VM NARRANDO
Olá meus amores! Esse é o segundo livro da Duologia Ao lado, o primeiro livro é "Ao lado do traficante" que vai contar a história de Viviane e Digão os pais do VM.
E aí, truta, cê tá ligado no corre aqui no morro? Minha vida é tipo um baile funk, sempre naquele movimento louco. Acordo cedo, já tô na correria, é pïca por cima de pïca nesse caralhø.
Aqui, é tudo na base da lei, a minha lei tá ligado, tem dia que é só treta cüzão.
Caralhø mais um dia vencido, é uma pïca em cima da outra nesse Morro cê tá doído.
Quando não é uma coisa r**m é outra pior ainda, parece que esses cãøs vivem para tirar minha paz , quando Acordam diz hoje vou perturbar o VM porque não possível, tanta treta em um só dia.
Só hoje mandei dois para vala e uma ratazana para o micro-ondas. Se tem coisa que eu odeio é quando vêm tirar com a minha cara, não sei o que esse povo pensa. Sou filho do Digão, caramba. Tem um ditado que diz "O fruto não cai muito longe da árvore". Pois é, parceiro, não tinha como ser diferente sendo filho de quem sou.
— Oi, meu filho.
— Oi, mãe.
Dei um beijo na minha coroa e fui para o meu quarto. Ainda moro com os meus pais. Tentei sair de casa algumas vezes, mas a Dona Viviane fez o maior escândalo.
Minha irmã já tentou ir morar no Asfalto, mas também não rolou. Segundo a mãe, somos os seus pintinhos. Meu pai já tentou argumentar, mas não teve resultado.
Desenrolei uma fita da hora, um assaltø a um banco. O cofre está pesado, é uma parada arriscada, mas são essas coisas que me excitam.
Primeiro, estudei meticulosamente as rotinas do banco, observando cada movimento, cada brecha na segurança, como um predador à espreita de sua presa. Cada detalhe, cada câmera, cada guarda, foram mapeados em minha mente como peças de um jogo de xadrez, pronto para serem manipulados ao meu favor.
O recrutamento dos comparsas foi uma dança perigosa entre confiança e desconfiança. Escolhi a dedo os membros da equipe, homens de habilidades diversas, cada um mestre em seu ofício, dispostos a arriscar tudo pelo prêmio final. Entre sombras e sussurros, forjamos laços de lealdade, cúmplices no caminho rumo à fortuna proibida.
O planejamento meticuloso era a chave para o sucesso. Cada passo, cada detalhe, era calculado com precisão cirúrgica. Dos disfarces aos códigos de acesso, nenhum aspecto foi deixado ao acaso. Treinamos incansavelmente, como soldados preparando-se para a batalha derradeira, cada ensaio nos aproximava mais da perfeição da execução.
O dia do assalto chegou, envolta em névoa e suspense. O primeiro passo do nosso plano foi roubar carros velozes, aqui ninguém é o****o para dar as caras no seu próprio veículo, tenho uma coleção de carros importados mas não coloco nenhum deles nessas paradas.. Cada segundo era uma eternidade, cada batida do coração ecoava como um tambor anunciando nossa presença ao destino.
Sai de casa no horário combinado. Meu pai e o Samuca também estão na fita. Minha mãe queria participar, mas embasamos o rolê dela.
Tudo certo, descemos para a pista. O morro ficou na responsa da mãe e do tio Valentin. Com isso, não me preocupo, os dois são piores que eu e o Samuca.
E então, o momento supremo chegou. Com a destreza de um artista e a frieza de um assassïno, violamos as defesas do banco, desafiando a ordem estabelecida, desafiando o próprio destino.
Quando tu entra nessa fita, não tem certeza de nada fi, acordar com a mente de um milhão. não quer dizer que tu vai ficar milionário pode dar certo Como pode dar muito errado, só não pode cagär no paü, se meteu os peito segue adiante e reza fi.
O caos reinou por breves instantes, uma sinfonia de adrenalina e êxtase.
Anunciamos o Assalto, Como já tínhamos memorizado tudo fomos direto para o cofre o tempo era o nosso maior inimigo, os vapor que foram conosco, dividimos, alguns ficaram no salão mantendo todos reféns, olheiros espalhados por toda a cidade.
Só estavam os funcionários, o banco ainda não tinha aberto atendimento para o público. Uma gritaria se instalou; tivemos que ameaçar todos, inclusive as mulheres.
— É o seguinte, todo mundo fica pianinho, a gente faz o que veio fazer aqui e mete o pé. Ninguém se fere, mas se alguém fizer alguma gracinha, todo mundo morre. Eu não estou para brincadeira, porr@.
Os cofres estavam cheios, as notas exalavam seu perfume. No cofre também tinham joias; os meus olhos brilharam. Fomos enchendo as malas, o sorriso era de orelha a orelha. O meu velho estava todo orgulhoso, e nossa parada estava fluindo. Enquanto isso, a tensão no ar aumentava, e a adrenalina corria solta em nossas veias, alimentando a sensação de êxtase e perigo.
Seguimos o plano, estava tudo correndo como planejado. Na hora que estávamos fazendo o carregamento, um velho filho da mãe tentou reagir, querendo impedir que saíssemos com os malotes. Apaguei o velhote e Tive que fazer uma refém, foi assim que conseguimos sair vivos e com toda grana daquela parada.
Eu queria matar a garota, só que meu pai foi contra. Tivemos que largá-la na pista e desviar totalmente da rota de fuga.
O importante é que deu certo para mim, agora estou abonado e nadando na grana.
Levamos todos os carros para um campo abandonado onde outra parte dos nossos vapor já estavam à nossa espera. Transferimos toda a grana e queimamos os carros roubados.
Subimos de volta para o morro, assim que chegamos na minha casa fomos recebidos com salva de tiros.
— Vamos malocar a grana daqui uns dias e fazer a divisão. Você sabe, não é a primeira e nem a última vez que entramos nessa fita. Comigo é o certo, pelo certo, e pode marcar o baile. Quero comemorar a nossa vitória com muito proibidão, Skank e püta da boa.'
Os meus parceiro estavam todos sorrindo. Eu sempre faço isso, maloco A grana por um tempo, depois a gente faz a divisão.
— Vitor, vou trazer a minha parte no baile também. Quero que ela conheça minha comunidade.'
— Beleza, Samuca. Se ela tiver uma amiga, melhor ainda.