Capítulo vinte e cinco — Um dia desastroso

5000 Words
– eu não fiz nada pra ela, não comprei nada. —Eu pensei que ela tinha te falado. — Ryan disse. – mas calma, você ainda tem o dia inteiro para preparar algo para ela. Nossa atenção foi chamada com um grito animado de uma das amigas de Shopia ao abrir um champanhe. —Se não se importa, hoje vou caçar. – Ryan disse malicioso, saindo em direção às garotas. Suspirei, me afastando da bagunça ao ir para um canto mais calmo, sentando na beirada da piscina. Olhei para Shopia que estava, empolgada, abraçando seu pai. Encarando meu reflexo na água da piscina, nervoso ao tentar fazer um discurso ou algo do que eu posso falar para Shopia nesse dia importante. —d***a– resmunguei, sem ideias. – nunca fui bom nessas coisas. — Que coisas? – uma voz animada me perguntou. Meu nervosismo cresceu ao saber a quem pertence essa voz. Virei-me, encarando Shopia sentar-me ao meu lado na beirada da piscina. Ela me encara com seus olhinhos felizes. Sorri encantado, a quanto tempo não vejo um sorriso tão verdadeiro em seus lábios. —Amor, não vou mentir.. – Disse engolindo em seco. – eu não sabia que hoje era seu aniversá... —Eu sei amor. – Shopia me interrompe, sorrindo. – eu não queria que soubesse. —Por que não amor? – perguntei, acariciando seu rosto. —É só mais um ano. – Ela deu de ombros. – que graça tem em ficar velha? Shopia se entregou à uma gargalhada, fazendo-me ficar admirado em vê-la feliz. —Não é apenas mais um ano mocinha. – disse tocando delicadamente seu nariz. – mas sim mais experiências e... Shopia riu me interrompendo. —Você não sabe nem o que falar né? – ela riu. —Mais ou menos. – disse ao soltar um riso nervoso. — Nunca tive que comemorar o aniversário de uma namorada que realmente eu ame. Shopia encarou-me com seus olhinhos brilhando de paixão. —Eu te amo, sabia?– Shopia disse, aproximando seu rosto do meu. —Eu te amo amor. – sussurrei contra seus lábios. – Feliz aniversário. Beijei seus lábios em um beijo calmo, demonstrando no beijo todo meu amor por ela. Oras, se eu não consigo pronunciar as palavras exatas, posso demonstrar. —Então agora você tem 19 anos. – disse malicioso. — Está mais madura, podemos tentar coisas mais ousadas. Soltei uma piscada maliciosa ao morder meu lábio superior. —Você não muda né jus? – ela disse rindo. – fumos pegos de uma forma constrangedora na frente de todos agora a pouco. —Ninguém viu direito. – disse rindo. – afinal não chegamos a tirar as roupas. —Justin. – Shopia riu, fazendo-me acompanhá-la em seu riso. —Prende a respiração. – disse rapidamente. —O quê? – ela perguntou confusa. Segurei em sua cintura, rapidamente nos jogando na piscina. —Justin! – Shopia disse repreendendo-me ao subir a superfície. —Espera amor. – disse me aproximando. — não se mexe. Shopia me olhou com seus olhinhos manhosos. Rapidamente juntei minhas mãos em forma de concha juntando água e virando sobre sua cabeça. —Seu cabelo precisava de mais água. – disse rindo. —Sério? – ela disse desafiadora. Em um movimento rápido ela se jogou sobre meu corpo, me afundando propositalmente. Subi a superfície sacudindo meu cabelo, Shopia se acaba na gargalhada. —Vamos cantar o parabéns. – Jonathan disse, chamando nossas atenções, fazendo-nos sair da piscina. Embrulhei Shopia com uma toalha, e enquanto ela se dirigia para a cozinha juntamente com o pessoal, peguei rapidamente meu celular... (...) —p***a tava difícil mas conseguimos! – Chaz vibrava novamente. —Esses policiaizinhos devem estar morrendo de raiva. — Chris zombou rindo. Estando agora apenas