Capítulo 4 - Convite

1464 Words
Carolina já estava mais inteirada com a sua nova posição na empresa. Comandava uma equipa de designers e ainda dava formação para outros. Mudou-se para a sua nova casa e Ariela pulou de alegria quando soube que teria um motorista e que em breve estaria numa nova escola onde faria novos e muitos amigos. Edna ficou no antigo apartamento de Carolina, pois não aceitou ir viver com a sua amiga. Estava uma linda manhã de sol e Carolina decidiu passar o dia na sua piscina. Tinha sido uma semana bem ocupada na empresa. Estava a terminar de vestir quando Jéssica foi anunciar a chegada de uma visita. - Quem é Jéssica? - O Senhor Max Duarte. - Por favor diga a ele que já vou descer. Onde está a Ariela? - Sim Senhora. Ela está no quarto fazendo o seu dever de casa. Carolina desceu e por ser sábado usava roupas bem casuais. - Bom dia Max. - Bom dia Carolina. Eu espero não estar a te incomodar. - Claro que não. Senta por favor. Queres beber alguma coisa? - Aceito um café. Após fazer o pedido, Carolina sentou-se perto de Max. - Então! Em que te posso ajudar? - Serei breve. Eu vim apenas para te fazer convite. - Claro. Estou ouvindo. - Sábado será o meu aniversário e minha Tia está a preparar uma festa. Por mais que eu negue ela não desite. Bem! Você está convidada. Será no Jardim Mágico no sul da cidade às 20 horas. - Bem eu aceito o convite com muita honra. Obrigada. - Nada por isso. Além disso, a minha Tia está ansiosa para conhecer a nova sócia. Ela faz parte da directoria, mas prefere não participar de algumas decisões. Posso contar com a tua presença? - Sim. Claro que sim. - Óptimo.... - Max terminou o seu café e levantou. Preciso ir agora. Nos vemos na segunda-feira? - Claro. Até lá. Max foi embora e Carolina percebeu que não o via apenas como seu sócio e amigo. Ela estava a sentir alguma coisa mais por Max, mas o seu coração se negava a dizer o que era em voz alta. Ela passou uma tarde divertida com a filha na piscina. Eram 19 horas quando recebeu uma ligação de sua mãe. - Olá mamãe. - Olá meu amor. Como vocês estão na nova casa? - Muito bem até agora. Sentimos à vossa falta. - Nós também querida. Mas saber que estão bem nos deixa mais tranquilos. - Obrigada mamãe. Eu posso contar um segredo mamãe? - Claro filha. Sabes que podes me contar qualquer coisa. - Eu estou apaixonada mamãe. Tentei negar, mas não posso mais fazer isso. Foi inevitável. - Isso é óptimo meu amor. Quem é ele? - Max Duarte. O meu sócio. - Nossa! Eu não esperava por isso. - Nem eu mamãe. Mas, não sei o que fazer. O Max é um homem maravilhoso, mas eu temo que me rejeite. - O quê? Porque razão ele faria isso? - Não sei mamãe. A gente só se conhece a nível profissional mas,... - Não tires conclusões filha. Tens que o conhecer como homem. Fora da empresa. E não apenas como o empresário bem sucedido que ele é. Entendes? - Sim mamãe. Eu entendo. Na verdade ele esteve aqui hoje. - A sério? - Sim. Veio me fazer um convite. Sábado próximo será a festa dele de aniversário. - Estás a ver? Este é o começo. Seja corajosa e lute por seu amor filha. Faça isso sem medo, ou pode aparecer outra mulher e fazer no teu lugar. Mais tarde e já sozinha no seu quarto, Carolina pensou nas palavras de sua mãe. Desde a morte de Miguel que ela não teve ninguém na sua vida além da filha. Estava segura da vontade de amar novamente, mas também tinha consciência dos riscos. Além disso, ela sabia que quem a quisesse também devia aceitar a sua filha, pois a menina perdeu o pai cedo demais. A semana começou e com ela mais trabalho. Haveria um evento para o lançamento da nova colecção de jóias, e desta vez Carolina seria apresentada oficialmente como a Designer das mesmas e sócia das Joelheiras Max Duarte. Ela trabalhou bastante durante todas as semanas e na sexta-feira saiu mais cedo para comprar o presente de Maximiliano. No sábado quando se arrumava para a festa, Carolina não se reconheceu