Alfa Xavier Macfield
Meu filho. Observo Darlan cruzar o palco e receber seu diploma, com um ar presunçoso no rosto. Ele se tornou um bom homem, mas isso já era esperado. Ele é meu filho, e eu não aceitaria nada menos que isso.
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Inclino a cabeça, reconhecendo sua conquista quando ele olha para mim, e ele levanta o queixo antes de se sentar ao lado da mãe. Sim.
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Ele se formou, mas precisou de uma tutora. Uma professora particular! Patético.
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Ava Peterson é chamada e cruza o palco para receber seu diploma. Ela se arrumou bem, mas é fraca. Não consegue nem se transformar!
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Engulo o gosto amargo em minha boca. A única filha que tenho com minha companheira de alma e ela não tem nem uma loba.
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A única coisa em que ela foi útil foi ajudar meu filho a tirar notas melhores. Olho para ela novamente. Ela é bonita. Linda, eu diria. Talvez possa ser útil de outras formas...
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O restante dos formandos é chamado e finalmente, o fim está próximo. Ava se levanta Mais uma vez e se dirige ao palanque para o que eu esperava ser um discurso enfadonho e motivacional. Mas eu me enganei.
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Tudo acontece tão rápido que não consigo encontrar as palavras. Ela tem a audácia de me revelar como seu pai, na frente de todos!
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Furioso, levanto-me para reprimir seu discurso e rosnando, ela me manda sentar, tão dominante como eu nunca vi um lobo antes. Vejo um vislumbre de sua loba... mas não pode ser!
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O que acontece depois é um borrão. Darlan gritando que é seu companheiro, Dhayana abaixando a cabeça de vergonha, Ava rejeitando a matilha, seu companheiro, sua mãe e eu.
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Ela passa bem na nossa frente, pulando por cima da multidāo e saindo por uma porta nos fundos. Não consigo acreditar no que eu estou vendo. Sua loba é incrível! A loba mais bonita que eu já vi e poderosa. Nunca senti tanto poder antes. E ela esteve aqui o tempo todo, bem debaixo do meu nariz.
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Uivando de raiva, eu tremo enquanto minha raiva me consome. Aquela v********a! Como ala ousa me desafiar? A mim! Eu sou o alfa.
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Sou o pai dela!
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A plateia, formada por membros da matilha e de matilhas vizinhas, se vira para me encarar, e toda a conversa termina. Posso sentir seus olhos sobre mim, o julgamento pesado em
Sobrancelhas.
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O alfa não sabe nem mesmo o que está acontecendo em sua própria família!
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Se ele manteve isso em segredo, o que mais não sabemos?
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Sua filha? Ele nem consegue controlá-la!
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— Sumam daqui! — Eu ordeno, com um rugido que ecoa no silêncio. Não preciso dizer duas vezes.
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Todos entenderam o recado. Os pais pegam seus filhos e filhas e saem. Seus olhares para mim, entanto, não escapam à minha atenção e só me enfurecem ainda mais.
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Michele se levanta e caminha lentamente em direção à saída, mas para imediatamente quando ouve meu rosnado. Olhando de um lado para o outro, como se procurasse um aliado, ela se afunda em uma cadeira.
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Dhayana se aproxima de mime toca meu braço.
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— Marco, eu não entendo, Darlan não pode ser...— diz ela, com a voz carregada de mentiras.
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— Chega! — Minhas mãos se fecham em punhos enquanto olho em seus olhos enganosos.
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Ela sabia a verdade esse tempo todo, me traiu o tempo todo, me colocou na posição de entregar minha matilha a um bastardo quando chegasse a hora de eu renunciar.
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— Mas eu juro que não fiz..— minha mão voa e aterrissa com um forte tapa em sua bochecha que deixa a pele vermelha e inchada. Foi a primeira vez que bati nela, e gostei da sensação.
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— Vamos resolver isso mais tarde. Saia da minha frente agora, ou eu não me responsabilizo pelos meus atos.— digo, com a voz baixa em um tom ameaçador.
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Dhayana se afasta rapidamente, levando seu filho bastardo com ela que permanece olhando fixo na saída, no lado oposto da sala, esperando que sua companheira volte e anule a rejeição. Ah! Que ironia.
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Atravesso o palco sem pressa e meus passos fazem barulho no salão vazio quando me aproximo de Michele. Ela se acovarda em seu assento e juro que ouço sua loba choramingar em sinal de submissão.
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— Você sabia? — Pergunto com aspereza, tentando ao máximo manter o controle.
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— Marco, eu juro que não fazia ideia de que ela faria isso.— ela sussurra com lágrimas nos olhos. Eu me afasto indo em direção a saída.
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— Dilan! — Eu grito. O salão inteiro parece vibrar com a minha ira.
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Meu beta aparece como que num passe de mágica e se curva diante de mim. Ele serve para alguma coisa, pelo menos.
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Se a v********a quer brincar, vamos brincar. Aprendi com os melhores e sei como colocar uma fêmea no seu lugar.
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— Encontre a v***a e traga-a até mim. Ela logo aprenderá quem é o melhor alfa desta família. Tragam aquela c****a de volta.— Jogo minha cabeça para trás e uivo novamente.