Chaz, Chris e Ryan, na sala, tomando alguns Wiskeys ao comemorar minha fuga. Olhei para Shopia em meu colo, ela está bem encolhida, com seu olhar focado na televisão, passando o filme "Alice no país das maravilhas". —Eles que não subestimem nossa g****e! – Ryan gritou erguendo seu copo de bebida, fazendo os meninos vibrarem. Voltei minhas atenções a Shopia, acariciando seu rostinho delicado, aconchegando-a mais em meu colo. —Ei cara! – Ryan chamou minha atenção. — Acho melhor já irmos. —Não. – tomei a palavra ao ver Ryan pegando a chave de seu carro. – Vocês tão bebidos, durmam aqui hoje. — Prepararei os quartos. – Shopia disse gentil, levantando-se. —Não sho. – Chaz disse. – não se incomode. —Até porque voclês dois tem que terminar o que começalam mais cedo. – Chris disse malicioso, embolando as palavras evidenciando sua bebedeira. Ri enquanto Shopia ia, envergonhada, para o corredor arrumar os quartos. —Obrigado então.– Ryan disse. —Que isso Ryan?! – disse . – Tão em casa. Saí pelo corredor em busca de Shopia, enquanto os meninos voltavam a se sentar no sofá. Percebi que a porta da área de serviço estava entre aberta, afastei um pouco a porta franzindo a testa ao perceber que Shopia estava com uma expressão triste. —Amor. – chamei-a adentrando o local. —Oi amor. – Shopia respondeu, rapidamente virando seu rosto surpresa ao me ver, e pegando três lençóis e toalhas do armário. —Está tudo bem? – perguntei preocupado. —Está amor. – ela respondeu, virando-se para mim ao forçar um sorriso. —Ei amor. – me aproximei, acariciando seu rosto. – O que houve? —Minha mãe. – ela desabafou triste. – ela não apareceu. —Porque ela estava ocupada com algum compromisso amor. – disse compreensivo. —Não. – ela disse triste. – ela não quis vir. —Não amor... – Shopia me interrompeu. —Eu sei da verdade Justin. – ela disse tristonha. – minhas amigas me falaram. —Que verdade amor? – perguntei confuso. —Minha mãe não quis vir, porque está com medo de mim. – ela disse quase em um tom desesperado. —Não amor. – neguei. – não deve ser isso... —Justin, minha mãe está com medo de mim. – Shopia disse ao me interromper. – ela viu a entrevista. —amor, claro que não. – disse, acariciando seu rosto. – ela é sua mãe, não vai ter medo de você e muito menos faltar a data importante de seu aniversário. Shopia parecia adotar uma expressão mais compreensiva. —Concorda amor? – perguntei. Shopia apenas assentiu, soltando um leve sorriso. —Vamos descansar agora. – disse. – você teve um dia muito longo. —sim, estou cansada. – ela soltou um suspiro. – vou só levar esses lençóis e toalhas pros meninos. —Os quartos de hóspedes já estão prontos, é só entregar as coisas. – disse, vendo-a assentir. – te espero no nosso quarto. Dei um beijo demorado em Shopia, antes de me afastar. Entrei em nosso quarto, nervoso. Corri para o closet, vendo que as coisas que planejei já estão aqui. Puxei uma caixa branca com um laço vermelho da prateleira e levei ao quarto, colocando-a em cima da cama. Ouvi os passos no corredor e os agradecimentos dos meninos a Shopia, e então corri ao banheiro. Liguei o chuveiro, encenando que eu estava tomando banho. Logo ouvi a porta do quarto abrir. Esperei um tempo e desliguei o chuveiro, e gritei do banheiro pedindo que Shopia pegasse minha toalha no closet. Saí cauteloso do banheiro, afastando a porta do closet que estava entre aberta. —Gostou amor? – sussurrei em seu ouvido, enquanto a via encarar as diversas roupas de marcas mais caras, e diversas joias e acessórios da melhor marca. —Eu amei amor. – Shopia virou-se para mim, enchendo-me de beijos. – Muito obrigada. —Ainda tem mais uma coisa. – disse puxando-a para o quarto, observando a caixa ainda intacta em cima da cama. Peguei cauteloso a pequena caixa branca em cima da cama. —Eu pensei muito sobre isso. – disse. – mas acho que você precisar ter um pouco de sua liberdade. Entreguei a caixa, Shopia desembrulhou o embrulho delicadamente, surpresa ao ver a caixa do iPhone. —Os contatos de suas amigas estão todos aí.