CAPÍTULO 20 (ROMANO)

924 Words
Olhando as fotografias no meu computador, refleti sobre que tipos de planos eles poderiam estar arquitetando, fazendo ações em tantos territórios. Os albaneses estavam farejando algo, testando fraquezas de diversas organizações para se apossar. Covardes como eram, nunca procuravam um real embate, sempre comendo pelas beiradas. As garotas retratadas ali estavam muito machucadas, basicamente pele e ossos, aparentando a escravidão s****l que viviam nas mãos dos albaneses, que tinham diversos negócios com mulheres, indo de prostituição até barrigas de aluguel ilegais. O gostinho de ter fodido um dos seus negócios lucrativos era muito bom. Meus homens entraram no local, quebraram tudo, tiraram da frente quem precisou e levaram as garotas diretamente para o nosso contato das autoridades locais. Assim, elas ficariam seguras e não voltariam para as casas de prostituição. Muitas delas responderam a características de famílias que procuravam por suas filhas desaparecidas. Algumas, depois de tantos anos e drogas, não deveriam lembrar quem um dia foram. A satisfação era tão grande que peguei um drinque no meu bar para comemorar. — Sua sogra anunciou o casamento de uma maneira até bem fofa. — Carlo jogou um jornal de Nova Iorque na minha frente. Foda-me. A mãe de Anastácia iria me fazer infartar antes do casamento. — Tem foto? — Não. Só uma nota do noivado na sessão de casamentos. — Carlo explicou e assenti, ainda bebendo. Ela me pediu autorização para publicar e primeiro eu disse que não, mas depois de muita insistência, aceitei. A velha precisava lembrar com quem estava falando, p***a. Em seguida, falei com o pai da minha noiva que não queria fotos. Anastácia estava em Nova Iorque e apesar de ser um território da família, eles não eram os únicos lá. Era um estado enorme com uma cidade principal igualmente enorme, que tinha muitas organizações e gangues espalhadas. Minha cota de inimigos por ser um Carlucci era grande o suficiente para me deixar sem dormir todas as noites que eu não estava com ela na cidade. Eu não precisava de mais exposição. Minha equipe era bem treinada e eles sabiam que respirava pela proteção da minha noiva. Meu telefone tocou e era Anastácia. — Você leu? — Ela parecia chorosa. — Vamos fugir? Sua pergunta era tentadora. — Eu sinceramente não aguento mais nada sobre esse casamento, Romano. Pensei que estar longe me deixaria mais aliviada, mas ela conseguiu lançar uma nota! Agora todo mundo sabe! — resmungou e isso me chamou atenção. Sinalizei para Carlo sair porque precisava falar em privacidade. — Tem algum problema que seus amiguinhos da faculdade saibam que irá se casar? — Não é isso. Não queria que o casamento se tornasse um circo. — Bufou. — Tem certeza? — Romano? Tem fotos do noivado nas redes sociais! — Continua usando suas contas? — Nunca fui de usar muito, mas achei que seria de bom tom postar uma foto e eu não falei para ninguém que estava fora da Itália, como você me orientou naquela palestra infinita sobre segurança. — Seu tom de voz foi aumentando. Anastácia era um pesadelo. — Do que adianta ficar me enchendo de guardas de forma que não posso ir ao banheiro sozinha se você permitiu que minha mãe lançasse uma nota sobre o casamento? — Cuidado, Anastácia — falei baixo e ela ficou muda. — Tudo que falei com você foi para seu bem-estar. Você não é uma garota comum. Seu sobrenome pertence à famiglia. O sangue que corre nas suas veias também e agora, você está prometida a um Carlucci. Se eu quisesse controlar seus passos, te manteria trancada na Itália até o casamento. Eu realmente não me importo que tenha uma vida e se ocupe, mas não faça acusações infundadas sobre sua segurança. Ela ficou em silêncio, podia ouvir seus dentes trincando. — Tem razão, sinto muito. — Qual é o gosto de dizer que sente muito justamente para mim? — Tem um gosto amargo — resmungou e sorri. — Minha irmã deve chegar em uma semana e você está um tempo sem aparecer aqui. — Não posso estar aí quando sua irmã chegar? — Não é ideal. Aqui não tem espaço para três… ela vai dormir comigo na cama. — O lugar ao seu lado é meu, ela vai dormir no sofá. — Provoquei. — Não podemos dormir juntos com minha irmã aqui. — Sua voz soou tímida. Ela fazia o meu dia quando aparentava ter vergonha de tudo que fizemos, que não passou da base oral no sofá e um amasso na cama no dia seguinte. — Ela pode ficar constrangida. — É mesmo? — Para de me provocar. É sério, quando você vem? — Você me quer aí? Sim, eu queria ser um tanto adulado. Anastácia era desinteressada a maior parte do tempo, e o que me fazia seguir com esse casamento eram momentos assim. Raros, mas existiam. Ela riu do outro lado. — Sim, eu quero você aqui. — Foi tão baixo que m*l deu para ouvir. — Tudo bem. Vou chegar para o jantar. Espero que faça algo realmente bom… e uma sobremesa que possa comer em você. — Até mais tarde. — Fugiu do assunto, encerrando a chamada. Apesar da sua sugestão, estava planejando mesmo vê-la antes de voltarmos a ser polidos e distantes na frente de sua irmã, e de que qualquer pessoa que poderia espalhar rumores sobre o comportamento de Anastácia antes do casamento. Duvidava que tivessem coragem, mas, era bom evitar por causa da família dela que já estava com a reputação riscada de muitas maneiras.
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