CAPITULO 7

1021 Words
Heitor . Ela está muito enganada se acha que terminamos. Tirando rapidamente uma foto da placa, guardo a imagem para seu reconhecimento mais tarde. . Sou um dos sócios fundadores da S5, uma empresa de segurança. Puxar as informações dela será muito fácil. . Balanço a cabeça quando passo pelo caminhão de reboque, o motorista sentado ao volante e sorrindo para mim como se estivesse em uma piada interna. . Revirando os olhos, dou-lhe uma saudação enquanto deslizo em meu conversível, gemendo com o fato de que a ruivinha tem que lidar com ele sozinha e é hora de eu ir para a casa. . Deixo escapar um suspiro, lembrando-me de que ela é uma menina grande e não posso controlá-la, não se eu quiser mantê-la. E cara, eu quero mantê-la. . Minha mente percorre todos os cenários que poderiam nos impedir de ficar juntos, não pousando em um único que justifique a p***a da tortura. . Mesmo que ela esteja noiva e prometida a outro, certamente o bastardo poderia entender que o que ele tem com ela nunca poderia se comparar ao que acabamos de sentir. . O que é isso? Não amor à primeira vista. Eu não acredito nessa merda. Não é real... é? . Toda essa experiência virou meu mundo de cabeça para baixo, me fazendo questionar crenças antigas e me perguntando o que diabos eu estava fazendo toda a minha vida. . Merda. Qual será a idade dela? Eu nem perguntei. Pensando no cinza na minha barba por fazer, ela provavelmente pensa que não pode estar com alguém quando ela ainda não tem idade para beber e eu a estava convidando para beber. f**a-se. Mesmo que ela tenha menos de vinte e um anos, eu poderia esperar. Eu definitivamente esperaria. Ela vale mais a pena. . Parando na minha unidade, olho para o sol poente, brilhando em cores vibrantes de laranja enquanto ele dança no lago White Rock. . Alicia estará em casa em breve, e eu preciso que Rosa arrume seu quarto. . Ainda bem que moro quase ao lado de Renan e Cassia. Se a pirralha precisar de alguma coisa e eu sair com a ruivinha, ela pode ir até lá e incomodá-los para variar. . — Senhor, você está em casa cedo. — Rosa sorri largamente, me dando as boas vindas para uma casa vazia. . Não confio em ninguém em minha propriedade, exceto aqueles em meu círculo íntimo. Administrar as finanças da S5 significa que eu lido com muitas informações confidenciais de muitos clientes delicados para gerenciar. . Estremeço, lembrando de uma cena da minha última visita com Nicolas “o frio” Renzetti. Eu estava no México organizando as finanças da família como um favor quando um chefe de cartel apareceu sem avisar. . Digamos que eles não o chamam de “frio” à toa. . — Sim, Rosa. Eu tenho que me preparar para a enteada do meu pai que ficará conosco.— Ela me olha com um olhar questionador. . — Você quer dizer senhorita Alicia? . — Esse é a única enteada que meu pai tem Rosa. — Eu tento não gemer essa última parte porque eu realmente estou feliz em ter a família comigo, é só que eu não esperava cuidar de um adolescente. . Eles podem ser um porre. Eu sei que fui um. . — Muito bem. Devo preparar a suíte nos fundos? Deve dar a ela privacidade suficiente. — Ela sorri como se tivesse pensado no lugar perfeito para colocá-la. . Infelizmente para Alicia, eu me lembro muito bem como era ter dezessete anos e não confio nela com toda essa privacidade. . — Não. Por favor, coloque-a no quarto de hóspedes em frente a mim. Eu quero ter certeza de que ela não está entrando sorrateiramente com meninos sob minha vigilância.— Deus. A última coisa que preciso é que papai me culpe por ter engravidado sua princesinha antes dela completar dezoito anos. . — Sim. — Ela sorri, sabendo o que estou pensando e provavelmente concordando que é o melhor. Ela deveria saber. Ela é mãe de duas mulheres adultas. Eu as encontrei duas vezes e elas são ótimas pessoas. . O pensamento me deixa feliz, sabendo que Alicia terá alguém aqui cuidando dela que é bom para ela moralmente. Deus sabe o que me falta nesse aspecto. . Deixando Rosa lidar isso, volto para o meu escritório quando vejo as luzes piscando na parede. . Olhando pela janela, vejo um táxi parando na entrada. Essa deve ser Alicia agora. Estou feliz por ter chegado em casa a tempo de cumprimentá-la. Especialmente porque o quarto dela ainda não está pronto. . Caminhando de volta para a entrada, ouço o fechamento da porta de um carro. . Estou me preparando mentalmente para colocar meu “chapéu de anfitrião” quando abro as amplas portas duplas que levam à entrada circular, apenas para congelar na imagem diante de mim. . Ruivinha? Como ela me encontrou? Eu sou o especialista em segurança aqui. . Observando-a ao redor do táxi, eu a vejo tirar uma bagagem do porta-malas e meu estômago embrulha. . Puta que paril. Esta é a razão. Toda a p***a da razão pela qual ela me disse que não poderíamos ser mais. . Eu sinto minha alma deixar meu corpo, toda a energia drenando através de mim e me deixando uma concha vazia e entorpecida. . É isso. Não há mais nada a ser dito. . Ela estava certa. Nós nunca poderíamos estar juntos. Isso não poder ser. . O que fizemos foi uma atrocidade. Algo que nunca deveria ter acontecido. . O fogo cresce dentro de mim com o pensamento. Acendendo e queimando mais forte a cada passo que ela dá em direção à minha casa. . Sua postura encolhida diz tudo. Ela sabia, p***a. Ela sabia quem eu era e deixou nossa transgressão acontecer. Como ela poderia? . Quando ela dá o passo final para o patamar, eu abro mais as portas, acenando para ela entrar com um sorriso de escárnio. . — Bem-vinda ao lar, ruivinha.
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