17 Ciúmes, Será?

1010 Words
Igor ? Fiquei com muita raiva daquele garoto que ficou cercando a minha garota. Não gostei da atitude dele e logo senti vontade de socar a cara dele. Eu vi o medo nos olhos do meu anjo. O que me irritou ainda mais foi constatar que não era só ele a cercando, ainda tinha mas dois idiotas. Pela primeira vez na vida eu estava sentindo ciúmes de alguém. É normal isso? Depois de me despedir delas e advertir o meu anjo para ter mais cuidado, eu fui até onde estava Túlio e seus amigos. - Você vai embora agora ou quer ir a uma lanchonete com a gente? - perguntou Túlio assim que me aproximei dele. - Eu vou para casa, cara - respondi cansado. - Tudo bem então, a gente se vê amanhã no hospital - disse. - Tchau pessoal, foi um prazer conhecer vocês - disse para eles. - Tchau, foi um prazer conhecer você também - disseram todos juntos. Por fim, saí de lá o mais rápido possível. Assim que cheguei em casa, fui direto tomar um banho e depois para a cama. Amanhã tenho trabalho e quero estar bem descansado. Na manhã seguinte... - Bom dia, senhorita Silva - cumprimentei a recepcionista assim que entrei no hospital. - Bom dia, doutor Fernandes - respondeu. Fui direto para minha sala, mas antes troquei de roupa. Estou tão ansioso. Será que ela vem hoje? Quero vê-la de novo e, quem sabe, até conseguir o número do celular dela. Enquanto eu estava passando pelo corredor do hospital perto da recepção, vi ela entrar junto com a senhora Beth e mais uma jovem que, se não me engano, é a irmã dela. Como era o nome dela mesmo? Lia ou Bia. Me encaminhei até onde elas estavam. - Bom dia, senhorita Vitória, Beth e Bia - cumprimentei, torcendo para ter acertado o nome da minha futura cunhada. - Bom dia, doutor - respondeu Beth. - Olha, vejo que se lembrou do meu nome - disse Bia. - Com toda a certeza - disse sorrindo de lado. Então olhei para meu anjo, esperando seu cumprimento de volta. - Bom dia, doutor - disse baixinho. Não sei como consegui escutar, talvez esteja com vergonha pela forma como estou olhando. - Podem me acompanhar, senhoritas - disse. - Espera, doutor, ainda não fomos até a recepção entregar os documentos da Vick para ela poder ser atendida. Temos que guardar nossa vez de ser atendida - disse Bia. Menina esperta, gostei dela. - Claro, me dê o seu documento, Vitória - disse, estendendo a mão para que ela colocasse o que eu estava pedindo. Saí de lá assim que o documento estava em minha mão. Fui até a recepção e, depois de resolver isso, voltei para elas. Ainda bem que hoje tem pouca gente. - Me acompanhem, senhoritas - disse. - Claro, doutor - responderam as duas juntas. E assim fomos até a enfermaria para eu poder tirar os pontos da mão da Vitória. - Então mocinha, posso ver sua mão? - perguntei. - Pode - respondeu. Então peguei sua mão e, mais uma vez, o choque ocorreu quando eu a toquei. - Vou tirar a atadura da sua mão - disse. Assim fiz, mas quando fui tirar o primeiro ponto, ela me interrompeu. - Espera - disse. Então olhei para ela. - Quero perguntar algo - disse, nervosa. - Pode falar - respondi. - Estou com vergonha de perguntar - disse, olhando para baixo. Eu sei que o que vou fazer agora não é nada profissional, mas soltei sua mão e a coloquei sobre a cadeira ao lado. Olhei para sua irmã e para a dona Beth. - Será que vocês poderiam nos dar uns minutos a sós? - perguntei para elas. - Claro - responderam as duas juntas. - E rápido, não vou demorar - disse. - Tudo bem, doutor, vamos esperar aqui fora - disse dona Beth. Fechei a porta assim que elas saíram. - Então, anjo, o que você quer perguntar, que te deixou com vergonha? - disse me aproximando dela. - É que... eu estou com medo - disse ainda olhando para baixo. Me aproximei dela e levantei seu rosto com minha mão. Ela é tão linda, seu olhar transmite uma calma que eu não sei explicar. Caraca, Igor, você tem que ser profissional. - Você está com medo de quê? - perguntei olhando em seus olhos. - Estou com medo de sentir dor - disse. Fiquei sem entender. - Dor de quê? - perguntei. - Aqui, ó - disse, me mostrando sua mão. Só então percebi do que ela estava falando. - Você que sabe se vai doer quando eu tirar os pontos - disse. Ela assentiu com a cabeça. - Eu prometo que não vai doer, anjo - disse. - Você só vai sentir um leve desconforto e nada mais - acrescentei. - Tem certeza? - perguntou. - Tenho, anjo - disse, fazendo um carinho em seu rosto. Mas só agora percebo que estou em meu local de trabalho e sou um profissional. Tenho que ter respeito com meus pacientes e não ter esse tipo de i********e. Então tirei rapidamente minha mão de seu rosto. Não aqui, mas lá fora você não me escapa. - Posso tirar os pontos agora? - perguntei de forma profissional. - Pode sim - respondeu. Então fiz meu trabalho, mas acabei conversando com ela para tentar distraí-la. - Pronto, moça - disse assim que terminei. - Obrigada, doutor, nem senti nada - disse sorrindo para mim. - De nada, meu anjo. Agora vem, vou te levar até sua irmã e a Beth - disse sorrindo para ela. - Aqui está o anjo de vocês - disse assim que me aproximei delas. - Obrigada, doutor, por cuidar dela - disse Bia. - É o meu trabalho - respondi. - Tchau, o trabalho me chama - disse. - Tchau, doutor - disse Vitória. Fiquei parado no corredor vendo-as irem embora. Princesa, me aguarde. Eu vou te encontrar novamente e você será minha. Continua... ✨
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