– informei-a. Eu realmente pensei muito sobre isso. e cheguei à conclusão que está na hora de eu confiar nela, dando-lhe mais liberdade. —Muito obrigada Justin! – assustei-me com Shopia jogando-se em cima de mim em um abraço apertado. —Eu te amo amor. – disse, retribuindo seu abraço. Completamente certo do que fiz. Assim que juntei nossos lábios o toque despertar do meu celular interrompe-nos. 23:30pm. Remédio da Shopia. —Amor, vou pegar seu remédio e um copo de água. – disse beijando o topo de sua testa. Ao vê-la assentir, saí do quarto em busca de sua medicação na cozinha. Vou aproveitar para trazer para o quarto, e pegarei também uma garrafa de água para deixar no frigobar. A próxima dose do remédio de Shopia será de madrugada, e dessa forma não precisarei vir até a cozinha. Pov. Shopia Emmy Hummel Eu realmente estou muito feliz! Foi um aniversário maravilhoso! Revi minhas amigas que eu não via ha tempos, revi meus familiares. E ainda por cima Justin estava ao meu lado, conhecendo um pouco da minha vida antiga. Foi um dia realmente muito incrível e feliz. A única parte que me deixa desanimada, foi minha mãe não ter comparecido. Minha mãe nunca deixou de me ver em meus aniversários, sempre era a primeira a me felicitar. Minhas amigas, sem querer, deixaram escapar que minha mãe viu a entrevista sobre mim. Sei muito bem a reação que ela deve ter feito, com certeza decepcionada comigo. Afinal, não foram esses os ensinamentos que ela me ensinou. Eu realmente temo muito que ela não tenha vindo, por estar com medo de mim. Mas talvez Justin esteja certo, ela possa estar ocupada com algum compromisso por isso sua ausência. Encarei o celular em minha mão e soltei um leve sorriso. Justin finalmente deu-me sua confiança, dando- me liberdade ao pelo menos poder conversar com minhas amigas. Percebi que muitas mensagens chegavam no celular, de minhas amigas de longa data, mas percebo que há mais mensagens da Elizabeth. Ela tem sido uma grande amiga para mim. Curiei a agenda de contatos, confirmando que realmente estão todos aqui. Pelo menos quase todos, franzi a testa decepcionada ao não ver o contato de minha mãe. Mordi os lábios nervosa, com uma ideia um tanto tentadora. Se me lembro bem, ainda sei seu número de cabeça. Olhei em volta, confirmando que Justin ainda estava na cozinha, e corri ao banheiro. Nervosa disquei o número de minha mãe no celular. A cada toque da chamada, torcia para que ela ainda esteja com esse número. —Alô.. Prendi a respiração, empolgada ao ouvir sua voz. A quanto tempo não escutava a voz de minha querida mãe. —Mãe.. – funguei com a voz embargada pelo choro emocionado que me atingiu. – É a Shopia. Franzi a testa, nervosa, com o longo silêncio que se fez presente. Encarei o celular confusa, verificando que a chamada ainda esta ligada. —Mãe? – engoli em seco, ao voltar a colocar o celular no ouvido. – Ainda está aí? —Desculpe.. – ela sussurrou. – Preciso desligar. Meu coração parece que parou com o choque de realidade nas suas palavras. —Mãe.. – chamei-a nervosa. – Não desligue por favor, eu sinto sua falta. —Desculpe.