O começo da minha vingança
Atenção: Essa obra contém gatilhos, tais como; violência, sexo explícito, alcoolismo, homicídio, estupro e linguagem imprópria.
Rede social da autora:
@autora_marise
No meio de uma calçada na frente de uma loja qualquer em São Paulo.
• Narrado por Nilai
— Me desculpa senhor como eu sou desastrada. — Eu disse após de esbarrar no homem de propósito e derrubar sobre o seu terno caro, todo o café que ele estava em mãos.
— Fica tranquila gatinha. Eu que estava distraído. — Ele disse enquanto me encarava de cima a baixo.
Idiota de merda! Você acha mesmo que eu não sei quem é você.
— Por favor, me deixe te compensar? Vem comigo que eu te p**o outro café? — Falei encarando-o.
— Eu adoraria gatinha. Mas tenho que ir agora, estou super atrasado para uma reunião. E também não tem como eu sair assim, olha o meu estado. — Ele disse apontando para sua roupa que estava toda manchada de café.
— Que desastrada que eu sou. Mais uma vez peço desculpas.
— Tudo bem. Acho que eu vou ter que ir até a minha casa para trocar de terno. — Rimos em simultâneo.
— E a propósito eu me chamo Nilai, prazer. — Estendi a mão para cumprimentá-lo.
— Prazer Nilai, eu sou o Samuel Soares. — Apertou a minha mão.
— Eu posso te pagar o café outro dia?
— Quital uma baladinha mais tarde?
— Claro. Eu topo.
— Me fala seu número?
Falei meu número para o babaca, que logo depois saiu apressado dizendo já estar super atrasado. Desgraçado, claro que eu já sabia que ele estaria por aqui, foi por isso mesmo que eu decidi ficar nesse edifício. Voltei para o meu apartamento.
Mais tarde...
Hoje é o começo da minha vingança.
Me chamo Nilai Bennett, tenho 28 anos 1,60 de altura olhos azuis, meus cabelos costumavam ser loiros, mas hoje estão escuro por opção minha, acabei de voltar ao Brasil depois de morar um tempo em Nova York. Sou órfã, meus pais morreram quando eu tinha 10 anos, fui criada pela minha tia, a única irmã do meu pai, minha mãe era filha única e os pais dela já faleceram, assim como os meus avós paternos. Depois da morte dos meus pais eu passei a morar com a minha tia Fernanda, o marido dela Lucas, e a minha prima Jade, comi o pão que o d***o amassou naquela casa, eu era muito maltratada e era obrigada a fazer todo o serviço da casa. Na escola eu sofria bullying por causa da minha aparência, a minha prima estudava na mesma escola que eu, mas fingia que nem me conhecia e as vezes até ajudava os outros a fazerem bullying comigo, ela fazia parte do grupo das meninas populares da escola. Entre esses que sempre estavam fazendo chacota com a minha aparência tinha o grupo do Vinicius que se destacava. Breno, Samuel, Téo e o Vinícius, o pior, ele não me deixava em paz um só segundo, assim que eu entrava no ônibus para ir à escola ele já aprontava comigo, quando não era chiclete no cabelo era ficar fazendo a minha cabeça de cesta enquanto ele jogava bolinhas de papéis. Eu não entendia porque ele me odiava tanto, mas eu não quero me vingar por causa do bullying, o bullying de alguma forma me tornou mais forte. Vou me vingar pelo que o Vinicius e os outros me fizeram no dia da minha festa de formatura.