Fala, meus parças, me chamo Samuel Oliver Soares, meu vulgo é Samuca. Na verdade, é um apelido de infância; era assim que meus pais e meus tios me chamavam quando era criança.
Tenho vinte e oito anos e sou filho único. Meu pai é um ex-policial e minha mãe sempre foi traficante; é uma história bem bizarra. Minha tia Viviane é delegada e se envolveu com o tio Digão; consequentemente, minha tia trouxe meu pai para o morro, onde ele se envolveu com minha mãe.
Hoje, sou o sub do Morro do Estado; o dono é meu primo Vitor, que a gente chama de VM.
Desde cedo, minha vida foi entrelaçada com o mundo do crime. Cresci em um ambiente onde as fronteiras entre o certo e o errado se desvaneceram rapidamente. Meus pais, moldaram minha trajetória de maneira inescapável.
Minha mãe, é uma figura imponente no mundo do tráfico. Já o meu pai é bem centrado, ele trabalha mais no lado intelectual.
Aprendi desde cedo a sobreviver no nosso meio, eu e VM sempre estivemos juntos. A educação que recebi não veio de salas de aula, mas das lições duramente aprendidas nas vielas e becos onde cada passo pode significar vida ou morte.
À medida que cresci, assumi minha posição no submundo do crime com determinação implacável. Treinado pelos melhores, meus pais e meus tios, tornei-me um jogador habilidoso nesse jogo perigoso.
O VM não me trata como sub, ele sempre me tratou como irmão, de igual para igual. Claro que ele dá ordens a mais, e também sobre essa questão de ter acesso à comunidade, os moradores ter acesso ao comando VM é inacessível. Também, meu brother não tem paciência.
Eu sempre faço a ponte entre a comunidade e o comando, procuro resolver tudo sem ter que levar nada para o VM. Como ele não tem paciência e tem moradores que são s*******o, quando bate de frente com ele, já pode preparar o caixão, a vela preta em uma missa para o sétimo dia.
Então, tudo que tá ligado ao comando, é comigo e o VM, tipo assim, a gente que decide, mas o VM sempre dá a última palavra, sacou? Mas relaxa, ele sempre respeita o que eu tô falando, porque, fi, nós somos humanos, e sempre vai rolar uma treta de opinião, mas a gente sempre chega num acordo, na moral.
O VM é daquele jeito, sempre na cabeça, mas se tem uma parada que ele manda bem é em respeitar a família, só que, saca só, desde que a gente não pise na bola com as ordens dele, tipo, não desrespeite, sacou? E o lance é que ele só vai de bico se achar que vai dar r**m, tipo, bater de frente com as leis dele, porque é isso que o meu primo acha, ele é tipo o rei do Morro,Tá ligado?
Mas no fundo, a gente se entende, e isso que é o esquema, tá ligado? É tipo uma parada de respeito mútuo, a gente se toca, e é isso que mantém a parada firme, na real.
A minha relação com os meus pais é a melhor possível. A minha mãe é a razão da minha vida. D. Cintia é maluca pra caralhø. Com a minha mãe, tu não dá duas voltas, é sim ou não. Com ela, não tem o meu termo 'vamos ver', 'mais ou menos', ou tu fecha ou tu some das vistas dela. Senão, o bagulhø vai pesar para o teu lado.
A minha relação com meu véio, E ele também é meu pai, né, então é tipo um exemplo pra mim, de certa forma.
Meu pai é daqueles que tem respeito na comunidade, sacou? Todo mundo na quebrada sabe que ele é o cara. Mas o que pouca gente saca é que, por trás da parada toda, ele é um pai firmeza, Tipo, ele pode estar ocupado com os negócios e tal, mas quando a gente coloca os papos em dia, é mó tranquilidade, sacou?
Meu pai já se envolveu em várias fitas com o tio Digão, principalmente para defender a minha tia. Tem um juíz aí que o VM está se lambendo para estraçalhar com ele. Não vou mentir, também quero pegar esse cüzão e encher de bala.
Aqui sempre tem invasão a mando desse merd@ desse juiz, e sempre quem paga o pato é a comunidade. Já perdemos muitos moradores inocentes. Eles vêm sem avisar, mesmo a gente tendo informática lá dentro. Esse pürr@ desse juíz age na surdina junto com a milícia.
VM tá aí no papo de baile para comemorar um assalto que a gente fez no doze. Foi top demais, teve um contratempo, mas nada que fizesse a gente perder o nosso malote. Fi, tô com a pacoteira, meu truta, isso que importa.
É de dinheiro que os trafica gosta, uma erva da boa e umas püta experiente, melhor que isso não existe.
Eu já tive uma fiel e ela me traiu da pior forma. Um primo veio do norte conhecer o Rio de Janeiro, ficou hospedado no barraco dela, onde morava com a família. um dia, cheguei lá sem avisar e peguei os dois trepando, a reação foi uma só: meter bala nos dois e botar a família para fora do Morro.
Isso faz cerca de uns seis anos. Depois disso, nunca mais me meti com fiel. Tem uma garota que é tipo uma püta com privilégios, a Anne. Mas ela já tá ligada que comigo o sistema é bruto e não tem essa porr@ de fidelidade, não da minha parte.
Mas agora tô de olho em uma loirinha uma paty gostosinha do asfalto Eni o nome dela, conheci ela em uma balada na Barra da Tijuca, fui lá em missão a gente que abastece essa boate.
Ela tava na área vip com as amigas, consegui chegar junto, arrastei para minha base, fiz a loira gritar a noite toda, trocamos telefone e já recebi um nudes daquele que me deixou de paü duro, Já falei para o VM que vou trazer a Paty para o baile e quero que ela passe pelo menos mais essa noite comigo a mina é gostosa demais.
Agora estou subindo o morro com os vapor arrastando dois traíra que vai virar churrasco, para aprender, que o morrão não é bagunça.