– ela m*l terminou de falar e ouvi o som da chamada ser finalizada. Encarei perplexa o celular a minha mão. Me sinto paralisada, sem saber o que pensar sobre isso. Então é realmente verdade o que eu pensava, minha mãe carrega uma decepção grande da filha. E com razão, desde quando ela me criou para tornar-me criminosa? As lágrimas de emoção rapidamente viraram lágrimas de tristeza e desespero. Minha mãe não quer mais saber de mim. Eu a decepcionei muito. Sou uma criminosa, uma decepção, essa é minha nova realidade, a única coisa que causarei nas pessoas que me amam é medo e decepção, sou a pior pessoa do mundo inteiro. Pov. Justin Drew Bieber Peguei o copo com água, a garrafa de água e as caixas de remédios, colocando-os em uma bandeja. Franzi a testa, ao ouvir a porta da frente bater. Os meninos foram embora? Peguei a bandeja e caminhei para o quarto. Abri a porta com um pouco de dificuldade por causa da bandeja. —Amor? – chamei-a, colocando a bandeja na cômoda. Franzi a testa confuso, ao não encontrar Shopia no quarto nem no banheiro ou closet. —Shopia!– chamei-a em um tom alto, procurando-a pelo corredor, nervoso ao pensar ser ela quem passou pela porta da frente momentos atrás. —O que foi Justin? – vi Ryan sair preocupado de um dos quartos de hóspedes. – O que aconteceu? —Não acho a Shopia. – disse nervoso. —Como assim? – Ryan estava confuso. —Ela não está aqui. – disse nervoso, discando rapidamente o número de seu novo celular. Caixa postal d***a! —Onde Shopia se meteu? – disse passando as mãos exasperado pelo cabelo. ... Pov. Justin Drew Bieber —Porcaria! – resmunguei à ligação cair novamente na caixa postal. —Me explica essa história direito Justin. – Ryan me perguntava novamente. —Já disse. – exasperei-me. – Shopia estava triste por causa da ausência da mãe. —Já tentou rastrear o celular dela? – Chris perguntou. —Ainda não. – respondi, sentindo uma pontada de esperança crescer ao pensar na possibilidade de encontrá-la. —Deixa eu ver. – Chaz disse ao abrir seu notebook. Após um tempo com Chaz digitando e mexendo em seu note, ele finalmente disse: —Achei. —Onde? – perguntei apressado, já pegando a chave de meu carro. —No cemitério Nossa Senhora. – Chaz disse, um tanto confuso. —Como? – perguntei confuso. —O rastreamento de celular dela está lá. – Chaz disse, conferindo novamente em seu notebook. —Não é muito longe daqui. —O que ela está fazendo lá? – perguntei totalmente confuso. —Acho que eu sei. – Ryan disse um tanto pensativo. (...) Lá estava ela. Ryan estacionou o carro longe, porém o suficiente para vê-la. A chuva está forte, acompanhada de alguns trovões. Shopia estava sentada ao lado de um túmulo. Shopia desabava no choro. —Deixa que eu vou Justin. – Ryan disse assim que coloquei a mão na maçaneta do carro. Nervoso, apenas assenti, engolindo em seco ao ver o nome escrito na lápide do túmulo. Não acho que eu seria uma ótima companhia no momento. Apenas observei-a daqui, enquanto Ryan ia em sua direção. Pov. Ryan Butler —Shopia? – chamei-a, me abaixando ao seu lado. —Ryan? – ela se espantou com minha presença. – o que faz aqui? —Você sumiu, Justin estava desesperado atrás de você. – disse, apontando para o carro. Ela olhou rapidamente, logo voltando a olhar para a lápide. Engoli em seco ao olhar também. Há quanto tempo eu não vinha aqui. "Julianne Butler, querida irmã e amiga" As letras expressas na lápide me faziam ter arrepios estranhos. Você nunca quer ver alguém importante para você em um túmulo. Saber que a pessoa está a palmos de terra abaixo e você não poderá fazer nada para ver seu rosto