Fire Two.

2081 Words
Naquela mesma noite em São Paulo... ANA Saio da faculdade mais cedo do que os outros dias da semana, por conta matéria de anatomia que foi mais curta. Anatomia? Sim, faço faculdade de medicina. Meus pais são os neurocirurgiões mais renomados do país, o que causa uma pressão maior porque as pessoas e principalmente eles esperam o melhor de mim. E para piorar um pouco, sou noiva há dois anos do filho do governador do estado de São Paulo. Uau! Talvez você se pergunte, como uma veterana da faculdade conheceu o filho do governador? Aqui vai a explicação: Já tinha visto Lucas Bittencourt várias vezes no campus e logo me chamou atenção com seus cabelos loiros, olhos verdes esmeraldas, seu corpo definido, fisicamente parecia um príncipe de contos de fadas, era desejado por todas e ele também almejava a maioria - o verdadeiro pegador. Mais como estamos noivos? Nossa história começou em um congresso, onde meus pais foram convidados para receber mais um de tantos prêmios de reconhecimento por serem os melhores. Nesta noite, Lucas me viu mais linda do que nunca e foi aonde nos envolvemos e nos apaixonamos. Em 6 meses já estávamos morando juntos perto da faculdade e com com 1 ano já estávamos noivos. E posso dizer que ele é tão... — Escroto! Isa minha amiga têm cabelos cacheados, sua pele morena de dar inveja, seu corpo em formado de "pêra" e olhos pretos, está ao meu lado dentro do carro para que eu leve-a embora, quando ela me tira dos meus pensamentos com a palavra escroto. — Como? – Pergunto ainda confusa. — Seu novinho de araque é um escroto. Esqueci de mencionar que minha melhor amiga detesta Lucas, e garanto que o sentimento é mútuo. — Não fale assim Isa. — Falo quantas vezes for necessário, você já viu como ele acha que é a última bolacha do pacote? Aff! E outra, não gosto de como ele é grosso com você. — Ele só está estressado por conta das pressões do pai. — Isso não justifica, eu não sinto que ele seja uma boa pessoa, às vezes sinto calafrios perto dele. — Não seja dramática, ele me ama e eu também. — Lucas ama o seu dinheiro, isso sim. E não me surpreenderia se ele te traísse. — Meu dinheiro?! A fortuna dele é muito maior, ele poderia escolher outra riquinha filha de outros membros do governo. — Ana, não seja modesta todos nós sabemos que os seus avós deixaram uma fortuna para você, que só teria direito quando se casasse. Muita coincidência esse relacionamento ter ido tão rápido. — Me recuso aceitar que Lucas seja assim, porque ele ama. Se evoluímos rápido foi por amor. — Iludida, não falo mais nada, a máscara dele cairá sozinha. Depois não diga que não avisei. — Ok, Isabella Dromount, vamos mudar de assunto. Então ligo o carro e o resto do caminho foi bem tranquilo. Deixo-a em casa, me despeço e sigo de volta até em casa. Fico meio triste por Isa pensa coisas horríveis de Lucas. ... ♡ ... Coloco uma música alegre, pensando em fazer uma surpresa para meu lindo noivo que deve está chegando da mansão dos pais. Passo no restaurante chinês que é o nosso favorito, compro nossa melhor comida, em seguida vou à casa de vinho Verrone - a melhor loja de vinhos da cidade, - pego um tinto da linha dos clássicos e agora vou para casa, ligo minha Suv e sigo meu destino. Com alguns minutos no tráfego parada, recebo uma ligação e o nome do meu pai parece no monitor. — Hola papá! ( oi pai ) — Hola mi hija. ( oi minha filha ) Meu pai veio da Cidade do México quando criança com meus avós; que faleceram há dois anos. Doutor Esteban García González fez questão de me ensinar tudo sobre sua cultura e língua, sem mencionar o inglês, que me fez aprender também. Eu amo essa cultura e a língua, tanto que Lucas adora quando uso ela na hora do sexo, ele enlouquece e suspeito que seja um dos seus