Conhecendo VM

1028 Words
E aí, meus cria! Firmeza? Aqui é o Vitor Maciel Oliver Soares, mas pode me chamar só de VM, beleza? Nome grande pra caralhø, coisa dos meus coroa, mas respeita aí, faz parte da história. Tô na casa dos 30, já vivi muito nessa vida louca, e hoje eu comando o Morro do Estado, o morrão de Niterói. Aqui é meu território, meu quintal, meu império. Quem manda? Eu mando! Quem domina? Eu domino! Não é mole não, mané. Pra chegar onde tô, foi muita ralação, muita luta, muito suor derramado nas quebradas. Mas quem tem fé e persistência, chega lá, e eu cheguei. Agora é tudo no meu esquema, na minha lei, na minha ordem. No meu morro, é respeito que fala mais alto. Quem vacila, dança. Quem desafia, se lasca. Mas quem é fiel, quem é parceiro, tem meu respeito e minha proteção. Aqui não tem espaço pra vacilão, só pra quem tá comigo até o fim. O movimento é intenso, a rua é meu palco, e eu tô sempre um passo à frente dos otárïo que tentam me derrubar. Minha banca é forte, minha tropa é braba, e se acha que vai me tirar do topo, pode tirar o cavalinho da chuva, que o reinado é meu, e ninguém tira isso de mim. Então, se quer fazer parte desse bonde, se quer colar com quem tá no comando, se prepare pro jogo pesado, porque aqui no Morro do Estado, só os mais corajosos sobem, só os mais leais se destacam, e só os mais fortes alcançam o topo do mundo. Não é só os bagulho que eu vendo, mano. Eu vendo respeito, vendo lealdade, vendo a rua falando meu nome. Quem é que manda? VM, Quem é que faz os o****o tremerem nas bases? VM! Minha banca é sinistra, meu bonde é pesado, e se tentar me desafiar, vai se arrepender até o último fio de cabelo. Eu sou o mestre das vielas, o comandante do crime organizado. Aqui não tem conversa fiada, só tem atitude, só tem coragem, só tem sangue nos olhos. Quem fecha comigo sabe como é, a rua é minha escola, a vida é minha professora, e eu tô sempre aprendendo, sempre evoluindo, sempre crescendo. No jogo da vida, eu sou o jogador mais esperto, o cara que sabe todas as cartas na manga, o mestre das jogadas certeiras. Sou filho de um temido traficante lendário conhecido como Digão. Meu pai é meu maior fechamento, meu melhor amigo e maior aliado. Minha mãe já foi da lei, é uma ex-delegada, Dona Viviane, a minha rainha. Minha mãe e a minha irmã são as únicas mulheres por quem eu daria a minha vida. Assumi o morro com vinte e três anos, minha mãe me forçou a estudar e fazer alguns cursos. Para quem não sabe, aqui na minha casa tudo gira em torno dela. Se ela falar que a gente vai, a gente vai, e acabou, mané. É o único lugar onde eu abaixo a cabeça e escuto calado, porque no resto do Morro, o grito que vale é o meu. Cara, saca só, sou puto, sabe? Pego, mas não me apego, e já dou logo o papo: a mina que sentar para o pai não pode se apegar, coração vagabundo não ama ninguém. Tenho uma püta com mais privilégios que as outras, a Joice. Essa faz o que eu quero, a hora que eu quiser, mas ela sempre vem com um papo de beijar na boca, dormir de conchinha. Já dou logo um esquenta a orelha no pé do ouvido dela pra aprender que comigo essas paradas não rola. Abriu as pernas, eu meti e gøzei no preservativo, mete o pé, rala peito, mandada. Há um tempo atrás, eu tinha outra püta com privilégios, a Mel, mas ela não soube qual era o seu lugar. Então dei um corretivo nela, passei a máquina zero, e nunca mais teve o privilégio de sentar pra mim. Já deixei bem claro que eu não vou assumir ninguém. Esse lance de comer uma büceta só não é para mim. Acho bonito, acho romântico, casamento, namoro, sou fã da relação dos meus pais, mas para mim mesmo não rola, tá ligado? Você pode estar se perguntando, "Mas, véi, por que você tem püta com privilégio?" Eu escolho a dedo aquela que eu quero privilegiar. Proíbo elas de dar para qualquer um e subo o voucher, banco de tudo por um tempo até enjoar e arrumar outra. Mas também, quando eu quero uma orgia das boas, não pode se negar devido com os meus parceiros. E também trago outras mina, e ela tem que aceitar caladinha, só me dá prazer. A minha relação com a comunidade é uma só: eu mando e eles obedecem. Não sou muito de conversar com os moradores; essa parte fica com o Samuca, meu primo e meu braço direito. Não gosto dessa palavra "sub", até porque ele não é submisso. Divido de igual para igual, só não deixo passar por cima de mim. Sempre falo em cima de mim só uma gostosa rebolando fi, ou o Deus todo-poderoso que mora no céu, mas de resto é de igual para igual, ou abaixo dos meus pés. Fizemos uma fita e deu tudo certo. Eu, o meu pai e o samuca estamos saindo com dois milhões cada um; aos restantes dos vapor, a gente bancou meio milhão para cada um. Quando cola comigo, é só progresso. Mas quem se levanta contra mim, eu derrubo, nem que seja na bala. Minha mãe diz que sou muito agressivo. Adoro ela, mas pouco me importa. Sou desse jeito e não vou mudar nunca. Meus pais e os meus tios também trabalham para o comando, mas a lei que vinga no morrão é a lei do VM. Ninguém distorce o que eu digo, nem desfaz o que eu faço. E ai de quem bater de frente comigo. Quando quero alguma coisa, passo por cima de tudo e de todos, igual um trator desgovernado, e não estou nem aí se vou ferir o sentimento de alguém föda-se Sempre uso aquele ditado: "evite decepções, seja você o Filho da püta."
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