Os quatro vão me pagar

540 Words
A minha tia abriu a porta do meu quarto de repente. — Vamos levantar, tá cheio de serviço pra fazer. — Eu já estou indo tia. Ela me olhou séria e fechou a porta em seguida, decidi mandar mensagem para o Gregório. SMS on — Oi. — Oi linda. Bom dia! Achei que tinha me abandonado. — Eu posso te ligar? — Quando você quiser. SMS off Respirei fundo para criar coragem, eu ainda não havia falado por chamada de vídeo e nem por telefone com o Gregório, só por mensagem mesmo, eu tinha vergonha da minha aparência, ele nem esperou eu ligar e me ligou primeiro. Assim que atendi ele sorriu para mim, ele era lindo, de verdade, era um coroa super gato. Eu não consegui segurar as minhas lágrimas e comecei a chorar, ele quis saber o que estava acontecendo. Então eu contei tudo, e Gregório me fez aquela proposta mais uma vez. Disse que se eu aceitasse ele iria falar com um amigo dele para me ajudar com tudo da viagem e que se eu quisesse ele poderia vim também para o Brasil, eu fiquei de pensar e dar a resposta a noite. Após desligar a chamada de vídeo fui fazer faxina na casa, perguntei para minha tia onde estava a minha prima Jade, minha tia disse que ela havia chegado da festa hoje de manhã e que precisava descansar. Que ódio. As cinco horas da tarde fui para a lanchonete. Mais tarde o Vinicius entrou com a sua turma, todos ficaram tirando onda com a minha cara, exceto o Téo, que só olhava tudo calado. Voltei para casa as onze horas da noite, fui para o meu quarto. Peguei o meu celular e mandei mensagem para o Gregório, dizendo que aceitava o convite dele, eu não tinha nada a perder. Ver o Vinicius e a sua turma hoje na lanchonete zombando de mim e do que eles fizeram comigo alimentou em mim uma cede de vingança. Eu quero me vingar de cada um deles, os quatro vão me pagar por terem me estuprado. Gregório era um homem muito rico, ele parecia ter sentimentos por mim, confesso que eu tinha sentimentos por ele também, eu gostava do jeito que ele me tratava, não estava com medo de ter tomado essa decisão, pelo contrário, estava tranquila, pois eu nunca ia precisar olhar para cara da minha tia e da Jade, aquelas folgadas. Já no dia seguinte o Gregório me mandou mensagem avisando que o amigo dele ia me encontrar na lanchonete. Fiquei o expediente todo nervosa e apreensiva cada vez que eu via um homem entrar na lanchonete, até que entrou pela porta um homem alto cabelos pretos usando terno e um óculos, ele estava com uma pasta preta na mão, fui até ele. — Boa noite! O que o senhor vai querer? — Você é a Nilai? — Sim, sou eu. — Prazer, eu sou o Paulo, o senhor Gregório me mandou. — É, só espera mais um pouco, daqui a pouco é meu horário de descanso. — Tudo bem, eu espero. — Aceita um suco? — Pode me trazer um suco de laranja e uma porção de batata fritas, por favor? — Claro. Eu já volto.
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