fetiches, que ele não assume. Mais sei como mecho com ele quando faço algumas pronúncias. — Tenho novidades! – Meu pai diz me chamando de volta para o mundo real. — Sério? Qual? — Vamos nos mudar! – Meus pais dizem juntos no telefone. — Como assim? Para onde? – Falo sorrindo. — Vamos nos mudar para Seattle, acabamos de receber uma proposta ótima, do melhor hospital da cidade e um caso em especial que precisa da nossa total dedicação. Minha mãe diz empolgada. — Que ótimo! Fico muito feliz por vocês. Uma pena que ficarão tão longe de mim. - Falo com os olhos marejados. — Vamos nos falar sempre, você e Lucas poderão ir nos visitar nas férias. – Meu pai afirma. Paro em frente do meu apartamento e vejo que às luzes acesas, o que significa que Lucas chegou. — Madre y Padre ( pai, mãe ), nos falamos depois, amanhã podemos almoçar juntos e vocês me contão os detalhes. — Adios mi flor de Loto. ( Tchau minha flor de Lótus ) – Eles dizem uníssono. Entro na garagem, pego as sacolas e desço do carro travando-o. Já no elevador digito a senha do nosso andar. Segundos depois às portas metálicas se abrem e passo por elas e as mesmas se fechando atrás de mim. Pego a chave na bolsa e entro, logo vejo as roupas de Lucas jogadas pelo sofá. — Sempre desorganizado. – Falo comigo mesma entre sorrisos. Reparando bem, têm roupas de mais. Dou os ombros e vou para cozinha deixar as coisas, sigo em direção às escadas, aposto que está no banho e talvez queira companhia. No corredor vejo mais peças de roupas e o sorriso que eu tinha no rosto, se desfaz quando vejo na minha frente uma calcinha rendada na cor rosa. — Que merda é essa? Jogo o retalho de pano no chão de volta, me aproximo da porta e já ouço gemidos e mais algumas falas. "Ooh Lucas, que delícia! Me coma mais forte bebê." "É sua v***a, então tome esse." Que nojo. Olho no vão da porta vejo meu noivo transando com uma mulher morena de quatro na nossa cama. Então por um instante tudo vem na minha mente como um filme, todas às vezes que Isa me alertou, todos os indícios que eu deixei de querer enxergar por causa do meu amor, por esse cretino. Como um furacão entro no quarto e abro aquele pedaço de madeira com tanta força que faz um eco grotesco na parede, fazendo aqueles dois cachorros olharem para mim assustados. — Meu amor! – Lucas balbucia. — Amor o c*****o, Lucas. Ele não responde nada, simplesmente o mais depressa vai se vestindo com a roupa que está na poltrona do quarto. E a morena desnuda se cobre com o lençol. Sem pensar duas vezes pego a vagabunda pelos cabelos e arrasto-a para fora do quarto escadas abaixo. — Me solta sua desgraçada. — Não me insulta sua vagabunda. Paro no meio da escada e lasco um tapa na sua fuça. E continuo arrastando ela. — Meu amor, solta ela eu posso explicar não é nada disso que está pensando. Paro imediatamente antes de abrir a porta, para jogar aquela praga para fora e lanço um olhar mortal para esse canalha. — Tenho nojo de você, vai me dizer que estava aprendendo como seu p*u funciona em outra b****a? — Mais... — Cala a p***a da sua boca Lucas, com você me entendo depois. Pego a mulher nua e jogo literalmente ela para fora do meu apartamento, e fecho a porta e ouço ela gritar que precisava das suas roupas de volta, ignoro. Essa praga que vá pelada de volta para o buraco de onde saiu. — Agora Lucas só tenho uma coisa à dizer. ACABOU! — Não acabou, a gente se ama. — Chega Lucas, você ama o meu dinheiro. — Para que eu vou querer o seu, se já tenho o meu? Eu te amo. — ACABOU! – Grito. Ele muda seu semblante para um mais frio e pela primeira vez sinto aquele arrepio no qual Issa disse que sentira algumas vezes. Ele vem aproximando-se de mim e me coloca contra a parede apertando meus braços. — Me solta, você está me machucando. — Eu não vou