Código de Honra: A Yakuza segue um código de ética e honra chamado "ninkyo", que enfatiza a lealdade, a coragem e a generosidade.
A lealdade à “família”.
A coragem diante do inimigo.
E a generosidade com as crianças que geraram. Este código, tem raízes na tradição samurai e busca manter a ordem e a disciplina dentro da organização.
Saiko Nakamoto não sabia o que era bondade, ninguém o ensinou e não sabia como ensinar sobre bondade para o filho adotivo, Yuri. O líder da Yakuza precisava de Juno para isso, ou ao menos precisava dela para que Yuri não se tornasse exatamente como ele, uma alma vagando por sangue e poder.
Na verdade, Saiko nem sabia se tinha alma,se tinha, já estava condenada ao inferno.
Era o próprio di@bo na terra.
Madrugada de chuva.
Juno estava em sua cama, mas o silêncio da noite era interrompido apenas pelo som irregular de suas respirações. Sabia da chuva lá fora, pelo vidro da janela do seu quarto.
A respiração irregular:
Era medo, já tinha sentido a sensação de medo latente outras vezes, mas estava ficando cada dia mais forte, conforme a data do seu casamento se aproximava.
Era noiva de Saiko Nakamoto, esse noivado já durava por 560 dias.
560 dias de medo, e a sensação a agarrava todas as noites e se estendia pela madrugada.
Não podia mais adiar o casamento.
Devia dormir, mas a insônia se agarrava a ela como uma sombra persistente, enquanto a ansiedade dançava em sua mente. Com o olhar fixo no teto escuro, Juno revelava uma tempestade de pensamentos tumultuados, todos concentrados no casamento iminente com Saiko, o líder da yakuza.
Em breve seria aprisionada em um mundo estranho de tradições que não escolhera. Já tinha adiado o casamento com todas as desculpas possíveis.
A pressão social e a influência da yakuza sobre sua vida não permitiam que ela vislumbrasse um futuro que fosse verdadeiramente seu.
Cada detalhe do casamento iminente parecia uma corrente apertando seu peito. A ideia de ser esposa do líder da yakuza carregava consigo não apenas um peso emocional, mas também o medo do desconhecido.
Ninguém sabia de fato o que acontecia na ilha de Ni’ihau
Juno questionava sua própria liberdade em um casamento que mais parecia uma prisão perpétua do qualquer outra coisa.
Enquanto a escuridão da noite persistia, a futura rosa da Yakuza debatia-se com suas próprias convicções e desejos. O casamento era iminente, mas sua relutância crescia como uma maré dentro dela.
Quando finalmente os seus olhos se fecharam, foi acordada por alguém se deitando em sua cama.
Ia pular da cama, mas foi segurada.
__ Sou eu, ninguém mais entraria.
Saiko.
__ O que faz aqui?
__ Vim dizer boa noite, noiva.
Noiva, simplesmente, porque aceitou uma flor, uma rosa vermelha. Caminhava no shopping quando Saiko ofereceu a rosa. Juno estava triste naquela época, mas aliviada, por ter se livrado de um namorado extremamente @busivo, que lhe b@tia e obrigava a ter relações sexu@is.
Ela pegou a flor, mas aquilo foi como se aceitasse um noivado.
Um m£mbro da yakuza só entregava uma rosa para a mulher com quem ia se casar.
Agora a sua realidade sombri@ estava deitado ao seu lado na cama.
Ele alisou o rosto dela e Juno tremeu sob aquele toque.
__ O desgr@çado £stuprou você e ainda assim esconde ele está? Vou ser obrigado a arrancar de você a verdade?
O antigo namorado de Juno, era dele que Saiko desejava saber, Saiko desejava saber onde Jackson estava, mas não podia contar.
Como contaria a Saiko que m@tou o seu primeir namorado, porque Jackson lhe bati@ e estup@va, não podia, porque tinha medo.
— Não pode ficar aqui. __ Juno reclamou.
__ Eu poderia passar a noite aqui, fazendo exatamente tudo o que eu quisesse, Juno. E ninguém me impediria.
— Por favor, Saiko. Ainda não nos casamos, não pode ficar em meu quarto.
Mas Saiko tirou o calçado escuro que usava, para ficar mais confortável. A puxou para mais perto dele.
Juno fechou os olhos fortemente, era com aquele homem que estava sendo obrigada a casar, tinha sido obrigada a tanta coisa, mesmo com dor, gritando não e chorando o antigo namorado não a escutava. E com Saiko seria pior, afinal, ele era inescrupulosos e vivia de acordo com a tradição japonesa mais antiga.
— Eu nunca deveria ter aceito aquela rosa.
__ A rosa foi só uma oportunidade, você já era minha.
Nem o conhecia antes disso.
— Durma.
— Você disse que a minha mãe poderia ir para a ilha.
—Disse. – Ele concordou.
— E pode?
— Pode. Vou organizar um casamento para ela.
Juno pulou sentada. A mãe dela nunca aceitaria.
— Ela não vai aceitar.
— Então, ela continua aqui. Eu ofereço uma pensão mensal, mas longe de você. Ela não entra em minha ilha, a sua mãe não entra nem para um passeio.
— Como pode fazer isso?
__ Fazendo Juno, a sua mãe é jovem, e alguns dos meus homens pediram a mão dela. Só preciso escolher entre um deles.
A mãe dela ainda completaria 40 anos.
Juno se deitou longe dele, mas foi puxada para perto.
— Se cort@r o cabelo para me provocar novamente, vai ter problemas, e acredite, não vai querer ter problemas comigo. Não comigo.
Ficaram sem silêncio.
— O seu nome é horrív£l. – Ela sussurrou.
Era para ter sido só um pensamento, mas saiu em voz alta.
Ele não respondeu, e Juno percebeu que ele dormia, tentou se soltar, mas o braço dele a prendeu, até dormindo Saiko estava era horrív£l, assim como o nome dele.
Ela demorou a dormir.
E pela manhã, acordou com ele em pé, mas o cansaço a venceu.
— Diga à sua mãe que eu espero uma resposta. E que é para ela contar a verdade para você.
– A verdade?
– Pergunte a ela Juno, ou eu conto do meu jeito.
Ele partiu, e Juno caiu na cama, sem forças, parecia que havia passado a noite nos braços dele, mas não dormindo.
Juno foi para o quarto da mãe.
O primeiro nome da mãe dela era Hagabi, e ela quase riu ao pensar que não podia falar do nome estranho de Saiko, mas não resistia.
Hagabi era ótima, mas tímida assim como Juno. Engravidou aos quatorze anos e lutou para não sucumbir sendo mãe tão jovem.
A noiva de Saiko ia perguntar à mãe sobre a verdade que o noivo apontou.