novamente, é um dos piores sentimentos do mundo. Muitas coisas começam a passar por sua mente. Os momentos juntos, todos as aventuras, e até mesmo começa a se martelar pensando que você poderia ter feito diferente, poderia ter mudado aquele destino. Mas uma hora você tem que seguir em frente, você tem que aceitar que aquele era o destino, e nada que você fizesse iria mudá-lo. Mas se pelo menos eu soubesse, tentaria de todas as formas mudar esse destino. Eu não sabia, como eu saberia? —Shopia. – engoli em seco, sentindo o nó formando em minha garganta. – vamos voltar. —Eu quero ficar sozinha Ryan. – ela disse tristonha, com a voz totalmente embargada pelo choro. —Não. – disse erguendo seu rosto com minhas duas mãos. – você não tem que estar sozinha. Não tem que enfrentar tudo sozinha. Estamos aqui com você, porque nos importamos. Não deixaremos você caminhar sozinha. Lutaremos com você. Juntos sempre! Shopia olhou-me por um instante, antes de voltar a desabar em um choro forte, me abraçando intensamente. Abracei-a confortando-a. —A chuva está muito forte. – ouvi a voz do Justin, chamando nossa atenção. – pegarão um resfriado. Olhamos para cima, vendo Justin nos olhar. Justin possui uma expressão triste e confusa ao olhar para lápide de Julianne. Ele parece nervoso e arrependido. Imagino o que deve passar por sua mente agora. —Vamos. – disse rapidamente, chamando suas atenções. Precisamos sair logo daqui. Nós três já estamos tristes o suficiente. Precisamos seguir em frente. E ficar aqui não adiantará em nada. —Vamos! – disse mais alto dessa vez, pois os trovões estão alto a mais. – precisamos sair daqui. Percebi que Justin receoso estendeu sua mão para Shopia. Ele parece ter medo de Shopia o ignorar por causa do que aconteceu com Julianne. Porém Shopia pegou sua mão, levando-se e abracando-o. Posso ver a reação supresa e aliviada que Justin fez. Corremos rapidamente para o carro. Estamos completamente encharcados. Olhei para o banco de trás pelo retrovisor, vendo Shopia se aconchegar no peitoral Justin, o qual beijava demoradamente e protetor sua testa. Virei-me para frente, seguindo com o carro. Sei que muitas coisas não estão certas na vida de Shopia. Mas ela só precisa ver que os verdadeiros sempre estarão ao seu lado. Nós nos importamos com ela e sempre estaremos com ela. Pov. Justin Drew Bieber Acariciei o rosto delicado de Shopia, observando-a dormir em meu colo. Sua expressão está tão cansada, seus olhinhos e nariz vermelhos e inchados com seu choro. Confesso que tenho medo de qual possa ser sua próxima reação. Shopia estar exatamente no túmulo de Julianne, evidencia a falta que ela sente da mesma. E se Shopia se lembrar que foi por minha causa que Julianne agora não faz mais parte de sua vida? E se ela se negar novamente de falar comigo por isso? —Justin? – percebi que Ryan estava a me chamar. – Chegamos. Assim percebi que já estávamos na garagem de casa. Olhei para Shopia adormecida, temendo acorda-la. Saí cauteloso do carro, com Shopia adormecida em meu colo. —Obrigado Ryan. – agradeci-o antes de entrar no quarto, Ryan assentiu com a cabeça entrando em um dos quartos de hóspedes. Cauteloso, coloquei delicadamente Shopia na cama, ajeitando-a. Caminhei até o closet, pegando uma camisa minha, voltando ao quarto. Levantei delicadamente o corpo de Shopia, tirando cauteloso sua roupa molhada. Olhei atento o curativo em sua barriga, não preciso troca-lo. Fiz os movimentos muito lentos para não acorda-la, vestindo-a com minha camisa. Franzi a testa ao perceber que o corpo de Shopia parece febril. Ajeitei-a