Fire One.

1561 Words
7 anos antes, 2014. em Seattle... DOM Quando entro na DP sou parabenizado por todos os meus colegas de trabalho, após eu prender um bandido foragido há mais de cinco anos. As comemorações parece nunca cessar, não gosto de ser o centro das atenções mas hoje é um dia importante por dois motivos: Primeiro por ter prendido este bandido e o segundo porque hoje pedirei a minha namorada em casamento. — Meu filho, meus parabéns! Sou retirado dos meus pensamentos, quando um homem de meia idade de cabelos negros com alguns fios brancos dando contraste, olhos azuis e barba por fazer, sendo mais específico: meu pai, vem falar comigo. — Obrigada pai, não fiz mais que o meu trabalho. — Mais que isso, você arquitetou muito bem na hora de prender aquele infeliz... Ele para de falar e coloca as mãos nos meus ombros. — Eu sempre soube qual seria sua verdadeira vocação, e tudo isso... Aponta para o departamento. — ... Será seu, logo será um delegado honrado e me substituirá, estou orgulhoso meu filho. Senhor Roger puxa-me para um abraço de urso e retribuo. — Parabéns a todos que esteve presente nessa missão tão importante. Sr.Carter faz seu discurso para o resto da equipe, despeço-me e sigo meu caminho para fora daquele prédio. Por onde eu passava, recebia parabéns e por educação devolvia um simples sorriso forçado e um aceno com a mão. Pego meu Audi preto e sigo para o apartamento onde minha linda namorada me espera. Isabel é uma mulher linda, cabelos pretos como à noite, olhos pequenos na cor mel e sobrancelhas grossas, pequena como uma anã. Estamos juntos há quase dois anos, mesmo que estejamos na faculdade, não consigo mais esperar para que se torne minha esposa. Eu a amo demais, sei que é a pessoa certa. Passo na floricultura compro um buquê simples e sigo em frente. Já no estacionamento do prédio, saio do carro, antes pego as flores e sigo para o elevador, aperto no botão do último andar e as portas se fecham. Mal passo da porta de entrada e já sou recebido por um abraço caloroso, em seguida beijos são disparado por toda minha face. — Amor, eu estava muito preocupada com você. — Não precisava Bel, você precisa se acostumar. — Não consigo. – Fala ainda pendurada no meu pescoço. — Como vai ser quando eu for delegado? — Morrerei de preocupação. Tiro as mãos de trás do meu corpo e lhe entrego as flores. — Este presente lhe acalmaria? Seus olhos brilham quando olha para o presente. — Não, mais obrigada amor. Dou um sorriso, coloco minhas duas mãos em seu seu pequeno rosto, meus olhos vão até sua boca carnuda e rosada; beijo-a com um toque delicado que logo aprofundo. — Vou subir e tomar banho, tenho uma surpresa. – Digo quando me afasto e ela sorri gentil. — Ótimo, então teremos duas! Irei finalizar o jantar enquanto você se banha. — Tá bom. ... ♡ ... — Merda! Entro na cozinha após meu banho e Isabel está toda nervosa olhando para o armário. — O que foi? — Meu azeite acabou, não tenho como finalizar o molho. Gira e fixa os olhos em mim. — Você pode... — Já sei. – Corto-a e dou um sorriso. — Vou buscar. — Eu te amo Dom! — Eu te amo mais Bel, já volto. Ela me abraça e sinto-me o homem mais sortudo do mundo. Nosso amor não é aqueles possessivos ou egoísta, é calmo e sereno, existem brigas mais logo se desfaziam. Depois do beijo me afasto e vou buscar o tal azeite. Pego o carro e sigo em direção ao mercado. Alguns minutos depois recebo uma ligação. Pai? É o nome que aparece no meu painel, ergo as sobrancelhas achando estranho ele ligar este horário, em que ele e minha mãe deviam está jantando, já que a Sra.Cater não gosta que ele fique no celular durante o jantar. Segundo ela, este momento é sagrado. Mais decido atender torcendo não ser uma das brigas deles. Meus pais se amam muito, apesar das brigas, ciúmes da parte dos dois e todo resto! Eu não consigo entender como estam juntos até hoje e como não se mataram. — Alô? — Filho, não tenho boas notícias. "Roger se estiver no celular falando de trabalho, você irá dormir no sofá." Ouço minha mãe gritar do outro lado da linha, logo sorrio. Estam vendo? Brigas. — Acalme-se mulher! Estou indo ao banheiro. "Se demorar mais de cinco minutos ficará sem o jantar." — Agrr... – Ele rosna. — Sorte sua meu filho que arrumou uma mulher calma, se tivesse encontrado uma