Adrenalina

1354 Words
Sara, Se passou uma semana desde que sai da casa dos meus pais e estou morando com o Vitor. Vitor ligou pra nossa mãe e contou que estamos juntos, que sua casa ficou pronta e eu estava indo morar com ele. Minha mãe chorou disse está se sentindo surpresa e triste com isso. Não esperava que algo assim pudesse acontecer entre nós dois, afinal, sempre fomos criados juntos, e ela nos vê como irmãos. Após nossa conversa ela compreendeu que estamos apaixonados e queremos viver nosso momento. Agora meu pai, esse foi a minha decepção, eu não esperava que ele aceitasse fácil o nosso relacionamento, mas poderia respeitar nossa decisão. Sabe aquele pai que sempre conversa de tudo, sempre compreende, sempre mima. Esse era o meu pai . O homem que estava ao outro lado da linha, eu o conheci hoje. Diferente daquele que me criou até agora, eu estava diante de uma pessoa fria e calculista, tentando me impor as suas vontades em prol do seu negócio, e quando viu que eu não iria aceitar, criou uma confusão pela chamada de vídeo. Ofendeu o Vitor, acusou o próprio filho de ter me seduzido, como se eu fosse tão ingênua assim. Tirou minha mesada, e aos berros disse que o filho atrasou seus negócios, que daquele momento em diante, ele não tinha filhos. Estava cortando as relações conosco. Pois nunca viu irmãos ficarem juntos como marido e mulher. Antes de desligar, nos ameaçou. Deixou claro para aguentar as consequências dos nossos atos, afinal, tinha prometido minha mão ao Pitbull. E o Vitor esse estava comprometido com a filha mais velha do PH. Vitor a todo momento, tentava me acalmar. Mas era em vão, eu nunca imaginei que o meu pai, alguém que eu sempre vi como herói, foi duro, c***l ao saber que estavamos apaixonados e decidimos viver esse romance. Nunca imaginei que ele pudesse ter coragem de me entregar para um velho arrogante, cheio de mulher, nojo só de imaginar um casamento com o Pitbull. Apesar de tudo, Vitor deixou claro que é comigo que quer ficar e irá lutar por isso. Fiquei bastante nervosa, Fomos ameaçados sem nenhum tipo de pudor. Diante dessa confusão, Vitor desligou o celular e me beijou. Bastou o toque dos seus dedos em contato com a minha pele, para enviar uma onda de eletricidade para todo meu corpo, fazendo minha i********e formigar. Acabei soltando um gemido e ele sorriu, me possuindo ali, na minha cama, de todas as maneira possíveis, sem se importar com o amanhã. O nervoso deu lugar ao t***o, ao desejo, ao amor. Nos entregamos e curtimos o momento, três horas depois, estávamos saindo da casa de nossos pais, rumo a nossa nova vida. Hoje é sábado meu nível de nervoso chegando a cem porcento, serei apresentada como a primeira dama da comunidade, sei que muitos irão nos julgar nem aí pra isso. Converso com a dona Maria enquanto ela prepara algumas comidas para armazenar. Dona Maria veio trabalhar aqui três vezes na semana e quando nossos pais chegarem, veremos o que fazer. Vitor é todo desconfiado, duvido deixar estranho trabalhar aqui. Eu contei pra vocês que ele foi investigar toda vida da Clarinha. Esse homem não existe, risos . As meninas são super fofas e me apoiaram, acabaram aceitando ficarem no camarote comigo, Priscila ficou de passar aqui com a Clarinha e vamos juntas. Termino de ajudar na cozinha e vou descansar. Estou super na dúvida em qual roupa usar, mas vou optar por um vestido vermelho colado no corpo, tem uma transparência no meio dos s***s e para na altura do umbigo, uma sandália dourada com amarrações na perna e é isso. Acabo pegando no sono, acordo eram nove da noite com uma mão na minha cintura, e aquele cheiro maravilhoso que eu nem preciso virar, para saber quem é. Dou um beijo em seu pescoço e vamos tomar banho juntos, rola uma rapidinha no box, eu passo hidratante