Sara,
Se passou uma semana desde que sai da casa dos meus pais e estou morando com o Vitor.
Vitor ligou pra nossa mãe e contou que estamos juntos, que sua casa ficou pronta e eu estava indo morar com ele.
Minha mãe chorou disse está se sentindo surpresa e triste com isso.
Não esperava que algo assim pudesse acontecer entre nós dois, afinal, sempre fomos criados juntos, e ela nos vê como irmãos.
Após nossa conversa ela compreendeu que estamos apaixonados e queremos viver nosso momento.
Agora meu pai, esse foi a minha decepção, eu não esperava que ele aceitasse fácil o nosso relacionamento, mas poderia respeitar nossa decisão.
Sabe aquele pai que sempre conversa de tudo, sempre compreende, sempre mima.
Esse era o meu pai .
O homem que estava ao outro lado da linha, eu o conheci hoje. Diferente daquele que me criou até agora, eu estava diante de uma pessoa fria e calculista, tentando me impor as suas vontades em prol do seu negócio, e quando viu que eu não iria aceitar, criou uma confusão pela chamada de vídeo.
Ofendeu o Vitor, acusou o próprio filho de ter me seduzido, como se eu fosse tão ingênua assim.
Tirou minha mesada, e aos berros disse que o filho atrasou seus negócios, que daquele momento em diante, ele não tinha filhos.
Estava cortando as relações conosco. Pois nunca viu irmãos ficarem juntos como marido e mulher.
Antes de desligar, nos ameaçou. Deixou claro para aguentar as consequências dos nossos atos, afinal, tinha prometido minha mão ao Pitbull.
E o Vitor esse estava comprometido com a filha mais velha do PH.
Vitor a todo momento, tentava me acalmar. Mas era em vão, eu nunca imaginei que o meu pai, alguém que eu sempre vi como herói, foi duro, c***l ao saber que estavamos apaixonados e decidimos viver esse romance.
Nunca imaginei que ele pudesse ter coragem de me entregar para um velho arrogante, cheio de mulher, nojo só de imaginar um casamento com o Pitbull.
Apesar de tudo, Vitor deixou claro que é comigo que quer ficar e irá lutar por isso.
Fiquei bastante nervosa, Fomos ameaçados sem nenhum tipo de pudor.
Diante dessa confusão, Vitor desligou o celular e me beijou.
Bastou o toque dos seus dedos em contato com a minha pele, para enviar uma onda de eletricidade para todo meu corpo, fazendo minha i********e formigar.
Acabei soltando um gemido e ele sorriu, me possuindo ali, na minha cama, de todas as maneira possíveis, sem se importar com o amanhã. O nervoso deu lugar ao t***o, ao desejo, ao amor. Nos entregamos e curtimos o momento, três horas depois, estávamos saindo da casa de nossos pais, rumo a nossa nova vida.
Hoje é sábado meu nível de nervoso chegando a cem porcento, serei apresentada como a primeira dama da comunidade, sei que muitos irão nos julgar nem aí pra isso.
Converso com a dona Maria enquanto ela prepara algumas comidas para armazenar.
Dona Maria veio trabalhar aqui três vezes na semana e quando nossos pais chegarem, veremos o que fazer. Vitor é todo desconfiado, duvido deixar estranho trabalhar aqui.
Eu contei pra vocês que ele foi investigar toda vida da Clarinha. Esse homem não existe, risos .
As meninas são super fofas e me apoiaram, acabaram aceitando ficarem no camarote comigo, Priscila ficou de passar aqui com a Clarinha e vamos juntas.
Termino de ajudar na cozinha e vou descansar. Estou super na dúvida em qual roupa usar, mas vou optar por um vestido vermelho colado no corpo, tem uma transparência no meio dos s***s e para na altura do umbigo, uma sandália dourada com amarrações na perna e é isso.
Acabo pegando no sono, acordo eram nove da noite com uma mão na minha cintura, e aquele cheiro maravilhoso que eu nem preciso virar, para saber quem é.
