Sofia Narrando,
Hoje fazia 1 mês que estava aqui na comunidade, o dono daqui sempre aparece e sempre me encara, a nova dele foi dizer que eu seria a mulher dele, deve bem achar que eu sou essas éguas mancas daqui que ele bate na potranca e elas se amansa rapidinho, se ele pensa assim coitado está muito enganado.
Minha tia está cada vez mais cansada do tratamento, e seu cabelo começou a cair e com isso ela não quer ir nem na varanda, a noite eu sempre toco na varanda, lá na fazenda a noite sempre rolava roda de viola então eu tenho esse curtume.
Eu desci aquela ladeira indo até a padaria pois iria fazer o café da tarde, comprei tudo que eu queria e quando fui pagar o senhor disse que tudo que eu quisesse poderia pegar que o dono do morro iria pagar, apenas perguntei quanto havia dado e coloquei o dinheiro sobre o balcão e sai de la, as minhas bochechas estavam vermelhas e não era de vergonha e sim de raiva, vontade de descer o chicote nesse infeliz.
Eu preparei o café e arrumei a mesa, minha tia veio andando devagar e se sentou comemos e acabei contando ela o que havia acontecido ela apenas me olhou, mas não era com uma cara de preocupada.
Tia: É seu destino fia, apenas tem que aceitar.
Na pressão ele nunca vai me ter, e se um dia ele querer ser autoritário comigo eu vou resolver na bala assim como eu resolvo na fazenda.