Capítulo 6

883 Words
Pilar Basstilee Queiroz Savar — Irmã estou tão feliz por ter encontrado seu príncipe dos contos que sempre lia, dá para notar que o Marquês te ama. — Disse Juliette enquanto eu esfregava a barriguinha saliente dela, tocando no seu milagre, uma vida foi feita através da união dela e do seu esposo Visconde Esteban Gutierrez Sanches. Ele conversava um pouco distante com o meu esposo, eles por sua vez não tiravam os olhos de nós duas. Os dois homens que entraram para a nossa família, embelezando ainda mais ela. Levantaram a taça de champanhe e nós a nossa. Juliette toda melosa com o seu Visconde e ele idem, ela brindou com suco de laranja. Danna se aproximou tocando na barriga de Juliette, dei espaço a ela, queríamos muito virar titias. — Estou feliz por vocês irmãs. Pilar escolheu muito bem, pois prevejo um casamento muito interessante para o gosto dela. — Como assim? — Perguntei estranhando sua afirmação. — Esqueceram que eu vejo além... — Do que os olhos podem ver. Eu e Juliette completamos rindo, repetindo a sua frase predileta. — Pilarzinha. Retirou a mão que apalpava a barriga da nossa irmã, pondo as mãos na cintura toda espertinha. — Se quisesse um casamento monótono, sem graça e cotidiano escolheria o cavalheiro. — Disse fazendo uma cara de tédio. — Como eu temi que escolhe-se ele. Aff! Revirou os olhos. — Mas... — Ela sorriu olhando-me. — ... Você me surpreendeu quando escolheu o Marquês. Quando o conheci naquele dia, vi que o nobre têm mistérios escondidos dentro da alma, realmente tinha um olhar triste, porém aos poucos notei seu olhar ganhando vida por causa de ti minha irmã. Será a salvação dele. Falou e saiu, nos deixando de boquiaberta. — Nossa, essa menina sempre me deixa assim quando fala essas coisas. Consegui dizer. — Danna só tem dezesseis anos. Contudo, quando for a vez dela a se casar. Vai dar trabalho. Ela é muito sensitiva e com a alma livre. — Comentou Juliette. — Tenho medo dela cumprir o que sempre ameaça fazer quando... Mirei ela conversando com amigas da idade dela, rindo de alguma coisa. — Que vai fugir. Falamos as duas ao mesmo tempo. — Deve ser um blefe. Eu que tinha motivos, não fugi, permaneci e me casei... e nunca me arrependi disso. Alisou a barriga e seu esposo apaixonado se aproximou a tomando em seus braços, beijando sua testa. Eles eram tão lindos juntos. — Posso roubar minha Viscondessa um pouquinho cunhada? Um completava o outro, a felicidade estampada nas suas carinhas. — Claro cunhado. Parabéns ao casal pelo rebento. — Obrigado. Senhora Marquesa. Sorri por causa da senhora e pelo título de Marquesa. — Eu também te felicito pelo seu matrimônio. O Marquês é um nobre muito respeitador e inteligente. Nas reuniões do parlamento suas idéias são sempre inovadoras e inspiradoras. — Então o conheceu no parlamento Visconde? — Na verdade somos conhecidos através das famílias, porém somente troquei umas palavras com ele quando tomou posse do seu título, há um ano atrás, e fez o seu primeiro discurso no parlamento. — Respondeu o Visconde normalmente. Em seguida pediu licença para levá-la. Antes eu e minha irmã nos despedimos, pois se sentia cansada além da conta e precisava descansar. O Visconde monitorava ela e sabia quando precisava repousar, ou era motivo para ficarem a sós. Esses pombinhos apaixonados... Meu Marquês aproximou-se e me tomou nos seus braços calorosos, ficou mirando-me incansavelmente. — Obrigado. — Pelo quê? — Por ser a minha salvação. Na hora abri a boca, espantada, lembrando o que Danna havia acabado de comentar. — Po- Por que diz isso? Marquês. — Verás. Marquesa. A festa prosseguiu até a noite, encerrando com uma dança coletiva. Nos despedimos de todos, meus pais e Danna foram os últimos a irem embora. Entramos para o nosso lar e reparamos além dos presentes de casamento espalhados na saleta, uma cesta de frutas no meio dela. Aproximei e peguei o cartão em cima dela. Dizia... "Meus parabéns ao casal. Senhor e Senhora Marquesa, espero um casamento feliz e que nada desse mundo atrapalhe essa perfeita e graciosa união. Com comprimentos. Senhor Dillan Falcão,o ferroviário" Nos entreolhamos sem saber o que dizer e de repente me colocou em seus braços fortes, no colo. E levou ao nosso quarto, subindo os degraus da escada como se eu não pesasse nada. Chegando, abriu a porta, encostando o ombro, passamos por ela. Admirei o quarto de princesa; branca, com detalhes femininos em tons de lilás, inclusive a cama. — Tú gostaste minha rainha? — Sim... Me colocou no chão, andei tocando nos móveis, na cama com dosel. O aposento tinha cheiro de rosas. Virei para ele. — Vou deixá-la aqui para se aprontar. A sua criada pessoal irá ajuda-la. Tudo bem? Precisa de algo mais? Julian é tão lindo. — Não. Meu Senhor. Só precisava dele. — Não precisa me chamar de Senhor, só de "meu Marquês" Aprecio, principalmente quando diz que sou teu. Vou estar do outro lado dessa porta. Olhei para a direção que levava para o seu quarto. Era comum entre os nobres cada um ter os seus aposentos pessoais. — Sim. Meu Marquês. Ele fez uma breve reverência e saiu, logo em seguida uma jovem senhora entrou. Continua...
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