************ Capítulo 11 ************
************* Cavlask **************
Corri o mais veloz que podia, que conseguia. Mesmo que a donzela princesa Saturniana fosse leve como uma flor de lótus, a caminhada era arduar, ingrime, quase que na vertical.
— Notei que de uns minutos pra cá vem desacelerando o ritmo, se quiser pode me colocar no chão.
— E deixar a princesa escalar a montanha usando as mãos? De forma nenhuma realeza.
Bufou socando os lindos pezinhos no meu peito.
— Se aquieta Salita, vamos acabar logo com o seu sofrimento.
— Não estou sofrendo agora, estou incomodada com tudo isso.
Suado precisei tocar o solo para da mais impulso.
— Da no mesmo. Só fique quieta.
— Estou tirando sua concentração guerreiro de Marte?
Fez muxoxo.
— Na maioria das vezes, ainda mais quando suas ancas de fêmea se balançam tão sensualmente no meu peito.
— Vou ficar feito uma boneca sem ação para não atrapalhar na sua missão arriscada.
Pronto, ela se desmanchou em meus braços, impulsionado pela excitação ralei a mão naquela traseira humana.
— Ei! Sem gracinhas, não estamos em quatro paredes.
— Desculpe.
Avancei, e quando dei por mim havia chegando no pico da montanha. Sorri ao avistar a cabana que o Ghael preparou, ali unificaremos nossos corpos para sempre. Salita é minha, ninguém tomaria o que me pertence de direito.
— Ora... Ora... O que temos aqui rapazes.
O pirata rei desse planeta toma a frente, enquanto seus noventa e nove homens saem de trás do nosso futuro ninho de amor e redenção.
Respirei fundo ao por ela na relva baixa, tomando o cuidado de não revelar toda a sua formosura aos guerreiros fora da lei.
— És muito linda princesa de Saluti.
Analisou ela de cima a baixo e vice e versa, atiçando o meu demônio interior. O ciúmes.
— Pelo menos de costas, não é rapazes?
Um alvoroço de vocês masculinas meio grotescas fez a amaldiçoada tremer, apertando com muita força o meu braço em volta dela. Ela podia estravazar todo o seu pavor na minha pele, eu aguentaria. Só não deixaria duvidar da capacidade que tenho de protege-la. Isso jamais.
— Como chegaram tão rápido? Como sabiam onde nos encontrar?
Questionei demonstrando uma raiva incubada, precisava acalmar Salita antes de ir para a batalha.
Cuspiu o líder, olhando-me feroz. Possuído pela disputa. Faria qualquer loucura para ser premiado com a fêmea, até mesmo matar seus companheiros de aliança.
— Esqueceu dos nossos animais aéreos?
Um estrondo se fez por causa do anúncio dos seus vôos de partida, assustando ainda mais a minha amada.
Acalmei-a dizendo sussurrantemente que eram exóticos, mansos e livres. Não nos faria mau, dano algum. Salita virou minimamente a linda face, buscando meu olhar cravado nela.
— Como eles se parecem? Nunca ouvi um som tão poderoso vindo de uma espécie voadora.
Sorri gentilmente. Seus olhos tremiam pelo medo de apenas olhar para cima, contemplar a saída maravilhosa de uns do extenso acervo do meu planeta.
— São bichos de longas caldas, asas enormes, e crostas da cor de pedregulho, mas infelizmente fizeram a sua parte trazendo esses imundos aqui, atrapalhando o nosso destino. No entanto, pra mim, será um mero desviou de percurso. Posso derrotar todos eles, igual uma vez na arena.
Pensei ligeiramente naquele dia, uma richa envolvendo dinheiro.
— Confia no seu guerreiro?
— Si-Sim. — Gaguejou ela.
— Quando avançar quero que se esconda naquela pedra bem ali.
Passou rapidamente o olho no seu futuro esconderijo.
— Me recuso a me esconder covardemente.
A tremedeira naquele olhar temeroso deu lugar a um brilho esverdeado. Seria discorreu:
— Dei-me uma arma, posso cravar no peito deles, ou perfurar umas gargantas. Mas não me ponha numa posição de espectadora.
Alisei o rosto dela com doçura, apaixonando-me mais forte, mais intenso.
— Minha pequena guerreira...
— A guria é um holofote de poder, ela emana tudo aquilo que desejamos.
O tom daquele demônio ativou meu modo protetor, colocando a princesa escondida nas minhas costas, colando sua coluna na minha. Escondendo ainda mais sua beleza desses sedentos.
— Sabem o quanto isso pode destruí-la.
Peguei a espada.
— Cavlask... Escute-me... Prefiro morrer tentando me salvar do que assistir você sendo massacrado. Ou sendo possuída até não restar nada do meu corpo. Esses violentadores malditos!
— Não serei morto, não hoje. Não aqui. Isso posso te garantir minha amada princesa Saturniana. E não te tocarão, antes vão conhecer o poderoso Drak, o Deus deles.
Ela suspirou, podia até senti-la abaixando a cabeça, procurando algo na montanha que pudesse ajudar, porém não havia nada, além da cabana e aquela pedra num formato de seio de mulher.
Apontei a espada na direção do rei marciano.
— Ainda terão a chance, partam daqui e viverão para contar essa história.
Eles riram, pareciam mais impiedosos, lotados de um ego estrondoso.
— Embora tenha me derrubado ao se nutrir de poderes de bruxaria vindo daquela velha da sua mãe, não pode competir com essa maldição. Mas não vou te privar da vontade. Guerreiros!
Sacou a espada envergada na ponta, e apontou numa posição de maioral.
— Peguem ELEEEEE!!!!
Os noventa e nove correram na minha direção, cheios de sangue nos olhos.
— Vai!
Mandei ela se esconder, não tendo muito o que fazer, obedeceu prontamente.
O primeiro sentiu logo o golpe, travamos juntos um duelo, enquanto os outros testam se aproximando, tentando me perfurar. A luta se segue assim, reparando que eles não avançam de verdade.
— Venham!
Um monte deles se jogam sem medir as consequências, a espada em riste, rente a partes que deviam ser perfurantes, todavia a espada curvava ao ponto de ser dobrada, mas não atingia a carne deles. Que magia era essa?
Quando me vi estava no meio, e a pilha de homens começava a me sufocar de maneira mortal, usei o limite da força vital do elixir contido no meu organismo, empurrando-os diretamente para os ares.
Os piratas da galáxia são arremessados numa distância incrível, quase os joguei para fora da montanha, se conseguisse ao menos isso, daria tempo para acasalar com a Salita, e assim terminaremos essa agonia, esse profundo impasse.
Olhei-os se levantando, mas quando ia testar o meu plano, a princesa gritou pedindo socorro. Me virei totalmente.
— Não!
— Oh! Sim... Guerreiro. — Ditou o líder andando devagar a caminho da princesa que se rastejava para longe daquelas garras nebulosas.
Larguei a luta, e corri assistindo Salita olhando para ele, depois pra mim, e por fim fechou os olhos fortemente. O clarão que se seguiu cegou a todos por um segundo de tempo. Em seguida ficamos abismados pela dimensão daquele poder inesperado.