CAPÍTULO 5
956 Words
Ava
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Estou viajando desde o meu aniversário, o dia do meu discurso de formatura dedicado a mim mesma. Isso foi há Uma semana. Estou cansada, com fome e suja, mas livre! Isso é o que mantém um sorriso em meu rosto.
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Aprendi a me abrigar em qualquer lugar que eu encontro cavernas, uma f***a aqui ou ali, alguns arbustos. Cheguei até a subir nos galhos de uma árvore. Carly caça e se alimenta de carne crua. Ela tem estômago para isso. Eu não consigo.
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Ela e eu somos nossas melhores amigas. Em um determinado momento, tivemos que conversar sobre a rejeição de Darlan. Não é que eu não goste dele, mas, durante anos, achei que ele era meu irmão. Embora nunca tenhamos agido como irmãos, isso sempre esteve em minha mente.
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Sinto pena dele agora. Darlan nunca foi c***l comigo como a Luna foi, mas também não foi amigável. O fato de ele não ser filho do Alfa Xavier não pode ser bom para a Luna ou para Darlan, e eu me pergunto se ele irá mesmo para a Faculdade Alfa, no fim das contas.
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Balanço a cabeça. Não faz mais sentido ficar pensando neles. Nunca mais os verei. Acabou. Estou em um novo caminho.
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Quando comecei a planejar minha fuga, o Sr. Malic me deu um pouco de dinheiro e uma anotação com os nomes das matilhas e os endereços de onde eu poderia encontrar abrigo temporário para não ser considerada uma selvagem. Ele escreveu seu número de telefone e o do alto conselho e me incentivou a fazer uma queixa oficial contra meu pai para que ele e a matilha sejam investigados por práticas injustas contra lobos menores.
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Este será meu último ato em relação à matilha da Lua cheia. Talvez assim eles possam nomear um novo alfa digno e deixar meu pai de lado.
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Em nossa semana de viagem, passamos por várias comunidades humanas, mas ficamos longe delas. Não quero que eles vejam minha loba e saiam para caçar.
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Com seu tamanho e sua impressionante pelagem branca prateada, Carly seria um achado raro e extraordinário, o prêmio perfeito para qualquer caçador.
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Agora estou passando por muitas cidades pequenas e campos de trigo, milho e girassóis. É lindo, mas tenho que ficar mais na minha forma humana do que na minha forma de loba.
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O que significa que não podemos viajar tão rápido.
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Entro em uma cidade que fica bem perto de um lago enorme. Parece ser um bom lugar para parar um pouco para descansar e me limpar. Também espero encontrar um trabalho. Estou ficando sem dinheiro. Não preciso de muito.
Mas com mais um pouco, posso avançar na estrada sem me preocupar e chegar mais perto da faculdade. Me planejei para viajar durante o período de férias para juntar algum dinheiro.
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Um pequeno motel barato aparece, e eu reservo um quarto. Ele é pequeno, mas limpo, e o primeiro item da agenda é tomar um bom banho.
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O próximo item é me lançar nos lençóis brancos e macios da cama!
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Acordo revigorada e pronta para procurar um emprego. Mas, antes, preciso resolver o problema da fome. Pergunto como chegar a lanchonete mais próxima e vou até lá.
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O pequeno sino acima da porta anuncia minha entrada, e várias pessoas olham para mim com curiosidade, mas depois continuam comendo e conversando.
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Sento próxima do balcão, e a garçonete, uma mulher de meia idade, coloca um copo de agua gelada na minha frente e me entrega um aardápio.
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— Oi, querida, vai querer o café da manhã especial? — diz ela mascando chiclete.
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— Ah, claro, desde que haja pão e ovos. Por favor. — Eu respondo.
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— Sim! Quer café?
— Sim, por favor! — Dou uma olhada ao redor da lanchonete, observando como está movimentada. Imagino que esteja cheia de moradores locais.
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Algumas pessoas sorriem ou acenam com a cabeça e continuan comendo e conversando.
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A garçonete coloca uma xícara na minha frente e empurra o recipiente de creme e açúcar em minha direção.
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— Você é nova na cidade, querida?— ela pergunta.
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— Uhuum. — respondo ao tomar um gole de café.
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— Estou indo para Nova York. Vou começar meus estudos na faculdade depois daa férias. — Ela fica em silêncio um pouco e me analisa.
— Você está sem dinheiro? Vou precisar de ajuda por aqui por algumas semanas. Tenho um radar bom para pessoas, e você parece confiável e forte.— Ela pergunta, continuando mascando seu chiclete.
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— Nossa, sim, isso seria perfeito! Estou viajando há uma semana e preciso de um descanso. — Eu lhe dou um grande sorriso.
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— Otimo! — Ela estende a mão sobre o balcão.
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— Meu nome é Margareth. Normalmente trabalho de manhã até o almoço. Você pode trabalhar do almoço até o jantar com a Dakota. Ela é minha sobrinha. Lucas é meu cozinheiro da manhã e Roberto o da noite.
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— Eu pago dez dinheiros por hora e você fica com suas gorjetas. O que você acha? — Aceno com a cabeça, com um Sorriso crescendo em meus lábios.
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— Você vai receber um avental e um crachá. Não há uniforme aqui, basta se vestir de forma respeitosa. O jantar é por minha conta sempre Que estiver trabalhando. Se vier comer em seu dia de folga, você pagará um terço do preço normal. Tudo bem?
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— Sim! Pra quando você precisa de mim? — Pergunto, animada.
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— Termine seu café da manhã e depois me encontre lá atrás. Começaremos o treinamento hoje mesmo. — Ela responde sorrindo.
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