4

1134 Words
GIULIA NARRANDO: Giulia: Não tem ninguém se fazendo. Só que não tá curto. Terror: Eu falei que tá, seu irmão também e só tu tá falando que não. Tu subindo e todo mundo te olhando, tá curto e pronto. Giulia: Tá bom. - Falei só pra encerrar esse papo - passei só pra dar um beijo no senhor. Perguntei da minha vó e ele disse que ela estava bem, mas estava com saudades, pra eu ver ela antes de voltar pra casa da minha mãe. Rian: Eu não vou lá não. Depois te deixo lá na sua vó e você desce lá pra casa. Giulia: Vai lá comigo sim, não vou demorar e você sabe que eles gostam de você. Para com isso. Rian: Seus primos ficam me olhando torto. Não vou pô, tenho que aguentar isso não. Giulia: Ninguém te olha torto, o Matheus só brigava com você porque você era folgado com ele. Rian: Folgado não pô, elenques mandar em você mais do que eu. Giulia: E no final nenhum de vocês mandam. - Forcei um sorriso e sentei na cadeira da primeira mesa. Rian: Ata pô, acredita nisso sim. - Debochou e sentou na minha frente. Não demorou muito pra Ana chegar. Conversamos muito até a Ana precisar ir embora porque iria pro Baile hoje. Pois é, todo mundo se arrumando pro baile e eu vou pra casa porque não posso nem pensar em ir. Passei na minha vó e o Rian entrou mesmo sem querer porque ela insistiu muito. Melissa: Tem aquele bolo que você gostava quando era criança, quer? - perguntou pro Rian. Rian: Obrigado mesmo, mas não quero não. Tô ótimo! - negou e ficou encostado na parede com as mãos no bolso. Melissa: vou colocar em um pote então e você come em casa. - Falou já pegando o pote e o bolo. O Rian sorriu e agradeceu. Minha vó era tão linda, já vi fotos dela com a idade da minha mãe e minha mãe é idêntica. Eu sou a cara da minha mãe, então até mais velha vou ser gata. Que ótimo! Sorri com o pensamento e minha vó me abraçou de lado. O tanto que eu amo minha família não tá nem escrito. Que saudade de quando eu vivia correndo por aqui com o meu primo e meus irmãos. Ficamos até tarde ali, mas o Rian me chamou porque eu iria embora hoje e ele tinha que se arrumar porque vai sair. O carro que meu pai sempre manda pra me buscar parou na frente de casa e eu entrei e fui em silêncio da hora que sai até a hora em que chegamos na minha casa. Agradeci e ele só balançou a cabeça. Pesadelo: Finalmente né? Achei que tinha esquecido que a gente existe. Giulia: Nunca né, meu amor maior é o senhor. Estava morrendo de saudades. - Sorri e sentei na perna do meu pai. Minha mãe já cruzou os braços e eu sorri. Giulia: E a senhora fica do lado, amo do mesmo tanto. Eu amo essa família enorme e meio bagunçada que eu tenho. Larissa: Vai sair hoje? - Desceu arrumando o cabelo em um coque desarrumado mas que deixava ela ainda mais linda. Giulia: Não, vou ficar aqui com vocês. Larissa: Vamos assistir comigo então. - Chamou passando pra cozinha e eu levantei. Giulia: Vamos assistir o que? A Larissa é minha fiel conselheira. Me ajuda em tudo, tudo mesmo. E eu acho lindo o foco que ela tem pra fazer tudo bem feito. Mas sou diferente sim. GIULIA NARRANDO: Acordei empolgada porque hoje seria o dia da festa. Sai bem cedo pra comprar minha roupa, sapato e a bolsa. Quando cheguei em casa meu pai estava no portão conversando com o menino bonitinho que faz a segurança da minha janela. Pesadelo: c*****o, que tanto de sacola é esse? - Perguntou assim que bateu o olho em mim e eu forcei um sorriso. Agradeci o menino que tinha me levado lá e falei com o que estava falando com o meu pai. Giulia: Minha roupa da festa. - Sorri e entrei pra casa depois de dar um beijo na bochecha dele. Não demorou muito e meu pai entrou me chamando. Pesadelo: Como assim Giulia, que festa que tu vai? Quem deixou? Giulia: Do pessoal do colégio. Meu pai Thiago deixou, era a vez dele. No começo era uma luta pra minha mãe convencer os dois de me deixarem fazer as coisas. Até que um dia começaram a meio que revezar e concordaram que um não podia tirar a ordem do outro. Acabou que ficou uma vez pra cada pai, então se dessa vez eu falei com o Thiago, da próxima preciso pedir pro Gustavo. Deu pra entender né? Pesadelo: E tu nem me fala nada? Acordei e nem vi que tu não estava em casa, achei que tu tava dormindo até agora e tu batendo perna na rua. Giulia: Eu te mandei mensagem, pai. Quando eu sai o senhor já estava na rua, mas eu mandei mensagem. Pesadelo: Beleza, já entendi! - Resmungou alguma coisa que eu não entendi. - Some da minha frente com essas coisas. Tu pagou isso como? Giulia: No cartão do Thiago, o que ele deixa comigo. Pesadelo: Ué, e o que eu deixo com você? Não é nem dia 5, já estourou tudo? Giulia: Não, mas usei esse hoje. - Falei e ele ficou quieto. Eu sei que mesmo tentando não reclamar e aceitar, meu paizinho odeia a ideia de ter que "dividir" a filha, ver que eu peço as coisas pra outra pessoa, que vou passar alguns finais de semana por lá. Giulia: Eu te amo viu? Amo muito mesmo! - mandei um beijo e subi correndo pro quarto. Minha mãe não estava em casa porque vai todos os dias pra academia. Normalmente eu vou com ela, mas hoje ela foi só com a Lari mesmo. Deixei as sacolas no chão e deitei pra dormir mais um pouco. Acordei já era oito horas e com a Rebeca me ligando pra me acordar mesmo. Rebeca: Acorda logo, já te liguei duas vezes. Giulia: Eu nem escutei nada tocando. Vou levantar pra tomar banho e quando estiver pronta te aviso. Tomei meu banho, fiz meu cabelo, maquiagem e antes de me vestir pedi pro meu pai chamar o menino que iria me levar. Avisei meu pai Thiago que não precisava que o Rian fosse me buscar porque tem o motorista aqui e ele sempre fica me esperando quando me leva em algum lugar. Coloquei meu vestido e meu saltinho. Joguei o que ia precisar na bolsa e desci pra poder ir logo. Já era 22:45 Pesadelo: Quem vai te levar é o cara que fica na sua janela. Não quero você de papinho fiado viu?
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD