DEPOIS DO AMOR [M]

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THIAGO NARRANDO:

- Só cuidar, pô. Quanto mais gente tiver pra cuidar de tu, é melhor. - Falei pra Giulia e ela abriu um meio sorriso.

- então você também vai cuidar de mim. - Sorriu e e concordei sorrindo também.

Caralho, minha maior felicidade é isso aqui. Meus dois filhos aqui comigo na maior paz e sossego.

- Pai, minha mãe disse que hoje é pra eu dormir com você. - Correu pro meu lado. Acho que tinha lembrado só agora.

Tem uns tempos que eu e a Laysa voltamos a nos envolver e nem eu acreditei. Mas esses dias aí ela pegou birra da minha cara e disse que não queria mais nada, que eu estava fazendo ela de palhaça.

- Sua mãe adora tirar uma com a minha cara né? não vai dormir na minha casa não, porque vamos dormir nós dois lá na casa dela com ela. - Falei pra ele e ele sorriu animado.

Ata pô, vai mandar o moleque dormir comigo e me dar um perdido?

A gente ficou no parque até escurecer e depois eu levei os dois pra comer um lanche. A Giulia ainda pediu uma tapioca doce de morango e o Rian quis um pedaço de bolo.

- Vou te deixar em casa pro seu pai não ficar bravo, beleza? - Falei com a Giulia e o Rian ficou prestando atenção.

- Já? - Perguntou com um bico e eu fiquei com dó né.

Mas se eu demorasse muito tempo era capaz dele colocar a favela toda atrás de mim.

Depois de prender o Rian na cadeirinha iria prender a Giulia, mas o Terror gritou o nome dela.

- Você tá falsa assim é Giulia? vem do lado da casa do vovô e não fala comigo? - Perguntou pegando ela no colo.

- Falsa não, vovô. - Negou com a cabeça também. - O tio Thiago disse que eu tinha que ir pra casa do meu pai.

- Hum... - Franziu a sobrancelha e a Giulia riu. - Você tá linda ein, tô com saudades da gatinha do vovô.

- Tô com saudades também, por que não foi me ver? - A Giulia perguntou cheia de marra pra ele.

- Eu ia cara, mas tua vó é muito enrolada e me atrasou todo. - Pausa - Mas e se tu ficar aqui com o vovô e depois eu te levo lá junto com a vovó.

- O tio disse que precisa me deixar com o papai. E agora? - Perguntou pra ele e me olhou confusa.

- E agora eu deixo tu lá, pô. - Falou e eu já estava pensando em como não ia deixar ele levar a menina né?

A Alice deixou ela nas minhas mãos, deixou sair e voltar comigo e a menina vai voltar com outra pessoa?

- Não leva na maldade não, mas não tem como tu levar a Giulia não. - Falei com o Terror.

- Como é que é? - Perguntou meio sem acreditar e arrumou a Giulia nos braços.

- É pô, não tem como. - Falei novamente.

- E quem é tu na vida da minha neta? se liga c*****o. - Falou puto.

É f**a né? além de vô da Giulia ele é meu patrão, como que eu vou ficar batendo boca.

- Eu digo por causa de que a sua filha confiou ela comigo e eu disse que ia deixar ela em casa antes de ficar tarde. - tentei explicar.

- Sim, mas ninguém tem que confiar minha neta comigo não. - falou sério e mexendo no cabelo dela.

- Então deixa eu ligar pra sua filha e tu fala com ela também. Tu sabe que ela é nervosa pra c*****o e ela me mata se eu deixar a Giulia por ai. - Falei ele franziu as sobrancelhas.

- Por aí um c*****o, pô. Liga pra ela logo porque eu vou meter o pé com a minha neta. - Mandou sério e eu peguei o celular.

Liguei pra Alice e na primeira ficou só chamando. Liguei pela segunda vez e ela atendeu no terceiro toque.

ALICE NARRANDO:

Acordei com o telefone tocando pela segunda vez e o Pesadelo pedindo pra eu desligar o celular porque ele queria dormir.

A Larissa estava deitada do meu lado mexendo no celular e o Pesadelo do outro.

- O que foi, acontece alguma coisa? - Perguntei preocupada quando vi que era o número do Thiago.

- Não pô, aconteceu nada não. Não comigo né? - Pausou e eu não entendi - seu pai me viu aqui com a Giulia e o Rian e tá falando que que ficar com ela. Pode ser?

- Ué, meu pai? - perguntei porque ainda estava meio zonza de sono. - Pergunta quando que ele vem deixar a Giulia aqui. - Pedi e escutei ele falando meio de longe com o meu pai.

- Ele disse que só amanhã cedo e falou que vai te ligar daqui a pouco pra conversar contigo.

- beleza, pode deixar com ele sim. Foi tudo certo hoje?

- Tudo certo sim. É isso então, qualquer coisa tu me manda uma mensagem.

Só concordei e encerrei a ligação. Quando estava quase pegando no sono de novo, meu pai me ligou

- Oi, pai. Que foi? - Perguntei quase querendo chorar de sono.

- A Giulia vai dormir aqui comigo e com a sua mãe. Vê se a Larissa não quer vir também porque eu vou ai buscar ela.

- Vou ver com ela. - Falei e cutuquei a Larissa. - Seu avô tá perguntando se você não quer ir dormir lá na casa dele com a sua irmã.

- Hoje? - perguntou desviando o olhar do celular.

- Sim né, filha, hoje.

- Eu quero. Vou arrumar minhas coisas então. - Falou e já levantou empolgada.

- Ela disse que quer, pai. Pega ela aqui daqui a pouco então.

Meu pai desligou e disse que daqui uma hora estava aqui, mas que iria deixar a Giulia com a minha mãe antes de vir.

Assim que eu desliguei a Larissa já pulou da cama e foi pro quarto dela. Disse que ia arrumar a bolsa e tomar um banho.

Depois de uns 35 minutos ela chegou toda cheirosa e arrumada no meu quarto. A bolsa dela estava lotada também e nem parecia que só ia passar um dia lá.

- Avisou meu pai? - Perguntou arrumando o cabelo.

- Não. Chama ele e avisa pra ele não falar que você saiu sem falar com ele. - Falei séria e a Larissa resmungou baixo mas foi.

- Pai, pai, acorda pai. - Chamou balançando o pai dela e ele só virou pro outro lado.

O Gustavo quando dorme parece que ta morrendo, é só por misericórdia.

- Eu vou pro meu vô, tá? - Falou assim que o pai dela abriu o olho.

- Vai pra onde pô? Sossega em casa. - falou meio grogue e a Larissa me olhou.

- Ela vai pro meu pai, Gustavo. Ela só veio te chamar pra te dar tchau e um beijo. - Expliquei com mais calma.

- Todas as minhas filhas me abandonando mesmo. - Fez o drama mesmo estando meio dormindo.

- Para com isso, pai. Olha como eu tô bonita! - Cutucou o pai dela porque queria provocar ne?

Ela sabe que esse pai baba nela, morre de amores e de ciúmes por ela.