Ajeitei minha gravata borboleta pelo reflexo das grandes janelas da mansão Carlucci.
Observei o quintal ficando lotado com os convidados chegando e sendo conduzidos para seus lugares.
Enzo Rafaelli, meu chefe e no momento, padrinho de casamento, estava conversando com o primo da minha noiva, Lucca Marino. Os dois riam enquanto crianças corriam pelo espaço de grama.
Fred estava ao lado de Carlo, que parecia desconfortável com seu smoking.
Anastácia me convenceu de que o cachorro tinha que estar presente no casamento e, como ela fez o pedido enquanto estava montada no meu colo, me beijando como se quisesse arrancar minhas roupas, foi fácil ouvir meu sim.
Meu p*u estava tão duro que doía.
Minha futura esposa estava fodendo com minha cabeça, enquanto adorava provocá-la e deixar claro que a desejava sexualmente, ela me surpreendia com sua sede ao pote.
Como negar um pedido com ela esfregando-se em mim e com o sabor de sermos pegos por seus pais, que poderiam chegar a qualquer momento?
Então, Fred estava na festa e ela ainda fez Carlo sair para comprar um smoking de cachorro. Meu cão estava com a língua para fora, olhando tudo com interesse.
Desviei a atenção do quintal quando ouvi passos tímidos se aproximando.
A organizadora parou.
— Está tudo pronto, senhor.
— Minha noiva está pronta?
— Sim. Ela está aguardando no segundo andar para descer pela varanda. — Olhou para seu relógio.
— Os convidados estão se organizando nos lugares.
Assenti e voltei a me encarar no reflexo, voltando a ajeitar a gravata. Esperei que ela seguisse por outro caminho, saindo diretamente no altar.
Enzo me deu um aceno.
Maria era jovem demais para ser madrinha de casamento, embora, ela quisesse.
Por honra e aliança, convidei meu chefe e sua esposa. Eles aceitaram prontamente e eu fiquei feliz, porque Carlo, Penny (minha assistente e esposa dele) e Marina eram as pessoas que eu convivia.
Anastácia tinha uma família imensa, numerosa em ambos os lados, foi difícil escolher um casal de padrinhos.
Resumindo o problema, os chefes terminaram sendo uma boa opção. O cortejo finalmente começou. As damas entraram jogando flores, Maria entrou com um pequeno buquê e parou ao lado da sua mãe, nos primeiros lugares.
Do meu lado da família estavam Fred, Carlo e Penny.
Marina devia estar com Anastácia, que por sinal, levou uma eternidade para aparecer no final do tapete com seu pai.
Ela estava linda. Usava um véu cobrindo o rosto até a cintura, segurando um buquê de flores mistas e seu vestido não era bufante, era caído ao corpo, delineando suas curvas com um decote profundo tentador.
Não prestei atenção na música, em mais nada além dela, andando na minha direção ao lado do pai, que estava lutando para esconder a emoção.
Tiago me entregou Anastácia, tirei o véu do seu rosto e olhei em seus olhos.
— Você está linda — falei baixo. Ela sorriu, lisonjeada.
— Você está lindo. — Anastácia ajeitou minha gravata, alguns convidados riram.
— Vocês precisam casar! — Enzo cochichou. O padre estava rindo.
Segurando sua mão, subimos os três degraus até o pequeno altar e então, a cerimônia tradicional começou. Apesar da multidão atrás de nós, todos ficaram em silêncio respeitando o casamento, até mesmo Fred não soltou nenhum latido.
Ouvi atentamente as palavras, porém, eu sabia que todo discurso sobre amor era para um casal apaixonado que passou por um relacionamento e não um casamento como o nosso.
Anastácia apertou meus dedos quando chegou o momento dos votos e alianças.
Ela estava visivelmente nervosa.
— Eu, Romano Carlucci, aceito Anastácia Bracci como minha legítima esposa, na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, na riqueza e na pobreza até que a morte nos separe — recitei e peguei seu anel.
— Receba minha aliança como prova do meu comprometimento, fidelidade e honra até o fim dos meus dias. — Deslizei em seu dedo com firmeza.
Seus dedos tremiam quando pegou a aliança.
— Eu, Anastácia Bracci, aceito Romano Carlucci como meu legitimo esposo, na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, na riqueza e na pobreza até que a morte nos separe. — Ao colocar minha aliança, se inclinou e deu um beijo.
— Receba minha aliança como prova do meu comprometimento, fidelidade e honra até o fim dos meus dias.
— Eu vos declaro marido e mulher. Sr. Carlucci, pode beijar a Sra. Carlucci.
Não esperei que ele terminasse.
Anastácia riu da minha tentativa de tirar o véu completamente do seu rosto. Segurei sua cintura e tomei sua boca, beijando-a e definitivamente, marcando-a como minha.
Minha mulher.