P.O.V - LUCIO
Todos saíram à procura de algo que nos dissesse a causa do que estava acontecendo comigo, era lógico que Damon sabia apenas metade da história.
Eu tinha certeza de que era algum tipo de perseguição, mas ter a ver com a Lily? Como ela conseguiria colocar aquela dor física tão forte em mim?
Ela não tinha poder para isso nem no céu quando ainda tinha os seus poderes que dirá como uma humana imunda que não tem nenhuma consciência do seu próprio passado.
- Sempre por mais que procure alguma coisa sobre a profecia não encontro nada, inclusive tem algumas páginas arrancadas do meu livro.
Anne estava irritada, procurou em vários dos seus livros e várias páginas estavam arrancadas sempre a mesma numeração o que era esquisito. As páginas não passavam do número sete, o que era um ultraje de tanta coincidência. Ela folheava as folhas com toda a violência que eu não me atrevi a interromper.
- Você tem noção disso, não é? De que provavelmente o seu encontro com a Lily vai provocar o apocalipse? – disse ela andando de um lado para o outro irritada demais para encarar o meu rosto
- Essa história é muito antiga, e você mais do que ninguém sabe que nós vivemos em cima de um mito ninguém sabe quando vai acontecer ou se vai acontecer.
- E se acontecer Lucio? Você vai colocar humanidade toda em risco só por conta de uma vingança?
- Eu não ligo para a humanidade Anne, Eu não estou nem aí se vão sofrer ou não isso não é da minha conta, f**a-se!
Eu sabia que aquela resposta iria irritá-la mais do que eu conseguiria contê-la depois.
Era a verdade, por que eu me importaria?
A humanidade era fraca inconsequente estava mais do que na hora daqui vou mudar.
Eu não iria me mudar de lá, eu sei que era isso que ela desejava esperava que eu saísse correndo com o rato com o r**o entre as pernas com medo de que estar perto de Lily poderia causar uma outra catástrofe o universo que ele tanto amava.
Eu saí para caminhar um pouco, precisava de alguma distração sentir o vento na cara e mesmo que fosse madrugada não liguei.
Num avisei ninguém simplesmente sair pela era o melhor que eu podia fazer pela minha amiga, ela estava com os nervos à flor da pele e não aturava me ver.
Logo que eu saí eu vi Lily estava na janela, eu senti um tipo de incômodo, mas ainda assim eu não falei eu apenas acenei ligeiramente por educação, eu juro, e subi a rua num rompante, se eu olhasse para ela por mais de 2 minutos provavelmente eu acabaria lá junto com ela porque nos atraímos como 2 imãs.
Eu saí em disparada pela rua, não confiando na minha própria índole. Nem na minha cabeça.
E se eu parasse um pouquinho para pensar eu virei que todo aquele problema foi causado por mim, de onde foi que eu tirei que era uma boa ideia morar na frente dela? para ficar de olho em cada um dos seus passos um a um até que eu descobrisse tudo que tem envolvido em todas as vertentes da sua vida.
O meu coração estava acelerado, mas mesmo assim eu continuei caminhando e foi quando eu ouvi a voz atrás de mim
- Ei! – Ela gritou, correndo disparado até a minha direção meu coração quase parou neste momento – ei espera aí.... espera aí por favor...
quanto mais ela se aproximava mais o meu coração doía mas eles se acelerava, E quando ela já estava perto demais eu nem conseguia mais sentir dor.
- Perdão? – Eu disse cinicamente, enquanto ela ainda tentava me alcançar correndo. Eu conseguia sentir o cheiro dos cabelos dela do corpo dela, enquanto o vento ia batendo. Eu conseguia sentir o meu amor escorrer no meu suor, começava a sentir uma dor no estômago sempre que em engolia as palavras “Com você esteve, senti a sua falta o tempo todo”
Aquela brisa forte que a trazia até mim, um perfume que intoxicava as minhas narinas levava a pensar as maiores sacanagens já pensadas por qualquer tipo de ser em qualquer Cosmo em qualquer tempo. Eu pensava no gosto dela e como ela ficava molhada sem nem perceber embora eu percebesse sempre pelo jeito que ela mexia a boca ao olhar para mim.
