PESADELO NARRANDO:
- É tá bonita até demais né? - falei sério e ela sorriu. - Tá linda, filha, linda mesmo!
- Obrigada, papai. - Sorriu e me abraçou .
Fiquei ali babando na minha filha porque eu sou bobo pra c*****o com essas meninas.
- E a Giulia, quando que eu vou ver minha filha? isso se eu ainda puder né. - Perguntei pra Alice.
- Quando você quiser, amor, quando quiser. Mas hoje me pai pediu pra ficar com elas e eu achei que não tinha problema. - explicou e eu fiquei quieto.
Só concordei porque não queria começar a falar e no final falar demais.
Depois de um tempo o Terror chegou pra pegar a Larissa e ficou lá no carro mesmo. A Larissa me deu tchau e a Alice desceu com ela.
Não demorou nem dez minutos e a Alice entrou no quarto e sorriu pra mim.
- Acho que nem quando nos conhecemos, foi só nós dois né? - Falou e sorriu e de lado.
- Como assim? isso é r**m pra você? - Perguntei sem entender de que lado ela estava falando.
- Não, nunca vai ser. Mas as vezes eu pensava nisso e queria um momento só com você. - explicou e eu concordei.
- Entendi. Eu fico com ciúmes das meninas não estarem com a gente.
- Relaxa, vida. Não é como se elas estivessem na balada com alguns caras e fossem - começou a falar e eu cortei ela pra não ter que imaginar coisa desnecessária.
- Para, para que eu não quero nem ouvir e muito menos imaginar isso. - Falei sério e ela começou a rir.
- Ia sair sem pensar. - Falou rindo e eu neguei. - Eu te amo tanto e tenho dó das nossas filhas com todo esse ciúme e ainda tem o avô e os tios.
- é p******o pô, não tem nada a ver com ciúmes.
- EU sofri muito com esse tipo de p******o viu? mas sofri ainda mais com o que meu pai tentou evitar e eu não liguei. - Falou e suspirou.
- Viu? por isso que as minhas filhas não vão querer saber de nada disso. - Falei e a Alice começou a gargalhar.
- Não vou te falar a verdade porque você vai sofrer por antecipação. - Falou quando parou de rir e se esticou nas minhas pernas. - Vamos assistir alguma coisa?
- A gente podia ir jantar e pegar uma pernoite né? - Falei e ela balançou a cabeça.
- huuum, que tudo. Eu topo! Vamos jantar onde? - Perguntou animada.
- Tanto faz pra mim, pode escolher.
- ai amor, vamos no de sempre porque a gente sabe que vai dar bom. - Falou e se arrumou nas minhas pernas pra me olhar direito. - Vamos tomar um banho comigo. - me chamou e levantou.
Tomamos banho juntos mas foi só no carinho porque ela pediu né? por mim não tem problema nenhum, poderíamos t*****r agora e no motel.
- Ai vida, para com isso. - Falou baixo e quase em um gemido quando eu prendi ela contra a penteadeira.
- Paro não pô, tô querendo você pra c*****o, vida! - Falei baixo contra o pescoço dela.
- A gente não vai conseguir chegar no restaurante e ai... - suspirou quando eu coloquei um dedo nela. - Bem rapidinho, tá? - eu concordei virando ela pra mim e depois sentei ela na bancada da penteadeira.
(...)
Ela falou que era pra ser rápido e no final quem não parava era ela. Já era mais de dez da noite quando ela terminou de se arrumar e sorriu pra mim.
- Tô bonita? - Perguntou com a mão na cintura.
- Gostosa pra c*****o. Eu fico até judiado contigo. - Falei e puxei ela pela cintura.
- Para de me olhar assim, amor. - falou com vergonha e eu sorri.
É f**a esse jeitinho dela. Mesmo com todo esse tempo, ela fica com vergonha as vezes.
Entramos no carro e saímos da favela.
- A gente podia marcar uma viagem em família né? - Sugeriu.
- Pra onde tu quer ir? - Perguntei.
- Queria ir pra Trancoso. Fui com a minha mãe uma vez lá é incrível.
GIULIA NARRANDO
13 ANOS DEPOIS:
- Ué pai, por que eu não posso ir? - Perguntei sem entender mesmo.
- Porque não ué, já falei que não vai. Tá insistindo na mesma coisa? - Meu pai falou sem muita paciência.
- Mas pai... - Tentou argumentar mas o Rian me interrompeu.
