Amor & destino

Amantes

—Não vai me responder? Eu te fiz uma pergunta! Quem te lembra aquela mulher Barcellos? Responde! Insiste Dira.

O marido desconversa, sabia da insegurança de sua esposa em relação àquele assunto...

— Querida! Eu estava pensando em voz alta! Só isso, você me entendeu m*l, entendeu errado... Nem sei do que está falando... Diz ele.

— Cretino e dissimulado! Acha que eu sou louca ou o quê? Eu escutei muito bem o que você falou! Barcellos, Você falava da Angelina! Aquela n***a que você teve um caso! Por acaso você nunca esqueceu ela? É isso? Não vai me dizer que encontrou ela! Por que se eu souber... Sou capaz de matar ela e você! Diz Dira.

— Chega! Que inferno! Você acha que pode falar comigo assim? Que pode gritar comigo assim? Eu sou o seu marido! O homem desta casa! Ninguém fala mais alto que eu aqui! Diz Barcellos.

— Eu falo a altura que eu quiser! Afinal quem foi traída aqui fui eu! Fui traída por você debaixo do meu nariz! E não vem me dizer que é o homem dessa casa, quando nos casamos, eu era muito mais rica que você! Tudo que você tem deve a mim e ao dinheiro que herdei do meu falecido marido, o pai do Rômulo... Diz Dira.

O assunto incomodava demais Barcellos, que se revolta.

— Não admito que jogue isso na minha cara! Primeiro que fui eu quem trabalhou para que nossas fortunas aumentassem, depois não gosto que fale do seu falecido marido, casei com você quando Rômulo ainda era um bebê, sabe que ele nunca soube da verdade, ele imagina que seu pai verdadeiro sou eu! E se depender de mim... Ele nunca saberá da verdade, amo o garoto como se fosse meu filho! Você sabe disso e amo você também! Eu cometi um deslize! Eu sei, mas ficou no passado, diz Barcellos.

— Ficou no passado? Será ? Vice posando de moralista, racista... E me lembro muito bem, o dia que te peguei na cama daquela n***a! Você é um hipócrita! E nosso casamento é um mero negócio! Quanto tempo que não temos vida de marido e mulher! Não duvido que goste de meu filho, já que parece que não pode ter filhos... Mas de mim! Eu não acredito! Diz ela saindo e deixando o marido sozinho.

Dira chega no seu quarto, o quarto que dormia separado de Barcellos e se joga na cama rasgando o travesseiro...

— Maldita hora que cai nessa armação! Nesse golpe para unir meu dinheiro ao dele! Agora estou presa a este casamento infeliz! Tenho certeza que ele ainda gosta da n***a! Mesmo depois de ter me vingado! Espero que ela tenha morrido! Que ela tenha morrido envenenada! Eu só me arrependo de não ter matado o Barcellos também! Ao menos estaria livre agora... Tudo por que meu filho acha que ele é o pai verdadeiro! Que burra eu fui ao aceitar as cláusulas daquele casamento! Diz Dira.

Barcellos fica pensativo no escritório...

— Algo me diz que Angelina não apenas foi embora, que Dira fez algo para ela, E aquele rapaz! Tenho certeza! Ele é filho de Angelina! Pela idade que aparenta ter... Não! Estou imaginando coisas, eu não posso ter filhos, sou estéril! Diz Barcellos.

Barcellos se prepara para ir ao cassino vigiar os negócios e saber dos homens se eles haviam se livrado de Ícaro, Ele dá de cara com sua mulher arrumada, perfumada, pronta para sair também de casa.

— Vai sair de casa? Vai ao chá beneficente com suas amigas? Pergunta ele.

— Sim, eu vou... E você vai ao cassino? Pergunta ela.

— Sim! Vou olhar nossa colheita... Diz Barcellos.

— Vou precisar do motorista, Cláudio vai comigo, você terá de dirigir você mesmo, sabe que não gosto de dirigir a noite... Diz ela.

— Tudo bem... Cláudio vai com você, enfim.. Que bom que ficou mais calma...

Dira não fala nada... Só caminha na direção do carro, Claudio o jovem motorista abre a porta para ela, antes de ele entrar para dirigir, Barcellos lhe faz um sinal, ele vai até o patrão...

— Fique de olho na sua patroa, me diga com detalhes onde a deixou, quem falou com ela... Fique de olhos abertos.

— Sim senhor! Diz Cláudio.

— Cláudio! Vamos! Não vou te esperar a noite toda! Seu incompetente! Diz Dira furiosa...

Barcellos observa eles partindo e vai até seu carro... Ele entra e liga a chave...

— Dira! Não tenho medo de perder você, tenho medo de perder a metade de tudo que junto temos... Espero que não ouse estar me enganando e se encontrando com alguém... Por sorte Claudio é de minha inteira confiança... Diz ele partindo.

Dira e Cláudio vão para uma casinha da família, uma casa de inverno em uma parte afastada da cidade, Cláudio para o carro, Dira desce olhando para os lados e vendo se não havia sido seguida, em seguida Claudio desce e entra também na casa...

A patroa abraça o motorista, o abraça beijando-o na boca com desejo...

Claudio era um jovem de porte atletico, alto, forte cablos curtos e negros, olhos castanhos, barbudo, aparentadno ter uns 39 anos... Dira tinha longos cabelos negros, um corpo bem cuidado, para seus 45 anos, ainda possuia muita beleza...

— Ele te perguntou o que aquela hora? Me fala! Ele desconfia de alguma coisa? Pergunta Dira.

— Ele só disse que eu ficasse de olho em você, onde ia e quem se aproximasse de você, apenas isso... Fala Claudio.

— Tem certeza? Pergunta ela.

— Sim, absoluta...

Dira começa a sorrir...

— Quer dizer que ele pode me trair, me enganar... Sacanear com minha cara! Mas eu não? Fico imaginando se ele soubesse quem mata meus desejos... É o motorista da confiança dele! O mesmo que ele manda ficar de olho em mim! Diz ela...

— Não acha que está correndo riscos ? Que está perigoso? Pergunta Cláudio.

— Riscos? Eu quero pagar na mesma moeda tudo que ele me fez passar! Temos um casamento cheio de cláusulas, que apenas eu me ferrei! Basicamente, se eu trair ele, perco tudo! Saio com uma mão na frente e outra atrás! Mas não quero falar disso... Viemos aqui para você me fazer relaxar! Para brincar com o perigo! Diz ela pegando nas mãos de Cláudio e colocando em seus seios... Enquanto em seguida começa a desabotoar a calça dele e colocando sua mão por dentro da cueca dele...

Claudio logo agarra Dira a beijando e levando ela nos braços para o quarto, enquanto ela gargalha ...