debaixo das cobertas, tirando minha camisa molhada. Caminhei até a cômoda, abrindo a última gaveta, pegando uma maleta de medicamentos, retirei da mesma o termômetro. Coloquei, cauteloso, o termômetro em Shopia, enquanto isso tirei meu calção molhado, ficando apenas de cueca. O termômetro apitou, fazendo-me pega-lo. Como eu temia, ela está com febre. Voltei até a cômoda pegando um remédio para controlar sua febre, tirando uma pílula. Aproveitei e peguei um dos seus remédios que Shopia tem que tomar para seu curativo, tirando outra pílula. Peguei no frigobar a garrafa com água. —Amor. – chamei-a, infelizmente preciso acorda-lá para tomar seus remédios. Shopia se remexeu, murmurando algo incompreensível. —Amor. – chamei-a novamente. – acorde, precisa tomar seus remédios. Shopia abriu seus olhos lentamente, sentando-se sonolenta na cama. —É rapidinho amor. – disse, entregando-a as pílulas e a garrafa de água. – tome os remédios e depois volte a dormir. Shopia tomou seus remédios soltando uma careta de desgosto. Fazendo-me soltar um leve riso pelo nariz. —Volte a dormir agora amor. – disse, aconchegando-a novamente embaixo dos cobertores. Dei um beijo demoradamente em sua testa, vendo-a fechar seus olhinhos sonolenta. Caminhei até o frigobar, voltando a deixar a garrafa de água. Voltei a cama, deitando-me ao seu lado. Aconcheguei-me puxando Shopia para meu colo. Sinto minhas pálpebras pesadas, denunciando meu cansaço, porém me recuso a dormir agora. Tenho que vigiar o sono de Shopia, ela pode acabar piorando durante a noite, preciso estar atento. Creio que terei que adiar umas reuniões que eu teria amanhã, prioritariamente me importo com a saúde de Shopia. Amanhã ainda tenho que pegar a Bianca na casa de minha mãe. (...) Pov. Shopia Emmy Hummel Abri os olhos lentamente. O cansaço insiste em não abandonar meu corpo e minha alma, sinto-me tão esgotada. Me remexo percebendo estar abraçada ao corpo do Justin. Franzi a testa ao vê-lo, olhando para a janela, com seus olhos tão cansados a pestanejar. Percebo que já está de dia. Me remexo mais um pouco, fazendo Justin perceber que eu acordei. —Bom dia amor. – Justin roucamente sussurrou, sonolento. – como se sente? —Estou bem. – menti, preferindo não contar do esgotamento que sinto. – O que faz acordado? Percebo que você está por fio de capotar por sono. —Você passou a noite com febre e gemendo de dor. – Justin explicou. – estava cuidando de você. Sorri verdadeiramente para Justin. —Own amor. – disse encantada por seu cuidado comigo. – Obrigada, me sinto bem agora. —Tem certeza amor?– Justin perguntou novamente, acariciando meu rosto. Quando eu iria respondê-lo, seu celular toca. Justin sonolento o pega. —Hora do seu remédio. – ele disse ao desligar o lembrete em seu celular, voltando a colocá-lo no criado mudo ao lado. Justin levanta-se cauteloso. Franzi a testa ao vê-lo cambalear ao andar. Assustei-me ao vê-lo quase cair. —Justin, venha dormir. – disse, rapidamente correndo em sua direção, fazendo-o se apoiar em mim. Justin m*l consegue manter seus olhos abertos de cansaço. —Preciso cuidar de você amor. – ele sussurrou. —Obrigada amor. – sorri sinceramente agradecida. – mas você tem que descansar agora. O guiei de volta à cama, insistindo para que ele deite. —Amor preciso cuidar de você. – ele novamente insistiu. —Eu estou bem amor. – disse por fim conseguindo fazê-lo a sentar na cama. – não se preocupe. —Amor... – interrompi-o. —Agora é a sua vez de descansar amor. – disse fazendo-o deitar. —Então prometa que tomará seus remédios na hora