um pai que trabalha com isso.- ela disse e eu respirei fundo.
Alice: Espero que sim.- falei e chegamos na academia, descemos e entramos, passei na catraca e fui colocar minhas coisas no armário, hoje é treino de pernas e eu amo, tava indo pro meu primeiro aparelho quando o Mateus veio falar comigo, eu conheço ele a muito tempo, e ele é personal aqui, somos "amigos", tá bom, a gente fica de vez em quando, mas nada demais, ele é uma mistura de fofo e gostoso ao mesmo tempo com seu corpo malhado, 1,80 pele clara e cabelo liso com corte baixo.
Mateus: Oi Alicinha.- disse colocando o braço no meu pescoço.
Alice: Oi Mateus.- disse com um sorriso simpático, porque sou sempre.
Mateus: Como você está?- perguntou me dando espaço pra me sentar no equipamento.
Alice: Tô bem e você?- respondi começando a fazer as sessões.
Mateus: Tô ótimo, o que vai fazer hoje a noite? Que tal a gente sair.- ele disse e eu parei o olhando.
Alice: Desculpa, hoje não dá já combinei de jantar com meu pai, pode ser amanhã?- perguntei o olhando e ele pareceu pensar.
Mateus: Ah gatinha, hoje é a única noite livre durante a semana, até quinta vou estar no turno da noite.- ele disse fazendo cara de frustrado, o que deixou ele muito fofo.
Alice: Então saímos sexta, um dia ótimo pra sair.- falei dando uma piscadinha e ele sorriu.
Mateus: Beleza então, sexta ás 7 eu te busco.- ele disse e eu concordei, olhei pra Nanda que me olhava com uma expressão que dizia "Hum safadinha" e eu ri negando com a cabeça. Terminamos de malhar e ela me deixou em casa, subi pro meu apartamento e fui tomar um banho, depois vesti uma roupa confortável e me sentei pra estudar como faço todos os dias, na hora do almoço não tava afim de cozinhar, então desci no restaurante que tem no prédio e almocei lá, depois subi novamente continuei lendo meus livros, assistindo meus documentários e estudando sobre casos criminais, quando dei por mim já estava anoitecendo e meu pai chegou, falou pra me arrumar pra irmos jantar e fui pro banheiro tomar banho, senti uma pontada no peito e uma sensação estranha, mas depois passou e eu ignorei continuando a me arrumar, vesti um vestidinho casual preto básico e uma rasteirinha branca com rabicho atrás, fiz uma make básica também, passei perfume e coloquei meus acessórios e fui pra sala onde meu pai já me esperava, saímos indo pro elevador até a garagem, entramos no carro e partimos pro restaurante, sempre viemos nesse restaurante e sentamos na mesma mesa, é nossa marca esse lugar, nos sentamos e pedimos o prato de sempre, conversamos e rimos muito como sempre fazemos, tentei novamente tocar no assunto do caso, mas sempre é em vão, então deixei pra lá, apesar de ter uma mãe fazer muita falta, meu pai faz muito bem o papel dele, e além de pai e filha, somos grandes amigos.
Depois de jantarmos saímos indo pra casa, colocamos música e fomos cantando juntos, entramos na garagem do prédio e ele estacionou, percebi que um dos meus brincos tinha caído e pedi pro meu pai me esperar lá fora enquanto eu me abaixava pra pegar, tava procurando quando escutei barulho de uma moto e pensei que fosse alguém saindo, mas escutei alguém dizer: " Era melhor não ter se envolvido com bandido" e em seguida vários disparos que me assustaram, a moto saiu rápido e eu saí vendo meu pai ensaguentado no chão.
Alice: PAPAI!- gritei desesperada me ajoelhando do seu lado e colocando sua cabeça no meu colo e chorando copiosamente, ele sangrava muito.- Não me deixa pai, por favor.- falei em meio as lágrimas, pelo seu olhar eu sabia que ele queria me dizer muitas coisas e as entendi mesmo ele não conseguindo falar, ele me olhou no fundo dos olhos e foi fechando os seus aos poucos, chequei seu pulso e percebi que não havia sinal, meu Deus eu perdi a única pessoa que eu tinha na vida, porque isso tá acontecendo.