Juno respirou profundamente enquanto descia do avião, sentindo a brisa suave e quente do Havaí acariciar seu rosto.
A mudança na atmosfera era imediatamente perceptível, marcando o contraste entre o clima tropical das ilhas e o ambiente que ela deixara para trás. Seus olhos se iluminaram com a visão do céu claro e do sol radiante, e ela podia ouvir o suave som das ondas quebrando ao longe.
Olhou para mãe, se fosse só as duas poderia ser feliz ali.
Ao caminhar pela pista de desembarque, Juno notou a fragrância característica da flora tropical que pairava no ar. Uma mistura de flores exóticas e sal do oceano enchia as suas narinas, criando uma sensação de boas-vindas e frescor. As palmeiras se balançavam suavemente ao ritmo da brisa, como se cumprimentassem os recém-chegados com um aceno gracioso.
Saiko conversava com alguns homens ao redor, na verdade, ele dava ordens, e não parecia ser contrariado.
Enquanto pegava a sua bagagem, Juno contemplava as montanhas distantes e as palmeiras que se destacavam contra o céu azul. O calor envolvente e a luz do sol pintavam um quadro vivido da beleza natural do Havai.
Saiko pegou a bagagem dela.
— Está leve, eu posso carregar.
Mas ele fez que não ouviu, Yan também pegou a bagagem de Hagabi.
Juno observou Yan, ele era mais velho que Saiko, talvez dez anos?
Ela percebeu que nem sabia a idade real de Saiko, possivelmente, ele tivesse entre 28 e 30 anos. Fingiu que Saiko não existia por tantos dias que não guardou informações sobre ele, mas também nem queria saber.
— Vai continuar encarando Yan, Juno? __ Ele sussurrou no ouvido dela. __ Eu também sei sussurrar, e não vai gostar do meu tom, acredite.
Ele ficou pálida, não tinha encarado por interesse, era só.. só estava analisando o lugar e as pessoas que faria parte da sua vida.
— não foi intencional, só ..
– cuide dos seus olhos, Juno, e muito bem.
Ela focou o olhar nas ruas.
Viu uma placa que indicava direções de vários estabelecimentos. Se aproximou da mãe.
__ Se lembra como é o arquipélago, mamãe?
__ Claro, Juno, muitas coisas devem ter mudado, mas eu sei que é um lugar bonito. As pessoas acham que o Havai é um amontado de ilhas e areias, mas o arquipélago é dividido em ilhas, cada ilha do Havai possui uma rede de estradas e ruas que conectam diversas áreas, permitindo o acesso a praias, parques, vilarejos e outros destinos. Na maioria das ilhas têm-se bancos, e o sistema bancário é bem estabelecido nas ilhas, com várias agências de bancos nacionais e regionais. Os bancos oferecem serviços bancários tradicionais, caixas eletrônicos e outros serviços financeiros. Honolulu, a capital de O'ahu, é particularmente densa em termos de presença bancária. Nas ilhas do Havaí, você encontrará uma variedade de comércios, desde pequenas lojas locais até grandes centros comerciais.
— mamãe, – Juno chamou.
Mas quando Hagabi estava nervosa, ela falava descontroladamente e sem pausas.
— Os restaurantes são lindos.As ilhas oferecem uma culinária única que combina influências asiáticas, polinésias e ocidentais. Os resorts são luxuosos.
— mamãe, mamãe, eu só fiz uma pergunta.
Hagabi parou.
— Ni’ihau é bonita assim? – Não precisa fazer uma descrição completa.
– Ni'ihau, também conhecida como a "Ilha Proibida", é uma das ilhas mais remotas do arquipélago do Havai e tem uma população muito pequena, Juno, a yakuza controla tudo.
Yan escutou a conversa.
— O acesso a Ni'ihau é restrito, porque lá tem um dono, por isso quase tudo está preservado.
O dono era Saiko.
__ Ni'ihau não possuia bancos grandes, nem centros comerciais ou estradas públicas pavimentadas. O transporte é principalmente por veículos off-road, e a ilha mantém um estilo de vida mais simples e tradicional. __ Yan acrescentou.
— Não é aberta ao turismo?
Saiko observou Yan.
— As visitas à ilha são estritamente controladas, e a privacidade e os modos de vida tradicionais dos habitantes são respeitados. A infraestrutura básica, como fornecimento de água e energia, é gerenciada por nós.
Pela Yakuza, tudo na ilha de Ni'ihau era comandando por Saiko e os seus homens.
— É guia turístico, Yan?
__ não senhor.
– Então faça a sua obrigação.
– Para onde eu dirijo? __ Yan perguntou para Saiko.
— Para a casa de Jee Lee.
Juno e Hagabi não sabiam se ficavam felizes, porque não estavam indo para casa de Saiko, ou se tremiam de medo.
Jee Lee era o pai de Hagabi e o avô de Juno, o senhor também deveria estar uma fera, por ter sido abandonado e a filha não ter retornado para casa.