por todo o corpo e coloco minha roupa e as sandálias, separo alguns acessórios: argolas, cordões, anéis, relógio e pulseiras douradas, meu perfume de sempre. Dessa vez não passei muita coisa no rosto, acho que menos é mais. Fiz um delineado de gatinho, rímel, blush pra da uma corada nas bochechas e um protetor labial da babaloo que sou apaixonada. -É hoje que mato o primeiro que te olhar! - Mata nada, vem, vou preparar um lanche antes de sair. As meninas chegaram e comemos todos juntos. Mandei bem no sanduíche natural com suco de maracujá. Eram onze e quarenta quando saímos de casa na direção da quadra. Descemos do carro com vários olhares sobre nós. Os seguranças fizeram um corredor na direção do camarote abrindo espaço para que o Vitor pudesse passar. Eu nunca me senti tão nervosa como estou agora. Depois de uma sequência de músicas o Vitor pega o microfone e começa falar: - "Boa noite comunidade, como todos sabem eu tive uma irmã assassinada há alguns anos atrás e por conta de problemas de saúde, minha mãe não podia mais gerar uma criança e foi até um orfanato e adotou a Sara. Desde então, ela passou a morar lá em casa. Tem um tempo que nossos sentimentos foram mudando e acabamos se envolvendo, nossos pais não concordaram muito e é isso aí mesmo. Estamos juntos e hoje venho apresentar pra vocês, a minha mulher, a dona do meu coração e patroa dessa p***a toda aí. Vem cá Sara . - Meu coração batia tão forte que m*l eu conseguia andar, senti seus brancos me envolverem e algumas pessoas aplaudindo. Fiquei áli ouvindo o final do seu discurso - Espero aí pode contar com o respeito de vocês afinal palavra dela aqui é ordem e sem gracinha com a minha mulher, ou mando pro desenrolo. - Assim que ele finaliza o discurso, ouvimos os fogos e uma rajada de tiros, sinalizando uma invasão. Vitor estava nervoso e me puxa até o seu peito. - Vai com as meninas e o p**a p*u. Ele vai colocar vocês no cofre, e Assim que essa confusão acabar eu vou até vocês. Não abre pra ninguém entendeu, só ao ouvir minha voz. - Se cuida meu amor, eu vou te esperar, ele sai correndo e p**a p*u nos tira dali pela lateral do palco, tem um carro nos aguardando. Ele dirige até a casa de meus pais e tranco o cofre, só não entendi o Vitor ter nos trazido pra cá, se nossa casa tem cofre. A Clara chora muito, perdeu o costume de presenciar essas invasões. Eu fico ali quietinha pedindo a Deus que acabe tudo bem e ele volte pra mim inteiro. Lembro da câmera que meu pai instalou, daqui consigo acompanhar a movimentação em tempo real. Ligo o sistema das câmeras e vou olhando os meninos descerem atirando. Os botas não conseguiram avançar, estão em minoria, ainda bem que Vitor investiu em segurança. Noto que o grupo do Vitor está indo para o mesmo beco onde tem três policiais escondidos, vão pegar ele de surpresa. Não penso duas vezes, saio do cofre as pressas, tranco as meninas, entro no quarto dos meus pais e pego uma pistola que fica no cofre. Corro o mais rápido que consigo em direção à parte dos fundos da casa, daqui posso ouvir os tiros e meu coração bate acelerado, não posso deixar ele ser pego. Em meio a adrenalina vou correndo pelas vielas até me deparar com o grupo do Vitor, Mas não dá tempo de fazer muita coisa, eles já entraram no beco, eu corro sacando a arma e atiro no mesmo momento que o policial se levanta para efetuar um disparo. Eu consigo empuro o Vitor para trás de um carro estacionado. Eu o vejo o policial cair, as aulas de tiro sem sentido do meu pai, serviram pra alguma coisa. Os homens do Vitor começam a atirar e os dois PMs se escondem. - O que você veio fazer aqui meu amor, está louca. - Eu os vi na câmera, digo e nesse momento minha visão fica embarsada e não enxergo nada.
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