- Eu pedi para você me esperar, você está indo caminhar? – ela disse com aquele sorrido lindo no rosto, me desmontava, eu não tinha deseja alguma para me proteger.
Ela falou como se tivéssemos i********e, o que na verdade nós não tínhamos, quer dizer, não naquele plano... não daquele jeito, e ela falou comigo como se fosse os velhos tempos como se fosse a velha Lilith com as velhas práticas caçando confusão no meio do Nada.
- Eu estou indo, preciso espairecer um pouco pensar um pouco sobre a vida... Você no caso deveria ir para casa, para uma mulher é muito perigoso ficar andando na rua de madrugada. – eu tentei me desvencilhar dela, daquele olhar de cobra, daquele canto da sereia que me chamava e eu tentava manter ela fora de mim, fora da minha cabeça de vez.
- Isso até poderia ser verdade se nós morássemos em alguma zona carente na cidade, mas moramos no maldito subúrbio, aqui é onde nada nunca acontece. E tem mais se você está aqui também, por que eu estaria sozinha de madrugada na rua? – ela sorriu de novo, que cobra diabólica do inferno! O meu coração estava errando as batidas dentro do meu peito.
- Simplesmente porque eu não chamei você para ir comigo, eu não chamei ninguém para ir comigo! Como eu disse, eu estava querendo caminhar sozinho para organizar as minhas ideias! – tentei a grosseria, ela entenderia certo?
Ela revelou aqueles olhos dela, arregalou o quanto pôde parecendo chocada com meu não.
Como sempre em todas as versões Lily sempre achava que era o centro do universo, e que todas as pessoas do mundo gostariam de estar com ela ou fazer algum com ela em qualquer lugar a qualquer momento. A recusa mexia diretamente com o ego dela por isso a careta eu reconheci no mesmo momento havia um poucas coisas do caráter da personalidade de Lily que eu não conseguia reconhecer.
- Você está se recusando a caminhar comigo? – disse parecendo totalmente indignada com minha resposta.
- Eu não estou me recusando a andar com ninguém não seja dramática, a rua está aí você pode andar! Mas eu saí para pensar na minha vida, sozinho, eu duvido que você fique em silêncio!
- Se eu prometer ficar em silêncio eu posso caminhar com você? – disse ela insistindo, ela teria o que ela queria, por que ela era a Lily que eu conheci.
Venenosa, ardilosa e teimosa!
Ela permanecia insistindo aquilo era uma dor horrível, porque eu queria dizer sim ao mesmo tempo que eu sabia que eu tinha que dizer não até a Anne descobrir o motivo das minhas dores eu tinha que ficar o máximo possível longe daquela bandida!
Mas era óbvio que o meu coração falaria um pouco mais alto. O Maldito coração humano! Para ser justo, nem o coração angelical escapou do sorriso dela, não seria esse que escaparia.
- Você pode andar do outro lado da rua, e eu vou te acompanhar porque não acho legal você andar sozinha esse horário, mas nada de falar, certo?
-Eu prometo eu não vou dizer nada!
O rosto de insatisfação dela já deixava claro que ele estava mentindo, mas eu como sempre dei um jeito de me sabotar. Olhei para ela até lá ir para o outro lado da rua E permaneci caminhando.
Por um tempo até funcionou ela ficou de bico calado, e andamos na penumbra.
Mas era óbvio que não ia durar o suficiente para que eu realmente conseguisse pensar, era tudo sobre ela, ela está ali e o cheiro dela, e a forma como ela caminhava eram a forma que ela tinha para me enlouquecer! Maluca!
Como se caminha com o motivo de você precisar caminhar para pensar?
Do dia até a noite, fodendo os meus pensamentos, me fazendo pensar em sexo e amor e em guerra.