tempestuosa eu aconselharia correr o mais longe possível, são problema. Desço do carro antes de responder e passo a chamada para o celular e entro no mercado. — Vocês são loucos um pelo outro, confesse. E sim, gosto do jeito de Bel. — Também, você ficaria louco se arrumasse alguém como ou pior que sua mãe. Mais vamos ao que interessa, recebi uma notícia desagradável. — Então fale. — Recebi a notícia em primeira mão que Cobra está morto. Cobra, apelido do bandido que eu havia pego 2h atrás. MERDA! — Não acredito, e como isso aconteceu? — Parece que tudo indica que foi assinado, mais era de se esperar bandido como ele tem... "ROGER" Minha mãe grita novamente. — Já vou! Filho, ele tinha muitos inimigos. Enfim, só queria te dar essa notícia. — Ok. — Vou desligar se não sua mãe vem atrás de mim. — Tá bom. Desligo a chamada e entro na seção de óleos e pego o azeite preferido de Isabel indo em direção ao caixa, quando meu celular apita com uma notificação. Pai – "Fiquei sem o jantar." Começo a rir para tela, já imaginando o show. Como eu disse: brigas. Saio do mercado e vou para casa, faço o mesmo caminho só que o tráfego do trânsito está f**a, demoro um pouco mais para chegar do que na ida. Entro no estacionamento, em seguida pego o elevador e faço meu caminho de volta. As portas metálicas se abrem, ando pelo corredor mais quando chego em frente da porta, a mesma está entreaberta. — Droga, já disse para você não deixar a porta aberta Isabel. Falo alto e um pouco nervoso, porém não tenho resposta nenhuma dela. Deve está lá em cima. Fecho a porta e sigo em direção à cozinha. Quando entro na cozinha têm muitas coisas jogadas, prato e copos quebrados no chão, como se houvesse tido uma luta aqui. Coloco o azeite na mesa junto com os estilhaços de vidro. Prontamente me apresso e corro em direção a pia, e vejo uma poça de sangue espalhada pelo chão no meio de toda aquela bagunça, sinto que já não respiro. Fico no automático e em alerta, ou Isabel teve um surto psicótico, ou alguém invadiu nossa casa. Eu fico com a segunda opção. Droga. — Isabel? Nada. — Amor? Nada. Analiso em volta, subo com a arma apontada para qualquer coisa que se mova, se não for minha mulher eu atiro. Subo às escadas, consigo ver pingos de sangue por onde passo. Olho cada cômodo e nada de Isabel. — Merda, cadê você? Deixo nosso quarto por último, que fica localizado no fim corredor. — Isabel? Sem respostas. Parece que estou naqueles filmes de terror, meu coração está acelerado e minha respiração pesada. Abro a porta do quarto e empurro o resto com o pé, acendo a luz e... PUTA QUE PARIU... Eu me deparo com a pior cena na minha vida, cambaleio um pouco para trás batendo as costas na parede. Começo a chorar e elevo as mãos na cabeça desesperado e corro até nossa cama, aonde Isabel está com seu vestido todo rasgado, hematomas por todo seu corpo e principalmente na cabeça. O seu sangue espalhando-se pela cama, pego-a e sento sob os lenções sujos com ela no meu colo e seu corpo mole. Passo as costas da minha mão nos olhos para tirar às lágrimas que embaçam minha visão. Passo a mão por seu rosto, sentindo a dor me consumir. — Baixinha, não me deixa. Quem foi o desgraçado que fez isso com você? Acaricio todo seu corpo e sinto sua respiração fraca quase imperceptível. — Está viva! Eu vou te levar para o hospital. Coloco ela de volta na cama para pegar meu celular, eu vejo ao lado de Isabel uma rosa preta e uma cartão embaixo da mesma. Abro aquela merda: "Dom, Dom... Uma vida por outra! Você mexeu com a pessoa errada. Isso é pela vida do meu irmão, seu filha da p**a. Eu nunca deixarei você ser feliz na sua miserável vida, a morte seria pouco para você. Aviso: Cada mulher que se envolver ou amar, você encontrará morta como essa, clichê, não? Bem-vindo ao seu inferno." Amasso com ira o papel, olhando para Isabel desfalecendo naquela cama. — Desgraçado! Eu vou encontrar seja quem for e irei fazer pagar com a vida. Meu inferno começou? Então eu reinarei este inferno e serei o próprio d***o. ... ♡ ... Gente que final foi esse? Nosso Dom, já não será passivo e calmo como vimos neste capítulo. Afinal, ele se tornou o d***o! Kkkk No próximo capítulo iremos conhecer a trama da nossa linda Ana. Deixem os comentários!
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