- Não deixa mesmo não pô. Ela quer ir porque o moleque lá tá chamando. - Falou e eu arregalei os olhos.
- Minha mãe deixou eu ir. - Falei e o Rian ficou me encarando.
- E o Gustavo? - meu pai perguntou porque já sabia a resposta. -
- Essa é a sua vez e você sabe bem que ele é igual o senhor. Por vocês eu não posso fazer nada nunca! - Falei já sem paciência porque toda vez é a mesma luta.
- Tu tem só 15 anos e já quer sair fazendo tudo. Não tem nada que estar saindo por aí não, tem nada de bom na rua. - Falou e eu revirei os olhos.
- O Rian vai. Por que eu não posso?
- Porque ele sabe se cuidar e da última vez que você saiu com ele, voltou depois dele. - relembrou e eu segurei a risada.
- Porque eu saí mais cedo e dormi na casa da minha amiga ué. - Expliquei o que já tinha falado várias outras vezes.
- Não tem nada de ué não, já falei que não.
- As meninas da tua sala não vai tudo pro shopping? Vai com elas. - o Rian se meteu outra vez e meu pai concordou.
- Não to falando com você, Rian. Fica na sua! Vai pai, eu juro que vou ficar quietinha e chamo a Larissa pra ir comigo, o senhor sabe que ela cuida de mim.
- Tu podia ser igual sua irmã ne? Não gosta de sair, fica na dela estudando.
- Mas eu sou eu! - Falei chateada - Não precisa deixar eu ir mais não e eu estudo muito. Essa festa é prova disso! - Falei porque a festa seria de comemoração pra quem foi aprovado.
- Você entendeu errado, para com isso. Para com essa cara, Giulia. - meu pai falou sério e eu fiquei quieta e sentei no sofá.
Que d***a viu, não tem nada que eu odeie mais do que quando alguém fica me comparando.
- Ein filha, tô falando com você. - Sentou do meu lado e a Laysa que estava no outro lado me olhou por um tempo mas ficou quieta. - Eu falo pro seu bem, tu sabe o tanto que eu te amo e quero te proteger.
- Amor, deixa ela ir. Confia nela! - falou baixo e ele ficou quieto. - Deixa ela te mostrar que você pode confiar nela.
- Você sabe como é essas coisas pô, tu sabe bem porque já teve essa idade. Minha filha vai fazer o que no meio dessas coisas?
- Vai viver né? Todo mundo precisa viver. Ela só vai comemorar o fim do ano letivo com os amigos e vai voltar bem pra casa. Né Giulia? - Me olhou e eu concordei com a cabeça.
- Lógico tia, sempre! - Falei séria porque era a verdade.
- Beleza... mas eu te quero em casa até meia noite, entendeu?
- Vai começar dez e meia. - Falei séria.
O que eu faria com uma hora e meia de festa?
- Ótimo. Dá tempo de falar com todo mundo, curtir um pouco e voltar pra casa pra ficar com o seu pai aqui.
Olhei pra Laysa e ela suspirou.
- Pode ser a 1 e meia?
- Tu abusa né menina? Vou mandar seu irmão te buscar esse horário e não quero dor de cabeça, entendeu? - Perguntou sério.
- Ainda vai sobrar pra mim. - O Rian reclamou e eu forcei um sorriso pra ele.
- Para de ser chato e ajuda a sua irmã! - A tia Laysa falou e eu sorri.
- Eu falo porque amo essa garota. - beijou minha cabeça e depois minha bochecha. - Vamos tomar um açaí lá na praça? Sua amiga mandou te chamar.
Eu revirei os olhos porque é um porre isso dele ficar saindo com as minhas amigas.
- Seu amigo vai? - Falei só pra provocar e meu pai empurrou minha cabeça.
- Tu não falou isso do meu lado não né? - Meu pai perguntou fechando os olhos.
- Só brincadeira, pai! - Beijei a lateral da cabeça dele e pulei do sofá pra ir tomar meu açaí.
Sai de casa abraçada com o Rian e ele falando com todo mundo como de costume.
No caminho vi meu vô e parei pra dar um beijo no meu velhinho.
- Abaixa esse shorts. Tá muito curto essa p***a! - Falou assim que bateu o olho em mim.
- Não tem nada curto. - Falei pro meu avô.
- Tá curto sim, se eu tô falando que tá é porque tá! Tu não viu isso não? - perguntou pro Rian e ele me encarou.
- Não adianta falar não, ela fica se fazendo!