ao olhar no espelho. - Amiga estás linda. O Max não vai resistir. - Por Favor Edna. Ele é meu sócio. - Eu sei. Mas também é o homem por quem te apaixonaste. Isso não é errado. - Eu sei. Mas, nada me garante que sou correspondida. - Isso nós vamos descobrir em breve. Carolina desceu com o presente. O motorista a esperava. Passou no quarto de Ariela e a viu olhando para o céu. - Filha! A Mamãe vai sair agora. Obedeça a tua madrinha está bem? - Sim mamãe. Eu posso perguntar uma coisa? - Claro amor. O que é? - O meu papai está no céu por causa de mim? - No céu!? Ariela onde você ouviu isso? - Eu ouvi sem querer uma conversa da Vovó. - Sim filha. Ele não está mais vivo, mas não é por tua culpa. - De verdade mamãe? - De verdade meu amor. E não Voltes a pensar uma coisa destas está bem. Você promete? - Sim mamãe. Eu prometo. - Linda menina. Agora deita. Eu tenho que ir ou chegarei atrasada. Te amo filha. - Te amo mamãe. Carolina sentiu um peso no coração, mas preferiu esquecer o assunto e aproveitar a sua noite. Por outro lado a festa estava um verdadeiro sucesso. Ela deu o nome na entrada e após a confirmação deixou o presente com uma simpática jovem. Max conversava com alguns amigos quando a viu e ficou sem palavras. - Uau! Que mulher linda... - Um deles disse. Max não gostou do comentário de seu amigo. - Fica longe dela. Você é muito bem casado João Filipe. - É verdade. Mas não sou cego. - Ela é minha sócia. A vou receber agora. Max foi ter com Carolina que sorriu quando o viu. - Carolina. Seja bem vinda. Você está linda. - Olá Max. Obrigada. Te desejo um feliz aniversário. - Muito Obrigado. Venha por favor. A minha madrinha está ansiosa para te conhecer. Ao contrário do que Max esperava, sua tia adorou Carolina e as duas deram - se bem no momento em que foram apresentadas. Quando contou que tinha uma filha de 5 anos de idade, Isabel quase não acreditou. - Nossa! Olhando para ti ninguém diz que és mãe. E o pai da menina? - Bem ele.... Ele morreu alguns meses depois de ter me deixado. Ele não chegou a saber que eu estava grávida. - Me desculpe querida. Sinto muito. E a família não te ajudou? - Eles se negaram a aceitar e eu decidi manter a minha filha longe deles. Não os vejo a muito tempo e prefiro que seja assim. - És uma mulher muito forte querida. Perfeita para o Max. - Como assim Isabel? - O Max foi casado com uma mulher egoísta e fútil. Mas você Carolina. Você é uma mulher diferente e especial. - Obrigada eu... - Tia! Será que posso levar a minha sócia para dançar? - Claro meu amor. A festa é tua. - Falamos mais tarde Carolina. Alias, vou convidar você e a tua filha para um lanche. - Será um prazer. Obrigada. Carolina pensou o tempo todo nas palavras de sua mãe. Será que devia dizer o que sentia por Max? Ainda pensava nisso e nem percebeu que a música tinha acabado. - Carolina! Estás bem? - Sim estou. Me desculpe eu... Apenas me deixei levar pelos pensamentos. - Eu entendo. Vamos aproveitar a festa está bem? Carolina sorriu e concordou. Conheceu várias pessoas e fez novas amizades....A sua lista de contactos tornou-se mais extensa. Eram quase meia - noite quando ela decidiu ir embora. O motorista já a esperava. - Foi una noite maravilhosa Max. Nos vemos na segunda-feira. - Está bem. E muito obrigado por teres vindo. Só tenho que dizer mais uma coisa. - Claro. O que é? - Você aceita jantar comigo? Não como minha sócia ou aniga. Apenas como mulher que vai jantar com um homem. - Está bem. Eu aceito. - Óptimo. Pode ser na terça - feira? - Claro. Estarei pronta. Até mais Max. Carolina foi embora e respirando fundo Maximiliano percebeu e aceitou a realidade.... Estava perdidamente apaixonado por ela, mas temia não ser correspondido. O que ele não sabia, é que Carolina estava na mesma situação, e por receio de não ser aceita também não revelava os seus sentimentos. Quem será que se vai declarar primeiro?
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