Dou um beijo em seu pescoço e vamos tomar banho juntos, rola uma rapidinha no box, eu passo hidratante por todo o corpo e coloco minha roupa e as sandálias, separo alguns acessórios: argolas, cordões, anéis, relógio e pulseiras douradas, meu perfume de sempre.
Dessa vez não passei muita coisa no rosto, acho que menos é mais. Fiz um delineado de gatinho, rímel, blush pra da uma corada nas bochechas e um protetor labial da babaloo que sou apaixonada.
-É hoje que mato o primeiro que te olhar!
- Mata nada, vem, vou preparar um lanche antes de sair.
As meninas chegaram e comemos todos juntos. Mandei bem no sanduíche natural com suco de maracujá.
Eram onze e quarenta quando saímos de casa na direção da quadra. Descemos do carro com vários olhares sobre nós.
Os seguranças fizeram um corredor na direção do camarote abrindo espaço para que o Vitor pudesse passar.
Eu nunca me senti tão nervosa como estou agora.
Depois de uma sequência de músicas o Vitor pega o microfone e começa falar:
- "Boa noite comunidade, como todos sabem eu tive uma irmã assassinada há alguns anos atrás e por conta de problemas de saúde, minha mãe não podia mais gerar uma criança e foi até um orfanato e adotou a Sara. Desde então, ela passou a morar lá em casa.
Tem um tempo que nossos sentimentos foram mudando e acabamos se envolvendo, nossos pais não concordaram muito e é isso aí mesmo. Estamos juntos e hoje venho apresentar pra vocês, a minha mulher, a dona do meu coração e patroa dessa p***a toda aí.
Vem cá Sara .
- Meu coração batia tão forte que m*l eu conseguia andar, senti seus brancos me envolverem e algumas pessoas aplaudindo.
Fiquei áli ouvindo o final do seu discurso
- Espero aí pode contar com o respeito de vocês afinal palavra dela aqui é ordem e sem gracinha com a minha mulher, ou mando pro desenrolo.
- Assim que ele finaliza o discurso, ouvimos os fogos e uma rajada de tiros, sinalizando uma invasão.
Vitor estava nervoso e me puxa até o seu peito.
- Vai com as meninas e o p**a p*u. Ele vai colocar vocês no cofre, e Assim que essa confusão acabar eu vou até vocês. Não abre pra ninguém entendeu, só ao ouvir minha voz.
- Se cuida meu amor, eu vou te esperar, ele sai correndo e p**a p*u nos tira dali pela lateral do palco, tem um carro nos aguardando. Ele dirige até a casa de meus pais e tranco o cofre, só não entendi o Vitor ter nos trazido pra cá, se nossa casa tem cofre.
A Clara chora muito, perdeu o costume de presenciar essas invasões. Eu fico ali quietinha pedindo a Deus que acabe tudo bem e ele volte pra mim inteiro.
Lembro da câmera que meu pai instalou, daqui consigo acompanhar a movimentação em tempo real.
Ligo o sistema das câmeras e vou olhando os meninos descerem atirando.
Os botas não conseguiram avançar, estão em minoria, ainda bem que Vitor investiu em segurança.
Noto que o grupo do Vitor está indo para o mesmo beco onde tem três policiais escondidos, vão pegar ele de surpresa.
Não penso duas vezes, saio do cofre as pressas, tranco as meninas, entro no quarto dos meus pais e pego uma pistola que fica no cofre. Corro o mais rápido que consigo em direção à parte dos fundos da casa, daqui posso ouvir os tiros e meu coração bate acelerado, não posso deixar ele ser pego.
Em meio a adrenalina vou correndo pelas vielas até me deparar com o grupo do Vitor, Mas não dá tempo de fazer muita coisa, eles já entraram no beco, eu corro sacando a arma e atiro no mesmo momento que o policial se levanta para efetuar um disparo.
Eu consigo empuro o Vitor para trás de um carro estacionado.
Eu o vejo o policial cair, as aulas de tiro sem sentido do meu pai, serviram pra alguma coisa.
Os homens do Vitor começam a atirar e os dois PMs se escondem.
- O que você veio fazer aqui meu amor, está louca.
- Eu os vi na câmera, digo e nesse momento minha visão fica embarsada e não enxergo nada.