************ Capítulo 12 ************
************** Salita ***************
Podia sentir a energia vital fluindo nas veias junto ao dom transformado em algo pungente. Tão relativamente dominante que as discrepâncias desse poderoso sentir podia ser disparado em ondas visíveis nas pontas dos meus dedos.
Ao me dar conta da minha condição poderosa me ergui, olhando em volta o Duomo mágico, pela qual criei apenas com o meu pensamento.
— Mas isso é...
O brilho já não ofuscava mais ninguém do grupo. No entanto não consegui colocar pra fora o líder deles. Mas pelo menos ajudei ao guerreiro a afastar os demais da briga pelo meu corpo.
— Vamos! Agora a disputa virou um duelo solo. Nada mais justo, não acha?
Disparou contra aquele que retornava a olhá-lo com ego quase ferido.
— Não pode me matar desertor. — Apontou a espada. — Estamos protegidos pela feitiçaria da imperatriz Escarletiana.
— Maldita! — Exclamei possessa, tentando repensar num plano melhor.
"Salita!!!!"
Essa voz!
A presença altiva dele chegou, e diante dos meus olhos pude contemplar o meu irmão Senil, olhando em volta daquele Duomo mágico, transparente, irradiando pequenos raios que sumiam na sua própria atmosfera. Porém não conseguia ouvir as seguintes palavras que saíram de sua boca.
Apressadamente busquei a comunicação mental, alertando-o do problema.
"Esse era o meu dom recolhido, e agora foi imensamente expandido. Não sei por quanto tempo posso controlar isso meu irmão, e nem sei se consigo te colocar aqui de dentro. Tudo é tão novo, estou com medo pela sua segurança"
"Não tema minha querida irmã, mesmo que não consiga feri-los, vou atrasa-los ao máximo. Quando se sentir preparada, expulse o demônio verde daí"
Olhei entre os dois marcianos, que já se colocavam na posição de luta, sem entender se ele se referia aos dois ou somente ao capitão daqueles que o cercavam como caçadores em tempo de caça na floresta.
A batalha lá fora recomeçou, dessa vez com outro protagonista. Senil parecia voar com a sua arma laser, e acessórios de choque. Fazendo o que havia dito. Atrasar esses capetas do inferno.
- Ahhh!!!
Enquanto isso a disputa dos dois marcianos deu inicio com muita destreza de ambas as partes, a habilidade de guerrear estava entranhada nos genes desses seres verdes. Seria uma trilha sangrenta se eu não aprendesse logo a conduzir esse poder grandemente generoso da maneira mais acertada possível.
Concentrei-me, respirando bem fundo. Queria chegar ao ponto de expurgar toda a agitação centralizada dessa briga de espadas medievas.
O barulho era ensurdecedor, fora o que acontecia fora da minha proteção, do lado de fora da bolha. Tudo parecia silencioso, difícil e desesperador ao vê-lo levando golpes de mais de dez guerreiros em cima dele.
"Concentre-se, não ligue pra mim Salita!"
Discorreu em meu celebro sem tirar sua atenção no trivial. Ele ganhava distância, e quando dava jogava uns homens para fora da montanha. Socos, pisadas e ponta pés, entrava no pacote de golpes. Corpo, armas e muita artimanha nas artes da guerra. Aprendeu com o meu pai Sean.
"Pai!"
"Filha! Estou a lhe ouvir. Acalme-se, estamos a caminho. Esse maldito sequestrador não vai consumar o ato. Meu sobrinho sumiu, estamos a procura dele no trajeto"
"Pai..."
Ditei chorando em pensamento.
"Venham rápidos! Senil está aqui lutando bravamente com os noventa e nove guerreiros marcianos"
"Merda! Falei com Secan para pegarmos outro atalho esse não está nos ajudando em nada. Droga de vilarejo! Estão atrasando a gente a troco de nada. São fies a esses tubarões do espaço"
"Meu rei, o meu dom foi despertado, mas de forma esquisita, não da maneira esperada do conto da mamãe. Na minha proteção coube o líder e o meu sequestrador. Pai, chegamos a conclusão que para acabar com essa maldição devo me deitar com aquele ser que possui a força de cem homens, ou será um m******e para todos nós..."
