2° Capítulo

936 Words
Está semana se resumiu ao Caleb me perturbando e tentando se aproximar, não vou negar que suas investidas mexem comigo, afinal de contas ele é lindo! Com seu jeito irritante e corpo maravilhoso. Obviamente não vou deixar que ele perceba ou vai ficar me perseguindo pelo resto da vida. Ele acha que pode me convencer com essa atuação de bom samaritano! — Fernanda! — d***a! Essa semana está sendo terrível, sempre que saio da minha aula, ele aparece me obrigando a dar carona, esse homem consegue ser chato. — Vamos logo, não quero chegar atrasado por sua causa. — Se não quer chegar atrasado vá com o seu carro! — digo m*l-humorada. — Só entre e cale a boca Caleb. O desgraçado ainda sorri, mas faz o que mandei. O percurso da faculdade até a obra em que ambos estamos trabalhando (porque ele se enfiou no meu projeto para ter um tempinho a mais para me perturbar) é um pouco demorado, fica numa aérea mais turística, já a faculdade fica na zona universitária. E caramba! Preciso dizer, esse infeliz não cala a boca, fala muito, muito mesmo, pergunta e responde em simultâneo, o que me irrita, mas também faz com que eu ria durante o caminho todo. Assim que chegamos, ele vai direto para o escritório e eu vou pôr os equipamentos de segurança para poder ver o estado da obra. Passo o dia todo entre peões, ajudando, consertando, entre outras coisas o dia passa voando, hoje posso dizer que meu dia de trabalho foi perfeito, as coisas estão indo bem e não vi nem a sombra de Caleb. Estou me preparando para ir embora quando ouço alguém me chamar. — Nanda? — olho para a pessoa e me assusto ao dar de cara com Matt. — Matt! — puxo ele para um abraço bem forte. — Que saudades! Deixe-me explicar, Matthew mais conhecido como Matt, é filho do marido da minha mãe, o ex melhor amigo do meu pai. Ele sempre me fazia companhia nas festas que as nossas famílias organizavam, sempre fomos muito íntimos, éramos como irmãos e ele me contava tudo, incluído suas novas conquistas amorosas, o que era um pouco constrangedor assumo. — Uau, quando foi que você se tornou esse mulherão. — coro levemente, pois raramente ouço elogios — E então o que está fazendo aqui? — Estou cursando engenharia, há quase 5 anos, sou estagiária e há alguns meses me convidaram para tomar a frente do projeto do hotel e aqui estou eu! — digo sem conter a felicidade em encontrá-lo, Matt é uma das poucas partes boas do meu passado. — Não posso acreditar, isso é ótimo! Agora tenho 100% de certeza que o meu hotel vai ficar fabuloso. — Como assim seu hotel, não me diga que é o dono da cadeia de hotéis Ravens? — Se não quer ouvir, não digo nada. — fala com um sorriso travesso. — Não acredito! Mas como é possível? E eu na faculdade ainda! — faço todo um drama. — Deixe de show, pelo que vejo aqui você será uma ótima engenheira e sempre fui uns anos mais velho que você. — Verdade, mas nem dava pra notar essa diferença, desde que estávamos sempre juntos! E olha que são alguns bons anos heim! — Por acaso você está me chamando de velho? — ele põe a mão no coração se fazendo de ofendido. — Acha mesmo que eu faria isso! — sorrio com sua atitude um tanto quanto dramática. — Você aparenta ser mais jovem que eu, além de que é lindo e esse sotaque inglês maravilhoso? — Isso é verdade, meu sotaque sempre conquista as mulheres. — ao falar da mais entoação, destacando totalmente o sotaque, o que é quente, isso sem falar da voz rouca. — Mulheres? Sempre pensei que jogava no mesmo time que eu! — faço cara de decepcionada, o que faz ambos começarem a rir. — Temos que combinar algo, sinto falta das nossas conversas — diz olhando profundamente para mim, e quase me perco em seus belos olhos azuis. — É claro que temos, não acredito que você está na cidade e nós nos encontramos por acidente! — falo brava. — Pode ter certeza de que eu ia te procurar minha ciumenta, teria procurado no mesmo dia se soubesse que está tão... — ele me olha de cima a baixo — Crescida. — Haram, sei. — digo desconfiada. Aproveitamos e trocamos números de celular para marcar de pôr as fofocas em dia, depois de algum tempo nos despedimos com a promessa de ligar mais tarde. Passo no escritório para resolver umas últimas coisas e chamar Caleb. Fico contente e decepcionada ao descobrir que ele já foi embora. Melhor para mim. Saio da obra e vou para o estacionamento, quando estou chegando qual é minha surpresa ao ver aquela parede de músculos encostada no meu lindo carro. — Será que vou ter que mandar você sair daí todo dia? Saia, vai arranhar a pintura! — digo brava. — Pensei que você tinha ido embora. — abro a porta e entro, assim como Caleb. — Não, você é minha carona. — responde de forma seca. Estranho a resposta dele e olho em sua direção, percebo que está com a testa franzida e o corpo tenso. Imagino que esteja chateado com algo ou alguém e não vou me intrometer, podemos até estar nos suportando essa semana, mas isso não faz de nós amigos. Seguimos o resto do caminho em silêncio, deixo ele em casa já que fica no caminho da minha. Finalmente em casa, mais uma semana vencida.
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