soltar p***a nenhuma e me escuta muito bem Ana, ninguém termina comigo e antes de fazer isso eu acabo com toda a reputação da sua família e finalizo com sua vida. — Acha que por ser filho do governador tem algum poder sobre mim? Vai pro inferno, se ninguém termina com você, eu serei a primeira seu miserável. Ele aperta mais meus braços e meu único meio de defender-me daquele homem, é lhe dando uma joelhada naquelas bolas imundas e não penso duas vezes. Vejo Bitencourt caído no chão com as mãos nas suas bolas de gude. Arranco o anel de noivado e jogo nele. — Acabou senhor bolas murchas. — Você me paga Ana González. ME PAGA! Mostro o dedo médio para ele, pego meu celular , minhas chaves na mesinha e saio dali. Percebo que está tarde quando vejo pouca movimentação na rua. Depois de um tempo dirigindo e chorando decido parar antes de causar algum acidente. Saio do carro e vou para o meio fio tentando respirar um pouco antes de ir para casa dos meus pais. Já mandei uma mensagem dizendo que estava indo para lá, porque tinha pego Lucas com outra na nossa cama. — Que ódio Lucas, seu nojento. Agrr... Agora eu sei quem é você afinal, seu interesseiro de merda. Nunca mais confiarei em homem algum, não que todos sejam iguais, mais para não correr o risco quero acreditar que todos são assim e que se exploda, todavia, meu príncipe virou um sapo da pior espécie. Encosto na parede próxima a mim e abaixo a cabeça, quando no mesmo instante vejo tudo ficar preto e eu sendo arrastada para algum lugar. — Me soltem, me soltem! – Grito e ninguém responde. Quando eles param e tiram o pano da minha cabeça, observo em volta, estou em um beco sem saída próximo de onde eu estava. Vejo quatro homens na minha frente e ouço passos apressados atrás de mim, viro-me e Lucas está ali. — Que teatro de merda é esse Lucas? Aceite que acabou eu nunca perdoaria uma traição. - Já sinto às lágrimas queimarem meu rosto e o medo percorrer o meu corpo. — Eu aceitei querida, acredite. Ele alisa meu rosto com seus dedos. — Mais toda ação tem uma reação, você precisa de uma lição. — Por favor Lucas, faço o que você quiser só não me machuca. Ele não responde e também não se comove com meu choro desesperado, Bittencourt simplesmente faz um sinal com a cabeça e dois homens me seguram firme enquanto sou brutalmente espancada por este monstro. Quando já estou sem forças, algumas costelas quebradas, cada parte do meu corpo sangrando e quase perdendo a consciência ele para, seus capangas me soltam e desfaço-me no chão sem força alguma . — Ja chega Lucas. – Digo com a voz falha imóvel no chão. Pensei em gritar socorro desde do começo, mais seria uma atitude estúpida se ninguém me ouviria. — Eu já acabei querida. Ele chuta minhas costas e gemo de dor. — Seu desgraçado, doente. Falho nas palavras, porém sai auditivo. — Agora que terminei minha parte, meus homens faram a parte deles. Ouço ele estralar os dedos. — Só parem quando todos estiverem satisfeitos e de preferencia com ela morta. – Ordena. Mesmo m*l enxergando posso ver o seu sorriso maligno. Começo a chorar mais alto ainda e tremendo, porque eu sei que não tenho mais forças para defender-me de quatro homens que neste momento iram me estrupar até a morte. Mais se tem uma parte de mim que Lucas Bittencourt nunca poderá destruir, é minha alma e minha sede de vingança. Anotem aí: Porque se eu sair viva dessa, eu vou me vingar. E hoje nasce uma nova Ana González. ... ♡ ... Esta é uma estória sobre traição, luxúria, desejo e, em última análise, vingança... E a vingança só pode conduzir a uma coisa. Amores esse final foi forte hein, sofri junto com Ana. Obs: sou contra qualquer tipo de violência. Denunciem! Bora então fazer Ana e Dom se conhecerem.
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