"Não deixarei nenhum marciano tocá-la! Espere mais um pouco, quando tiver a oportunidade fuja para longe, cuidaremos do resto"
Ele interrompeu a conexão para adiantar os passos, podia sentir a sua estratégia militar.
Me concentrei novamente, agora com mais certeza de que iria conseguir. Senil estava ficando esgotado, além de ter a armadura lanhada pelas lentes afiadas dos nossos incansáveis inimigos. Pareciam possuídos pela magia daquela maldita bruxa morta.
Cavlask estava avançando, mesmo ferido na barriga, costas e nos braços. Pelo o que entendia do seu poder, ele ficaria bem daqui a algumas horas, mas se tivesse a chance de repousar. Infelizmente não teríamos tempo para descansar, senão meu irmão será morto antes disso ocorrer. O restante da minha amada família chegaria, outra preocupação eminente.
Preciso descer da minha resignação, e deixar acontecer o que estava predestinado desde o princípio da minha concepção.
Meu destino está fluindo entre meus dedos. Olhei-os, pondo na direção do meu rosto.
- Salita!
Mirei o marciano que teria a honra de desvirginar a única saturniana mesclada com genes humano, e não pude combater a atração que ressurgia em meu ventre. Juntando todas as escalas da situação aparente, tomei fôlego. Tomada por uma ação mais intensa que a anterior gritei:
AGORA!!!!!
Uma parte lateral dela foi dificilmente rachada ao meio, conseguindo fazer uma fissura no duomo, pra isso precisei me concentrar o máximo, exigindo mais dominância da minha parte, e por consequência enfraquecimento da magia. Logo o guerreiro empurrou o vilão para fora, e precisei usar do mesmo magnetismo para voltar a selar.
Não perdemos tempo, então corremos abraçados, um apoiando o outro. Os dois fracos pela batalha adversa. Juntos chegamos para dentro da cabana. Pude carregar o duomo comigo, mas não sabia por quanto tempo podia mantê-lo por cima desse santuário.
Olhamos o único compartimento daquele lugar, a cama em perfeito estado. Feito de palha e madeira. Bem rustico para padrões da realeza.
- Me perdoe por isso princesa.
Nos viramos e acabei tocando na ferida da sua barriga, havia um buraco nela, e o sangue esverdeado não escorria mais, pois tinha se secado na hora da sua bravura.
- Tudo bem... - A boca tremeu, assistindo ele vindo arrancar um beijo meu.
Interrompi antes que chegasse a tocar em meus lábios virginais.
Toquei naquela boca entre aberta, olhar confuso. Respirando em lufadas de ar inquietantes.
- Não quer que eu te beijei, Salita?
- Isso é o menor dos meus problemas. - Afastei-me dele olhando profundamente naqueles olhos. - Sem preliminares guerreiro.
Levei os braços na direção da nuca, e através da a******a de um único botão, fiquei toda nua diante desse macho excepcionalmente viril. Mesmo estando em seu péssimo estado físico emana muita sexualidade pelos poros.
Seu olhar selvagem percorreu todo o meu corpo desnudo. Apenas respirei fundo jogando a peça para longe dos meus pés.
- Minha! - Murmurou bravamente, transmitindo aquela carga s****l que somente ele conseguia atingir em meu sexo.
Fiquei molhada instantaneamente. Um sentimento incontrolável tomou conta de mim, de repente o desejo de ser penetrada sem gentileza tomou conta dos meus pensamentos mais insanos. A ansiedade disso nutria o lado mais sombrio da maldição.
Por coincidência ao ato, comecei a ouvir a luta. O duomo havia sido desfeito, não podia me concentrar mais, o guerreiro abaixou totalmente a minha guarda. Também podia sentir a família unida, brigando por mim.
- Venha, e toma aquilo que lhe pertence! Sou toda sua!
Ordenei-o ferozmente.
Cavlask veio com fome, atacar o que havia conquistado com muita valentia.