certa. – Justin sussurrou já quase se entregando ao sono. —Eu prometo amor. – disse aconchegando-o no edredom. – agora durma. Beijei sua testa demoradamente vendo-o por fim fechar seus olhos. Caminhei até a cômoda pegando meu remédio e ao pegar a garrafa de água no frigobar, tomei-os. Caminhei ao banheiro para fazer minha higiene matinal.. (...) "Será que eu faço, ou não? " Encaro esse pequeno objeto de metal a minha frente, brilhando em cima da cômoda a me chamar. Se eu fizer Justin se zangará comigo, porém eu preciso fazê-lo senão não conseguirei ficar bem o suficiente enquanto não esclarecer isso. Engoli em seco, rendendo-me à minha ideia tentadora. Peguei, cautelosa, a chave do carro do Justin, engolindo novamente em seco ao olhá-lo imaginando a sua reação raivosa ao descobrir. Acontece que desde a hora que eu acordei, estou com a ideia de ir visitar minha mãe. Preciso esclarecer direito o que está acontecendo. Porém Justin está realmente cansado, e pelo que vejo ele não acordara nem tão cedo. Estou em um estado que não aguento esperar, preciso resolver logo essa situação. O único jeito é visitá-la e esclarecer isso pessoalmente, já que ela não atende mais minha ligações. E tenho quase certeza que Justin me esconde algo sobre minha mãe, ele não me deixaria ir visitá-la se a reação de minha realmente foi uma das piores em r*****o às minhas atitudes. Saí cautelosa do quarto, decidida do que faria. Vou visitar minha mãe agora. Quanto ao Justin, é só eu ir rápido. Do jeito que ele está capotado de sono, não acordará nem tão cedo. Seria tempo suficiente para eu voltar a tempo. Caminhei rapidamente pela casa, temendo que alguns dos meninos me vissem. Suspirei aliviada assim que cheguei a garagem, dando de cara com muitos carros. Destravei o carro pela chave, logo sabendo qual era o carro pertencente a chave. Andei rapidamente até o carro, adentrando-o. —Acalme-se. – suspirei, nervosa, temendo não me lembrar de como dirigir. Liguei o carro, fazendo seu motor fazer um barulho considerável. Parece até carro de corrida. Nem sei o nome dele, mas até que é bonito. Só espero não arranha-lo e chegar a tempo. Abri a garagem pelo controle e sai da mesma, fechando-a e partindo em seguida. Demorei um tempo na estrada enquanto tentava encontrar alguma alma gentil para saber em que bairro estou e poder assim me localizar. Porém assim que consegui minha localização, sabia muito bem que caminho pegar para chegar na casa de minha mãe. As ruas da cidade parecem diferente, mais estruturadas e arrumadas, deixando-me confusa ao pensar que devo ter errado em minha localização. Porém assim que dobrei aquela pequena rua, tive a certeza que eu estava onde deveria estar. As mesmas casas, ainda posso ver alguns conhecidos, antigos vizinhos, saindo de suas casas e entrando em seus carros, provavelmente para ir ao trabalho. Meu corpo gelou assim que eu avistei-a. Minha antiga casa, da mesma forma que era antigamente, nada estava fora de ordem. Estacionei cautelosa em frente à casa, saindo nervosamente. A cada passo que eu dava em direção à casa, meu coração acelerava consideravelmente. Respirei fundo ao chegar em frente à casa, apertando o botão da campainha. Após diversas tentativas, ninguém atendeu, deixando-me cada vez mais nervosa. Eu sei que ela está aqui, seu carro denuncia isso. Olhei pela janela da cozinha, percebendo a mesa arrumada para o café da manhã. Mamãe sempre acordava cedo para arruma-la. Ela está acordada. Tentei novamente tocar a campainha, até que por fim, percebo que alguém olha pelo "olho mágico" da porta. Penso que a porta será destrancada mas nada. Após novamente esperar por um bom tempo, tenho a certeza que ela não abrirá a porta. Eu vim aqui para esclarecer as coisas, e é isso que eu farei. Andei até a janela da cozinha, na qual está aberta e não possui grade, me apoiando e conseguindo adentrar a casa. Sem querer por deixar algumas coisas que estavam no balcão cair. Me assustei ao vê-la escondida espiando atrás da parede. Assim que ela me percebeu que eu a olhava começou a correr para a escada. Rapidamente a segui. —Mãe! – exclamei. – por que está correndo de mim? Por sorte consegui empurrar a porta de seu quarto antes que ela a tranque. Passei pela mesma, adentrando o quarto com ela e fechando a porta, ou melhor trancando. Agora teremos que conversar! —Por que está agindo assim? – perguntei encarando-a olhar-me com medo. – mãe, eu ainda sou sua filha. Percebi que possuíam algumas roupas sobre a cama e duas malas. —Não! – ela exaltou-se, chamando minha atenção. – você não é a minha filha! Você é uma criminosa que deve estar atrás das grades! Você não chega nem perto de ser minha filha! Pois eu não a eduquei assim! Eu dei a minha filha uma educação espetacular, ela nunca faria o que você fez! Você não é minha filha! Eu não tenho filha! A encarei confusa, porém visivelmente afetada com suas palavras. —Sinto muito pelo que fiz. – suspirei triste. – eu entendo que você esteja assustada com minhas atitudes mas eu ainda sou sua filha, isso não vai mudar. Mãe, para com isso por favor, eu só fiz aquilo porque era necessário. Acha mesmo que eu queria ser considerada uma criminosa? Não! Eu só queria ter uma vida normal, mas as coisas acabaram saindo de controle... —VOCÊ NÃO É MINHA FILHA SHOPIA! - ela gritou, interrompendo-me. – VOCE É UM MONSTRO! A MINHA SHOPIA NÃO ERA UM MONSTRO! —mãe.. – engoli em seco, já sentindo minha visão marejar. — eu ainda sou a Shopia. —NÃO CHEGUE PERTO DE MIM! – ela gritou assim que eu me aproximei. —para com isso mãe. – desesperei-me. – por favor não faz isso. —Eu vou ligar para polícia. — ela disse discando algo em seu celular. – seu lugar é na cadeia! —Mãe, não! para! – disse pegando seu celular de sua mão. Assim que me aproximei mamãe me arremessou vários tapas, tentei desviar mas vários me atingiram. —EU DEVERIA TE ENCHER DE p*****a. – mamãe gritou. – PRA VOCÊ APRENDER A SER GENTE, UMA PESSOA CIVILIZADA! VOCÊ PARECE QUE CRESCEU COM MARGINAIS! EU NÃO TE ENSINEI ISSO! VOCÊ SÓ ME ENVERGONHOU NA FRENTE DE TODOS! Segurei sua mão tentando me defender, mas ela desviou de meus movimentos pegando o grande abaju e arremessando em minha cabeça. Foi a última imagem que vi, antes de apagar. Minha mãe super raivosa me agredindo... (...) —Shopia.. – ouvia uma voz de longe me chamando. – acorde. Abri lentamente meus olhos, sentindo minha cabeça explodir de dor. Logo percebi papai me encarando. —Onde está a... ? – papai me interrompeu. —Sua mãe pegou o trem. – ele disse sério. – ela foi visitar sua avó que está doente. Engoli em seco, lembrando-me de tudo o que ocorreu. —Tem certeza que ela só foi visitá-la? – perguntei desconfiando. —Tenho. – soube pela voz vacilante de meu pai que ele estava mentindo. —Ela se foi para sempre, né? – perguntei receosa. – foi morar com a vovó. Papai engoliu em seco, percebi que ele procurava palavras. —e foi por minha causa. – conclui. – mamãe te abandou por minha causa. —Amor, não.. – papai falou nervoso. – ela só precisava de um tempo. Suspirei, fechando fortemente os olhos. —Pai, eu só queria minha
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